27 outubro 2009

S.O.S ILHAS

E nossas Ilhas estão sendo atacadas como pequenas folhas nas garras das formigas insanas...vejam um dos textos sobre o tema:

A APEB - Associação de Pousadas da Enseada do Bananal - comunica que entrou com uma representação do ministério público federal de Angra dos Reis pedindo a revogação do decreto 41 921 nessa última segunda-feira, dia 28/09/2009.
Segue o texto:
Angra dos Reis, 10 de setembro de 2009.
Ao: Ministério Público Federal de Angra dos Reis.
Assunto: Decreto Estadual Nº 41.921, de 22 de junho de 2009.

Prezado Senhor,

A APEB – Associação de Pousadas da Enseada do Bananal (Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ) – manifesta seu total descontentamento com a publicação do Decreto Estadual Nº 41.921, que altera os critérios de uso e ocupação do solo na Zona de Conservação de Vida Silvestre (ZCVS) da APA de Tamoios como definido pelo Decreto Estadual 20.172, de 01/07/1994.

Antes de tudo, o referido decreto infringe as determinações da Lei Federal n º 9.9985/00, de 18 de julho de 2000 do SNUC e do capítulo V do Decreto Federal nº 4.340, de 22/08/2002 que o regulamenta.

O Conselho Consultivo da APA Tamoios, que funciona regularmente desde 2007, foi sequer consultado, nem mesmo comunicado a respeito do decreto.

A possibilidade de ocupação de até 10% da área total dos imóveis – conforme consta no decreto assinado pelo governador – aparentemente permite a preservação de 90% da área, mas na verdade estimula a ocupação completa das costeiras.

Isso ocorre porque a totalidade das grandes propriedades inclui as áreas de preservação permanente acima da cota altimétrica de 40m. Dessa forma podemos prever a urbanização de toda a área costeira interna da Ilha Grande e o surgimento de dezenas de construções em ilhas e praias do município, afetando a preservação dessas áreas e o desenvolvimento do turismo que está prejudicado por muros, cercas, privatização de espaços públicos e todo tipo de obstáculo para ter acesso às belezas naturais.

Essas preocupações são de extrema relevância, uma vez que o maior atrativo turístico é a possibilidade de vivenciar um ambiente pouco impactado. A Ilha Grande, eleita uma das sete maravilhas do Estado do Rio de Janeiro e com fama internacional indiscutível, possui praias exuberantes combinadas a uma densa mata atlântica e águas abrigadas, que são procuradas por milhares de visitantes todos os anos.

Esse decreto implicará em um aumento considerável das construções costeiras causando um impacto ambiental, visual e turístico sem precedentes, causando:

Desmatamento para a construção das casas;

Construção de atracadouros para embarque e desembarque, gerando impacto na vida marinha e costeira;

Maior demanda por água potável, criando maior pressão nos reservatórios das comunidades já instaladas na Ilha Grande;

Contaminação do solo e mares pelos resíduos de esgoto, uma vez que as áreas flexibilizadas pelo decreto possuem peculiaridades topográficas que dificultam o tratamento adequado do mesmo.

A APEB e as comunidades onde está inserida se empenham no esforço de desenvolver um turismo consciente, sustentável e planejado – baseado no respeito ao meio ambiente, ao patrimônio natural e na valorização da cultura local.

A Ilha Grande apesar de grandiosa em valor é limitada em recursos, como toda ilha. Por isso, seu uso e ocupação devem ser muito bem planejados e controlados para o bem de seus moradores e visitantes. Seu uso e ocupação não devem privilegiar a especulação imobiliária, gerando degradação e exclusão – conseqüência direta desse decreto.

A legislação ambiental vem sendo uma aliada fundamental na preservação desse valioso patrimônio natural e cultural abrangido pela APA de Tamoios. Essas leis foram criadas baseadas em profundos estudos ambientais, sociais e culturais. Um decreto arbitrário como esse não pode sobrepujar o longo trabalho de comunidades, instituições governamentais e não governamentais, e associações em defesa das praias, ilhas e matas da Baía da Ilha Grande.

Concluímos, então, que a única alternativa sensata será a revogação do decreto e a revisão detalhada de todos os seus itens em conjunto com o Conselho Consultivo da APA de Tamoios.

Atenciosamente,

Kiyoshi Nakamashi

Presidente da APEB


26 outubro 2009

O TURISMO ECOLÓGICO E A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA

Queridos leitores, dias destes recebi de um amigo a sugestão para falar sobre o Turismo Ecológico. Bem, eu diria que fazer turismo ecológico é tudo de bom, é conviver com a natureza em sua plenitude, é comungar com as energias primitivas do Planeta Terra...é poder mergulhar na imensidão do vazio e encher a alma de sonhos, mas é também uma grande oportunidade de reflexão...de acompanhar de perto a trilha da humanidade e vislumbrar o que, realmente, os humanos fazem e esperam do Planeta.
Tive um amigo que foi proprietário de um parque de ecológico de aventuras...tive a feliz oportunidade de visitá-lo por algumas vezes. Uma coisa importante que observei em seu parque foi a questão do Circuito de Arvorismo não estar preso nas árvores, mas fixado em postes por entre as árvores...ele disse-me, o que é uma verdade, que os cabos de aço do circuito vão ferindo os troncos das árvores e com o tempo pode prejudicar a sua sobrevivência. Assim como o Circuito de Tirolesa...portanto, aos amigos que possuem Parques Turísticos de Aventura, prestem bastante atenção nestes importantes detalhes.
Outra observação que tenho sobre o Turismo Ecológico, é o rastro de destruição que o homem deixa em seu caminho...precisamos fazer um trabalho gigantesco de conscientização humana para realização deste tipo de passeio. Sempre se pode observar que ao lado das trilhas, existem galhos quebrados, sacolas, embalagens e garrafas ou vasilhames de alimentos consumidos. O Homem é o maior predador do meio ambiente, por onde passa, deixa suas pegadas, seja na destruição da natureza, seja no rastro de lixo que deixa pelos caminhos.
Portanto, queridos amigos, turismo ecológico, é a solução para o turismo todo de um modo geral, mas precisa sr efetivamente R E S P O N S Á V E L !
Plantar uma árvore é ser responsável com o planeta e com as futuras gerações.
Helena Rezende