Nos últimos anos, foram descobertas algumas das mais perigosas substâncias que alguma vez foram criadas, tais como o plutónio radioativo e os produtos químicos altamente perigosos chamados dioxinas. Mas, que acontece a essas substâncias quando já não são necessárias? Frequentemente, a resposta tem sido acondicionÁ-las em tambores e lançá-las ao mar. Muita gente se preocupa com a possibilidade de os tambores sofrerem corrosão e dessas substâncias vazarem. Se isto acontecer, entrarão nas cadeias alimentares e mais uma vez aparecerão, exatamente como os pesticidas.
A procura de novos modos de eliminação de matérias perigosas é constante. O desenvolvimento mais recente é queimar os produtos químicos em navios equipados com fornos de altas temperaturas, no mar. Os produtos químicos degradam-se a uma temperatura de 1200 ºC e pretende-se que 99,99 % das substâncias incineradas se transforme em produtos relativamente seguros. A coluna de fumo combina-se com a água, impelida pelo vento, mas, que acontece a 0,01 % de resíduos tóxicos não incinerados, quando entram no mar e são recuperados na cadeia alimentar?
A Grã-Bretanha, a Bélgica, a Alemanha Ocidental e a França já queimam 100.000 toneladas de resíduos tóxicos cada ano, no mar do Norte. Contudo, a Organização Marítima Internacional tem em consideração a proibição mundial dessa prática. Uma nova sugestão é a colocação dos resíduos nucleares e produtos químicos tóxicos em milhares de quilômetros de buracos perfurados por debaixo de ilhas artificiais de betão, localizadas ao largo da costa.
O mais recente produto químico perigoso introduzido no ambiente marinho é uma tinta anti-incrustação, chamada “tributyltin” (TBT), usada para manter os fundos dos navios isentos de lapas e algas. Mas a TBT não permanece nos navios. Lentamente, vai vazando para o mar, onde uma quantidade semelhante a uma espirina é suficiente para matar todos os organismos marinhos das redondezas.
Fonte: http://ambiente.dec.uc.pt/~hugojose/POLUICAO.htm - com adaptações
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