09 agosto 2008

MUNDO - NÃO PRECISAMOS DE GUERRA, O PLANETA NECESSITA DE PAZ


A Geórgia se divide em três partes distintas: a norte e a sul é montanhoso, incluindo, a norte, a vertente sul do Grande Cáucaso, e a sul parte do Pequeno Cáucaso e os primeiros contrafortes das montanhas da Arménia e da Anatólia; ao centro estende-se um amplo vale que toma o cariz de planície costeira junto ao litoral do mar Negro.

Relevo

A Geórgia situa-se na costa oriental do mar Negro. O Cáucaso, fronteira natural entre Europa e Ásia, marca o aspecto montanhoso do relevo. O Grande Cáucaso, ao norte, separa a Geórgia da Rússia e abriga o Shkhara (5204 m), cume da Geórgia e o segundo mais alto da Europa. O Cáucaso Menor (3301 m), ao sul, separa o país da Turquia e da Armênia. Entre ambas as cadeias se formam dois vales fluviais: o do Kura, que desemboca no Cáspio, e o do Rioni, que flui até o Negro criando uma região de terras baixas. É um pequeno país de aproximadamente 69 875 quilômetros quadrados. Apesar de sua pequena área, a Geórgia ostenta uma das topografias mais variadas dentre as antigas repúblicas soviéticas. As montanhas do Cáucaso Menor, que correm paralelas às fronteiras turca e armênia, e as montanhas de Surami e Imereti —que conectam o Cáucaso Menor com o Grande Cáucaso— criam uma barreira natural que são em parte responsáveis pelas diferenças culturais e lingüísticas entre as regiões. Devido a sua altitude e sua pobre infraestrutura de transportes, muitos povoados e vilarejos das montanhas são virtualmente isolados do mundo exterior durante o rigoroso inverno.
Os
terremotos e deslizamentos nestas zonas chegar a ser característicos e moldam o estilo de vida. Entre os desastres naturais mais recentes estiveram o deslizamento em Ajaria, em 1989, que desabrigou centenas de pessoas no sudoeste da Geórgia, e dois terremotos em 1991 que destruiram vários povoados na zona central e norte do país como a região da Ossétia do Sul.
O maior
rio é o Mtkvari (ou também conhecido como Kura, o nome que se da no lado azeri), que depois de atravessar o Azerbajão deságua no Mar Cáspio após percorrer 1.364 quilômetros desde o nordeste da Turquia através dos campos da Geórgia e atravessar a capital Tbilisi. O rio Rioni, o mais comprido do oeste do país, desce pelo Cáucaso Maior e deságua no mar Negro no porto de Poti.

Clima
O clima da Geórgia é extremamente diversificado, considerando que o país é possui um tamanho pouco significativo. Existem duas zonas climáticas principais, como o existente nas zonas leste e oeste do país. As montanhas do
Cáucaso tem grande importância, moderando o clima georgiano e protegendo o país da penetração de correntes de ar gélidas provenientes do extremo setentrional. Os pequenos montes do Cáucaso protegem parcialmente assim mesmo a região da influência de massas de ar quentes e secas do sul.
Grande parte do setor oeste da Geórgia se apresenta como uma zona
úmida subtropical com precipitação que variam entre 1.000 e 4.000 mm. As precipitações tendem a estar uniformemente distribuídas ao longo do ano, apesar de que a chuva pode ser particularmente forte durante os meses de outono. O clima da região varia significativamente com a altitude e por isso a maioria das terras baixas kartvelianas do leste da Geórgia são relativamente quentes através do ano. A pré-cordilheira e as áreas montanhosas têm verões úmidos e frescos e invernos com nevadas: a neve acumulada com freqüência supera os dois metros em muitas regiões. Ajaria é a região mais úmida das regiões do Cáucaso.
O leste da Geórgia tem um clima de transição entre o úmido subtropical e o
continental. Ambos são influenciados pelas massas de ar seco provenientes da Ásia Central e do Cáspio pelo leste e das massas de ar úmidas do Mar Negro pelo oeste. A penetração de massas de ar úmida pelo Mar Negro é freqüentemente impedida pelas montanhas (Likhi e Meskheti), que dividem o país em metades ocidentais e orientais. A precipitação anual é consideravelmente menor em comparação com a do oeste da Geórgia, e nesse sentido o leste do país apresenta verões quentes e invernos relativamente frios. Assim como nas zonas ocidentais da nação, a altitude possui papel importante na zona oriental, e as condições climáticas acima dos 1.500 msnm são consideravelmente mais frescas, e também mais frias, que as presentes nas terras mais baixas. As regiões que estão localizadas acima dos 2.000 msnm freqüentemente sofrem geadas inclusive durante os meses de verão.

08 agosto 2008

APOIO A PROJETOS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 2008 - RECEBE PROPOSTAS ATÉ 31 DE AGOSTO



Segundo edital de apoio a projetos de 2008 recebe propostas

As inscrições vão até o final de agosto e podem participar instituições sem fins lucrativos com iniciativas que colaborem para conservação da biodiversidade e das áreas naturais brasileiras.
A espécie nativa capim-rabo-de-burro (Andropogon bicornis)– vegetação mais alta e mais clara – começa a cobrir área tomada pela exótica braquiária (Urochloa sp.) – capim mais baixo e com cor verde mais forte.
A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza recebe propostas para o segundo edital de apoio a projetos de conservação da natureza deste ano. As datas limites para inscrições são: 24 de agosto para envio do formulário on-line e 31 de agosto para envio pelo correio. O site http://www.fundacaoboticario.org.br/ traz as informações completas.
Nos seus 18 anos de trabalho, a Fundação O Boticário já financiou 1.146 projetos, que contemplaram todos os biomas nacionais, inclusive o Marinho, em todos os estados. Mais de 160 unidades de conservação federais, estaduais e municipais tiveram a contribuição de pesquisas para sua criação e proteção. Além disso, 33 espécies foram descobertas e 157 espécies em situação crítica foram estudadas de forma a promover a melhoria de sua proteção no hábitat natural.
Combate às espécies exóticasDentre as linhas de apoio da Fundação está o patrocínio a pesquisas que visem à prevenção ou controle de espécies invasoras. Um exemplo é o projeto Cipó Vivo, do Instituto Guaicuy, que trabalha com o monitoramento e combate do capim-braquiária (Urochloa sp.), espécie exótica, no Parque Nacional da Serra do Cipó e na Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro da Pedreira. “Este financiamento foi fundamental, pois estamos enfrentando uma situação de penúria muito grande nas unidades de conservação do país. Com o apoio, conseguimos viabilizar no projeto o casamento das atividades de educação ambiental, monitoramento e combate a incêndios”, explica a analista ambiental do Parque e responsável técnica do projeto, Kátia Ribeiro.
A iniciativa recebeu apoio pela primeira vez em 2006 e, devido aos bons resultados, conseguiu renovar a parceria no primeiro edital deste ano. Na primeira fase, foi implementado um viveiro de mudas nativas da região, utilizadas no replantio de áreas de mata ciliar e terrenos ocupados pela invasora. Também foram estudadas técnicas que efetivamente combatam a invasão e facilitem a volta da floresta nativa. “Atuando em conjunto com a escola local, conseguimos começar a recomposição florística, a braquiária parou a expansão dentro do Parque e os capins nativos começaram a cobrir as áreas invadidas com rapidez”, comemora Ribeiro.
O capim-braquiária, originário da África, é utilizado no Brasil para cultivo de pastagens. Por ter alta capacidade de frutificação e formar uma cobertura muito densa, ela abafa outras plantas e consegue se sobrepor facilmente. Além disso, a espécie se beneficia com a presença de fogo e pisoteio, porque absorve mais rápido que as nativas os nutrientes que ficam disponíveis após esses processos.
Além de implementar medidas para cessar a expansão das gramíneas invasoras, outro objetivo do projeto foi derrubar tabus e trabalhar em conjunto com a comunidade local. “Para a compreensão dos processos ecológicos, tentamos não fazer um discurso xenofóbico, mas mostrar quais os problemas da espécie exótica, que, além de ser de fora, é muito agressiva para as nativas. Ao mesmo tempo, tentando mostrar como ações constantes e insistentes e com uma boa base técnica podem levar ao sucesso uma empreitada grande como essa”, explica Ribeiro.
No início poucos acreditavam que o projeto daria certo, mas quando os resultados começaram a aparecer, vários interessados surgiram. Hoje, muitas pessoas procuram a equipe em busca de informações gerais, de como aprender a cultivar mudas para o projeto ou para oferecer apoio nos mutirões de capina e plantio. “Isso muda a região, passa a idéia de que o parque é um bem comum, ou seja, ajudando num mutirão no parque, você não está trabalhando para o Ibama ou para o Instituto Chico Mendes, mas trabalhando para a população, por algo que é um direito de todos”, conta a analista ambiental.
Nesta nova fase, além de continuar o combate à braquiária e o fortalecimento do voluntariado no Parque, outro objetivo é a seleção de dez jovens, dentre os 120 estudantes que participaram do programa Pesquisadores-mirins no primeiro projeto, para formação como monitores do parque, similar a um guarda-parque.
Saiba maisPara acessar os formulários de inscrição e obter mais informações sobre o edital de apoio a projetos, clique aqui.
Fonte: http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/template.PAGE/menuitem.5e4e7c3e0f8fa6d9e4e25afce2008a0c/?javax.portlet.tpst=7c146ae444a89a519341d33658be0826&javax.portlet.prp_7c146ae444a89a519341d33658be0826_viewID=MY_PORTAL_VIEW&javax.portlet.begCacheTok=com.vignette.cachetoken&javax.portlet.endCacheTok=com.vignette.cachetoken&Action=MATERIA&AnoSelecionado=2008&CodMateria=de04922efe26b110VgnVCM1000006f04650aRCRD&Edicao=Edi%E7%E3o+95&ActionAnterior=Action=TITULO;Parametro=Edi%E7%E3o+95

07 agosto 2008

O IMPACTO DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS




ONGs alertam UE para impacto de construção de barragens

Lisboa, 21/03/2008 (Lusa) - Organizações Não Governamentais do Ambiente (ONGA) alertam, o presidente da Comissão Européia (braço executivo da União Européia, UE), Durão Barroso, para o impacto da construção de 12 novas barragens na qualidade e quantidade dos ecossistemas aquáticos.


Os ambientalistas, em carta enviada a Durão Barroso, reconhecem os aspectos positivos da energia hidroelétrica, mas apontam "danos significativos nos cursos de água" e desvalorizam o impacto na redução das emissões para a atmosfera.Em outubro, o governo português, através do Instituto da Água, apresentou o Programa de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH), um plano estratégico que seleciona, dentro de 25 hipóteses, a localização de dez novas barragens de acordo com critérios sociais, econômicos e ambientais.


Após um processo de avaliação ambiental estratégica, foram selecionadas seis barragens na bacia do Rio Douro, duas na bacia do Rio Tejo e uma nas bacias dos Rios Vouga e Mondego, tendo-se adicionado posteriormente o projeto do Ribeiradio e Baixo Sabor.


O PNBEPH visa aumentar o potencial hidroelétrico do país para 7000 MW, o que representa um acréscimo de 2000 MW até 2020 para reduzir a dependência energética de Portugal, diminuir as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e, por último, visando cumprir a meta européia de atingir 20% de produção de energia a partir de fontes renováveis até 2020.


Mas os ambientalistas não vêm apenas os aspectos positivos destes empreendimentos, detectando vários problemas para a natureza.


Em comunicado, o presidente da Liga para a Proteção da Natureza Eugénio Sequeira explica que "os planos de construção de 12 novas barragens serão responsáveis por danos significativos em alguns cursos de água naturais".


O ambientalista acusa o governo de ter "fracassado na avaliação dos impactos ecológicos" e de não ter apresentado soluções alternativas mais efetivas em termos de custos e impactos ambientais, tais como a "microgeração, a expansão da energia solar ou a redução dos consumos".


Estas organizações ambientalistas afirmam que o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Português (BCSD Portugal) estimou que o país tem potencial para poupar até 40% do seu atual consumo energético através da gestão de procura.


No entanto, afirmam, o governo em vez de se concentrar em soluções de implementação "simples" opta por investir um bilhão de euros num Programa de Barragens, cuja produção de eletricidade é equivalente a 3,3% da energia consumida em Portugal e que apenas diminui em 1% a emissão de gases com efeito de estufa.


Estes ambientalistas denunciam a ausência de uma avaliação "correta" sobre os impactos negativos da implementação deste programa e os benefícios decorrentes da não construção.


E adiantam que o plano das barragens "não apresenta uma avaliação qualitativa ou quantitativa ou qualquer ponderação sobre potenciais alternativas energéticas para a produção da energia prevista pelas barragens propostas", desconsiderando os compromissos governamentais de um aumento de 20% da eficiência energética em 2020 e ignorando a oportunidade de usufruir de tecnologias energéticas mais baratas e renováveis.


Esta ausência de avaliação do impacto da implementação do projeto e sugestão de alternativas exigida pela Diretiva de Avaliação Estratégica de Impactos Ambientais resulta numa violação da Diretiva-Quadro da Água (DQA), consideram os ecologistas.


"O PNBEPH não cumpre os objetivos da DQA no que toca a contribuir para a mitigação dos efeitos das cheias e secas pois este projeto não gera o fornecimento de uma quantidade suficiente de água de boa qualidade para uma utilização sustentável, equilibrada e eqüitativa", referem, na carta enviada ao presidente da Comissão Européia.


Os ambientalistas defendem que, considerando as características climáticas portuguesas, o armazenamento de água em aqüíferos subterrâneos é uma forma mais eficiente de garantir a qualidade e a quantidade de água do que os reservatórios superficiais.


Assim, esta ONGA - constituída pela LPN e Quercus em parceria com as associações Aldeia, Almargem, COAGRET-Portugal, Euronatura, FAPAS, Fundação Nova Cultura da Água, GEOTA, Grupo Flamingo, SPEA e o European Environmental Bureau - exige que Durão Barroso supervisione a concretização deste projeto e garanta que este não tenha seguimento sem antes ser avaliado.
Fonte:http://by124w.bay124.mail.live.com/mail/mail.aspx?&ip=10.1.106.222&d=d3572&mf=0&rru=inbox


Fotos: 1 - Douro Valley, Portugal - Fotógrafo: Travel Ink ; 2 - Douro Valley, Quinta do Monrao, Portugal, Europe - Fotógrafo: Sheila Terry

06 agosto 2008

A CATÁSTROFE ECOLÓGICA DO RIO RENO - 1986

No dia 1 de Novembro de 1986, a água usada para combater um grande incêndio na fábrica Sandoz, na Suíça, empurrou produtos altamente tóxicos para o rio, matando por envenenamento todos os seres vivos no Alto Reno.

O incêndio que começou na noite de 1 de Novembro de 1986, na fábrica da Sandoz, em Basileia (Suíça), abalou a confiança da população europeia na indústria química. Em poucos minutos, os seis mil metros quadrados do depósito 956 foram consumidos pelas chamas. Mais de mil toneladas de insecticidas, substâncias à base de ureia e mercúrio transformaram-se em nuvens tóxicas incandescentes. Tambores de produtos químicos explodiram no ar como se fossem granadas.
O cenário era tão assustador que as autoridades de segurança pública, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, deram alarme geral na região de Basileia. Os moradores da vizinhança foram obrigados a fechar as janelas e permanecer dentro de casa. Quatrocentas mil pessoas estavam em perigo. Directamente ao lado do prédio em chamas, havia um depósito de sódio e fosfórico (cloreto de carbonila) - gás tóxico, utilizado como arma mortífera na Primeira Guerra Mundial.
Protestos da população
Milhares de suíços reagiram com manifestações contra a indústria química, responsável por 50% dos empregos em Basileia. Embora não houvesse mortos e feridos entre os seres humanos, a vítima fatal do acidente foi a natureza. A água usada para apagar o incêndio dissolveu e arrastou para o Reno 30 toneladas de produtos químicos, principalmente agrotóxicos venenosos.Nos dias seguintes, morreram todos os seres vivos do rio, que abastece 20 milhões pessoas - de Basiléia a Rotterdam (Holanda) - com água potável. Entre Basileia e Karlsruhe (na Alemanha) foram encontradas mais de 150 mil enguias mortas. O rio ficou ecologicamente morto após a maior catástrofe já ocorrida no Alto Reno, e que é considerada a pior catástrofe ecológica depois do acidente com o reator nuclear de Tchernobil.
Fonte:http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,666757,00.html

PILHAS E BATERIAS - USO E DESCARTE


15/09/2006 - Uso e descarte de baterias de celular exigem cuidados especiais
Consertar qualquer produto é sempre uma boa alternativa antes de comprar um novo.
As baterias de celulares mais comuns são feitas de níquel-cádmio (NiCd), níquel-metal hidreto (NiMh) e de íons de lítio (Li-Íon). As primeiras estão sendo abolidas pelas empresas, por sua menor durabilidade e alta toxicidade do cádmio. As de melhor custo-benefício são as de íons de lítio, segundo os fabricantes. Entretanto, mesmo elas estão sujeitas a problemas e o proprietário pode, usando-as de forma correta, reduzir a necessidade de troca e evitar a entrada dessas baterias no ciclo do lixo. A primeira recomendação das empresas é que se utilize o celular, as baterias e os carregadores conforme indicado pelos fabricantes e que se evite a compra de produtos falsificados, adquirindo-os em revendas autorizadas. O descarte também exige atenção especial. Geralmente, as lojas de celulares funcionam como pontos de coleta de baterias, de onde são destinados às empresas que promovem a reutilização ou reciclagem dos materiais. Assim, evita-se que os metais tóxicos contidos nas baterias (principalmente as de Níquel-Cádmio) sejam depositados em lixões e contaminem o meio ambiente.
Falsificação Algumas baterias falsas são facilmente identificáveis, como quando são vendidas fora da embalagem, apresentam defeitos na etiqueta, como erros de digitação e, principalmente, quando estão com preços abaixo da média de mercado. Os preços mais baixos podem indicar que a bateria não tem os principais recursos de segurança que as originais possuem. Outra recomendação é que o consumidor busque uma assistência técnica autorizada quando notar algum problema em sua bateria. Consertar qualquer produto é sempre uma boa medida, pois economiza recursos naturais e a energia que seria gasta no processo de reciclagem. Além disso, a reutilização evita a geração de lixo quando se joga o produto fora. Repensar Uma alternativa é repensar os hábitos de consumo, antes mesmo de buscar a reutilização ou a reciclagem de um produto. Paulo Diaz, educador ambiental do programa USP Recicla, lembra que o uso do celular pode ser reduzido, bem como o consumo de energia da bateria. Por exemplo, não há necessidade de o celular ficar ligado durante à noite, enquanto a pessoa dorme. “Quando estou em casa, eu desligo. As pessoas me ligam no telefone fixo”.
Precisamos redobrar o cuidado com o descarte destes materiais tóxicos, bem como com o seu uso, é necessáro que nos conscientizemos da desnecessidade de tantos aparelhos por indivíduo. Conheço família de 4 pessoas, pai, mãe e duas crianças, onde cada um tem um aparelho celular. É um exagero de consumo e descaso com o lixo tóxico.

05 agosto 2008

MARAVILHAS DA NATUREZA - LENÇÓIS MARANHENSES











Resultado de um belo e intrigante fenômeno da natureza, o Parque Nacional Lençóis Maranhenses (MA) tem uma paisagem que nos faz achar que estamos sonhando.
Quando olhamos o local pela primeira vez, associamos a paisagem a lençóis expostos para secar, mas, depois de observar com mais atenção, notamos a presença de montes de areia em meio a lagoas multicoloridas. Lençóis é o único deserto do mundo com lagoas e, para se ter uma idéia da magnitude do Parque, ele foi eleito a mais bela maravilha natural do Brasil em uma enquete realizada pela Revista Época. O local é tão surreal que chegou a disputar o título de Sete Maravilhas do Mundo no concurso promovido pela Fundação New 7 Wonders, do qual o Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, saiu vitorioso.
A origem dos Lençóis Maranhenses remete há cerca de 10 mil anos, quando as dunas começaram a se formar em resposta ao movimento dos rios Preguiças e Paranaíba, triturando o quartzo de seus leitos que, jogados ao mar, são devolvidos ao continente pelas ondas. Esse fenômeno, somado à ação dos ventos e das correntes, formou os Lençóis que exibem dunas em movimento, mais conhecidas na região como morrarias e que tem até 40 metros de altura. O Parque tem 300 quilômetros quadrados, começando nas águas do Delta do Parnaíba e avançando sobre o litoral do Maranhão. Entre os meses de janeiro e julho – período de chuvas – os lençóis ficam permeados de água devido ao alto índice pluviométrico.
'O Rio Preguiças estende-se por 120 km da nascente, em Brejo (MA), até a sua foz, dividindo o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses em Grandes Lençóis e Pequenos Lençóis. Da foz até Barreirinhas (porta de entrada do Parque), observamos uma maior concentração de Buritis. Na medida em que nos aproximamos da foz, eles vão sumindo e a paisagem vai se modificando. Passam a preponderar vegetações de mangue e restinga' .
Existem várias lagoas no interior do Parque. As mais conhecidas são a Lagoa Bonita, uma das poucas lagoas perenes da região, junto com a maior de todas que é a Lagoa do Santo Amaro. As areias se estendem por até 90 quilômetros, chegando a 50 quilômetros de extensão continente adentro, não parando de avançar, pois o processo de formação é contínuo. Na cidade de Barreirinhas, principal acesso aos Lençóis, encontramos as praias Ponta do Mangue, Moitas, Vassouras, Morro do Boi, e Barra do Tatu, que são algumas das belas praias que aguardam os curiosos visitantes que chegam de barco partindo da sede do município. Para quem gosta de estar em contato com o povoado local, Mandacaru é uma vila de pescadores onde a maior atração é um farol de 54 metros de altura, de onde se tem um belo visual do Parque. Já aqueles que querem tomar banho de mar e tirar o sal do corpo em águas doces, Caburé é uma boa opção.
Já nas margens dos rios Preguiças, da Fome, Novo, Negro, Grande e Piriá, são comuns as palmeiras buriti, açaí e o habitat de aves.
Nas partes mais próximas ao mar, onde há influência de água salgada, desenvolvem-se os manguezais e no sentido noroeste do Parque, a “floresta alagada” é formada principalmente por três espécies de árvores: mangue-vermelho, que alcança até 12 metros de altura, mangue-branco e mangue-siriúba. Além de Lençóis ser visualmente sensacional, ainda abriga uma fauna e uma flora muita rica.
A paisagem é uma verdadeira maravilha dos deuses. Imagine você a caminhar e a fazer pegadas nessa areia que mais parece lençóis estendidos ao Sol.
As dunas móveis, mais conhecidas como morrarias podem atingir até 40 metros. A cor do solo faz com que enxerguemos as diferenças na cor da água que vai de cristalina a um azul mais escuro.
Fonte: http://www.mirage.com.br/mirage/comunidade/2007/09/03/lencois-maranhenses-onde-lagoas-e-deserto-se-encontram/Por: Marilia Endriukaitis, da Texto & Imagem -http://arboretto.blogspot.com/2008/05/e-os-lencois-maranhenses.html - com adaptações.
Fotos: Secretaria de Estado Extraordinária para Desenvolvimento do Turismo no Maranhão

04 agosto 2008

A RECUPERAÇÃO DE UMA FLORESTA LEVA DE SÉCULOS A MILÊNIOS

Áreas degradadas de mata atlântica levam de 100 a 300 anos para se regenerar
Demora para retomar 40% de espécies endêmicas pode alcançar de 1 a 4 milênios, daí a urgência de preservar os últimos fragmentos
Um estudo na edição deste mês do periódico "Biological Conservation" traz boas notícias para a mata atlântica, que precisa desesperadamente delas depois de perder 93% de sua cobertura original. A floresta que recobria o litoral oriental do Brasil na chegada dos europeus consegue, sim, recuperar-se em tempo relativamente curto: 100 a 300 anos.
Em outras palavras, seriam necessárias de 4 a 12 gerações de brasileiros para recompor a mata destruída nas últimas 20. Se parece muito, prepare-se para a má notícia: o trabalho concluiu que a recomposição de toda a biodiversidade da floresta pode demorar entre 40 e 160 gerações (1.000 a 4.000 anos).
O estudo foi realizado por três pesquisadores da Universidade Federal do Paraná a partir de uma idéia de Marcia Marques, do Laboratório de Ecologia Vegetal. "Surgiu de uma curiosidade minha em compreender a resiliência [resistência] da floresta", conta. "Quando se observa uma floresta que se regenerou após um distúrbio, sempre vem a pergunta se aquela floresta corresponde ou não ao que era originalmente.
"Seu estudante de mestrado Dieter Liebsch, co-orientado por Renato Goldenberg, se encarregou de levantar os dados. Eles foram obtidos em 18 outros estudos sobre mata atlântica publicados entre 1994 e 2007 que estabeleciam com alguma segurança a data de início da exploração da floresta. É o que se chama de "meta-análise" (compilação de informações de outros trabalhos).
A base da pesquisa foram as listas de plantas (florística) encontradas nos trabalhos anteriores. Uma floresta digna do nome precisa abrigar também aquelas espécies tolerantes à sombra, grandes árvores como a maçaranduba (Manilkara subsericea) e as perobas (Aspidosperma spp).
Isso leva tempo.
Nos primeiros anos e décadas, predominam as espécies pioneiras, que se dão melhor com a abundância de luz solar em clareiras e fragmentos desmatados. Também são menos freqüentes as espécies que dependem de animais para ter suas sementes dispersadas, como os guamirins, parentes da goiabeira dependentes de aves.
Uma floresta madura contém 90% de espécies não-pioneiras e 80% de espécies dispersas por animais. Sabendo a proporção desses dois tipos e o tempo decorrido desde a perturbação da mata em cada um dos 18 casos, foi possível calcular a velocidade de regeneração do perfil: de um a três séculos.
A mata atlântica é também uma das florestas tropicais mais biodiversas do planeta, com 40% de espécies endêmicas (que só existem em certos locais). Para recompor essa chamada beta-diversidade, no ritmo atual, a mata precisaria de 1.000 a 4.000 anos.

03 agosto 2008

A CIDADE MAIS POLUÍDA DO MUNDO É DZERZHINSK NA RÚSSIA



Inferno na Terra
Dzerzhinsk, a cidade mais poluída do mundo, tem o solo envenenado e um lago de água quente devido à reação química


Flávia Varella

Todo entardecer é como se um cobertor de chumbo descesse sobre a cidade. O céu fica impregnado de fumaça escura e espessa. O ar é irrespirável. As poucas árvores ainda vivas são franzinas e sem folhas. Os animais desapareceram. Só alguns pássaros resistem, mas parecem desanimados e sem rumo. O solo tem trechos vermelhos, verdes e amarelos, recortados por riachos de um líquido branco e espesso. Assim é Dzerzhinsk, uma cidade industrial a 400 quilômetros de Moscou, apontada pela organização ambientalista Greenpeace como a mais poluída do mundo. Até 1991, a existência desse imenso parque fabril, erguido nos anos 30, era segredo de Estado. Ali se produziam as armas químicas da antiga União Soviética, com resultados devastadores para o meio ambiente. Durante décadas, as chaminés de Dzerzhinsk despejaram no ar toneladas de gases letais como o do pesticida DDT, o gás de mostarda e outros que provocam bolhas na pele e levam à morte.


Com a derrocada do comunismo no Leste Europeu e o fim da Guerra Fria, os produtos usados para fabricar armas foram armazenados em grandes barris, hoje enferrujados e jogados ao léu por toda a cidade. Com o tempo, muitos dilataram e vazaram. O que escapou ajudou a transformar um grande lago local no Mar Branco, um reservatório inflamável de resíduos químicos. O apelido se deve à espuma branca que cobre toda sua superfície. Biólogos dizem que o lago contém a mais alta concentração mundial de dioxina, produto cancerígeno. Mesmo quando a temperatura cai a menos 40 graus Celsius no inverno, o lago fica aquecido por causa dos efluentes químicos. Apesar do enorme perigo que isso representa, muitos moradores de Dzerzhinsk nadam nessas águas porque "são muito agradáveis e nunca congelam", segundo o depoimento de um deles.


Gosto metálico — Atualmente, os produtos químicos feitos ali são menos assustadores, mas a lista inclui venenos como uma versão russa do agente laranja, mercúrio, cloro e chumbo. Grande parte das fábricas de Dzerzhinsk usa cloro e elimina dioxina como resíduo. Essa substância é suspeita de causar, além de câncer, doenças do fígado, da pele e danos ao sistema imunológico. Ela também prejudica o aparelho reprodutor das mulheres e pode passar para os bebês através do leite materno. Amostras de solo da região analisadas apresentaram nível de dioxina 1800 vezes superiores ao permitido na Rússia. A única providência que a prefeitura local tomou até agora foi oferecer uma máscara de gás grátis para cada morador. Pouca gente se interessou pela oferta. Quem chega a Dzerzhinsk logo sente dor de cabeça e um certo gosto metálico na boca. Já os moradores dizem nem perceber o mau cheiro. Estão acostumados, afirmam.


Tosse e câncer — A convivência com a degradação ambiental é tão íntima que já não assusta. Várias pessoas aquecem suas casas nas redondezas da cidade com carvão retirado do solo e impregnado de dioxina. Ao ser queimado, o gás venenoso é liberado no ar. Pequenas plantações fornecem legumes e tubérculos de aparência estranha. Perto das fábricas existem lagos artificiais onde pescadores pegam peixes magrelos para comer e vender. Até dois anos atrás, os residentes de Dzerzhinsk bebiam água de uma fonte local. Ela tinha cheiro ruim e uma aparência vermelho-amarronzada. Em 1996 foi construído um sistema de água encanada. Mas, ainda hoje, se alguém deixar água num jarro durante a noite, ela amanhece com listras verdes e vermelhas.


Os 300.000 habitantes da cidade, embora pareçam não dar muita atenção ao desastre que os circunda, sentem na pele as conseqüências da poluição. A expectativa de vida é de apenas 42 anos para os homens e 47 para as mulheres, muito menos que a média nacional, que é de 58 e 71 anos, respectivamente. A maternidade registra uma taxa de defeitos de nascença três vezes superior à do país. Os problemas de saúde vão de tosse, dores crônicas nas pernas, fígado ineficiente e dificuldade de respiração a cânceres. "Eu sei que estou envenenado e que todo mundo aqui está", afirma Valerie Kuraev, de 59 anos. "Mas nascemos nesta terra e é preciso continuar vivendo. Pensando bem, nós apenas existimos. Isto não é realmente uma vida."
Para não espantar os investidores estrangeiros, as autoridades locais costumam minimizar ou negar os danos ao meio ambiente e à saúde. O chefe do departamento de saúde da cidade, Vladimir Karpov, afirma que a situação é "normal e não difere da de qualquer outra cidade russa". Em 1996, o governo considerou duas vilas vizinhas às indústrias "inabitáveis" e apagou-as dos registros oficiais. Apesar de os nomes de Igumnovo e Petryaevka terem sido banidos dos mapas, as vilas não foram evacuadas. Segundo Lev Fyodorov, um especialista russo em dioxina, ninguém deveria viver nessa área. "De fato, toda a população de Dzerzhinsk deveria ser removida e uma enorme cerca, colocada ao redor e fechada para sempre", diz ele.


Ironicamente, a única perspectiva de melhora dos índices de poluição de Dzerzhinsk está no agravamento da crise econômica que assola a Rússia. A atividade industrial caiu dois terços nos últimos anos e os níveis de poluição acompanharam o declínio. "As crianças costumavam brincar de esconde-esconde no nevoeiro cor de laranja poucos anos atrás", conta a aposentada Valery Gnusarkov. Ainda assim, quase ninguém na cidade aprova a melhora do ar. Os habitantes querem que as fábricas trabalhem em sua capacidade plena, caso contrário podem perder o emprego. Jovens de outras localidades continuam chegando à cidade em busca de trabalho. A maioria dos trabalhadores recebe entre 100 e 200 dólares por mês e sabe que oportunidades assim são raras na nova Rússia.
Fonte: http://veja.abril.com.br/071098/p_083.html

O ALERTA DO RIO SÃO FRANCISCO - ESTE RIO PODE MORRER


A exploração dos recursos hídricos, minerais, vegetais e humanos de toda a bacia do Rio São Francisco durante 500 anos trouxeram danos, alguns irreparáveis, a toda a região.

ASSOREAMENTO,

DESMATAMENTO,

EROSÃO E

POLUIÇÃO

são problemas enfrentados pela população do vale há anos, e o tipo de impacto ambiental está diretamente ligado à atividade econômica desenvolvida em cada região.
O uso indiscriminado dos recursos naturais é, atualmente, o maior perigo à sobrevivência do rio. Certas análises apontam que esses abusos podem resultar em um desgaste e até mesmo esgotamento dessas fontes.
No Alto São Francisco,

A CONCENTRAÇÃO DEMOGRÁFICA,

AS ATIVIDADES ECONÔMICAS DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO E

AS INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO DA GRANDE BELO HORIZONTE

respondem pela degradação ambiental daquele trecho. Além destes,

O GARIMPO DE DIAMANTES desfigura o leito do rio com grandes dragas, lançando depois o material retirado em suas margens que voltam ao rio nas enxurradas.
Ainda no Alto São Francisco, mas já entrando no Médio e Sub-Médio, a principal fonte de poluição é a AGRICULTURA, praticada sem preocupações com a preservação dos recursos hídricos. Os projetos de IRRIGAÇÃO E AGRICULTURA provocam o DESMATAMENTO DA MATA CILIAR (a fatalidade) e, conseqüentemente, carregam sedimentos para o leito do Rio. A vegetação nativa, que em 1970 cobria 85% dos 12 milhões de hectares do norte de Minas Gerais, em 1990 estava reduzida a 35%. E a cada ano, mais de 400 mil hectares de cerrado são desmatados na bacia, o equivalente a mais de mil hectares por dia.
O desmatamento das margens do lago da represa de Três Marias, assim como de vários trechos das margens do Velho Chico, provoca processos violentos de erosão, como a voçoroca acima. A construção de hidrelétricas ao longo do rio também é um grave problema, que põe em risco sua própria existência. Além das transformações significativas que obras como barragens e usinas provocam na área onde são instaladas, com reflexos diretos na vegetação e vida animal, o regime das águas também é afetado. No Baixo São Francisco, uma preocupação de cientistas e ambientalistas é a regularização do fluxo de água, prejudicado e tornado irregular com todas as mudanças feitas no percurso e pelo uso excessivo do recurso.
As sucessivas barragens feitas ao longo do rio provocam um processo quase irreversível de assoreamento, pois diminuem a correnteza natural, formam bancos de areia e transformam os drenos naturais de água em áreas pantanosas. Além disso, a regularização dessas usinas tem provocado efeitos também na atividade pesqueira e na cultura do arroz feitas pela população da área. A extinção de lagoas e várzeas naturais onde ocorria a reprodução e captura dos peixes, e onde tradicionalmente se fazia a plantação do arroz, ameaça a sobrevivência de espécies naturais e da própria população local.
Foto: 1 - João Zinclar; 2 - Fernando Zarur - Represa de 2 Marias = MG, voçoroca