07/11/2008 - Paraná prepara ação para capturar e abater javalis invasores
Cerca de 200 javalis que vivem no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, na Região Sul do Paraná, devem ser capturados e abatidos por técnicos do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) nos próximos meses.
O animal, que é de origem européia e pertence à mesma espécie do porco doméstico, é considerado uma ameaça por causar graves danos ambientais ao parque e às propriedades agrícolas da região - há casos registrados de invasão de plantações de soja e de milho.
Segundo o presidente do IAP, Victor Hugo Burko, que se reuniu nesta quinta-feira (6) com técnicos do parque para uma avaliação, a situação é emergencial. "O javali é um animal exótico e extremamente danoso ao meio ambiente. Ele come tudo o que vê pela frente. Destrói ovos de pássaros que fazem ninho no chão, devasta plantações e fuça a terra até arrancar as raízes da plantas", afirmou.
De acordo com Burko, por se tratar de animal invasor, ele não tem predador natural, se reproduz com facilidade e sua população pode triplicar a cada ano. As ações de manejo do javali no Parque Vila Velha devem servir de laboratório para que o mesmo procedimento seja adotado em outros municípios do Paraná.
Em Londrina e Maringá, na região norte do Estado, há relatos de agricultores que dizem ter sido atacados pelo animal. "Eles são agressivos, fortes (os machos pesam cerca de 250 quilos) e podem matar pessoas", disse Burko.
Segundo o presidente do IAP, Victor Hugo Burko, que se reuniu nesta quinta-feira (6) com técnicos do parque para uma avaliação, a situação é emergencial. "O javali é um animal exótico e extremamente danoso ao meio ambiente. Ele come tudo o que vê pela frente. Destrói ovos de pássaros que fazem ninho no chão, devasta plantações e fuça a terra até arrancar as raízes da plantas", afirmou.
De acordo com Burko, por se tratar de animal invasor, ele não tem predador natural, se reproduz com facilidade e sua população pode triplicar a cada ano. As ações de manejo do javali no Parque Vila Velha devem servir de laboratório para que o mesmo procedimento seja adotado em outros municípios do Paraná.
Em Londrina e Maringá, na região norte do Estado, há relatos de agricultores que dizem ter sido atacados pelo animal. "Eles são agressivos, fortes (os machos pesam cerca de 250 quilos) e podem matar pessoas", disse Burko.
Javali é das espécies mais invasoras do mundo
A pesquisadora Simone Camargo Umbria é a encarregada de identificar o número de javalis que vivem no Parque Estadual de Vila Velha, no interior do Paraná. Há meses, ela vem identificando através de "armadilhas fotográficas" a população de animais no local e mapeando os seus hábitos. Ela diz que o javali é uma das 100 maiores espécies invasoras do mundo e que sua remoção pode durar décadas.
De acordo com a gerente-geral do parque, Ângela Maria Dalcomune, estão sendo testadas armadilhas para capturar o animal. Como eles andam em bando de cinco ou seis, a idéia é construir grandes cercados e enchê-los de alimento para atrair os animais. "À medida que eles forem sendo capturados, serão abatidos e sua carcaça enviada para os frigoríficos", afirmou Ângela.
A carne do javali, se considerada apropriada para o consumo pela vigilância sanitária, deve ser doada para instituições de caridade. A bióloga e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, Simone Camargo Umbria, diz que dificilmente os animais servirão de alimentos, pois são foco de leptospirose e febre aftosa.
Segundo Ângela, o javali chegou ao Brasil pelo Uruguai, nos anos 1940 e foi trazido para a região Sul do país por criadores de porcos. No Paraná, a criação do animal teve início na década de 1980 na cidade de Palmeira (a 50 km de Curitiba) e ali, teria sido solto, tornando-se, então, selvagem. Os constantes acasalamentos de javalis com porcos domésticos, na região, criaram uma subespécie do animal que é chamada de "javaporco".
Questionado sobre a manifestação de órgãos de sociedade de protetores de animais contra o abate dos javalis, o presidente do IAP disse que a eliminação do animal é uma questão ambiental. "Nós não vamos causar qualquer tipo de sofrimento ao javali. Eles serão abatidos como qualquer animal de corte. Só não vamos ficar perdendo tempo com discussões inócuas", afirmou.
A Sociedade Protetora dos Animais do Paraná foi procurada pelo UOL para se pronunciar sobre o caso, mas não atendeu às ligações. Uma portaria do Ibama, publicada há três anos, proíbe a criação do javali no país, mas ainda há criadores licenciados.
Fonte: Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL Notícias
Em Curitiba (PR)
A carne do javali, se considerada apropriada para o consumo pela vigilância sanitária, deve ser doada para instituições de caridade. A bióloga e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, Simone Camargo Umbria, diz que dificilmente os animais servirão de alimentos, pois são foco de leptospirose e febre aftosa.
Segundo Ângela, o javali chegou ao Brasil pelo Uruguai, nos anos 1940 e foi trazido para a região Sul do país por criadores de porcos. No Paraná, a criação do animal teve início na década de 1980 na cidade de Palmeira (a 50 km de Curitiba) e ali, teria sido solto, tornando-se, então, selvagem. Os constantes acasalamentos de javalis com porcos domésticos, na região, criaram uma subespécie do animal que é chamada de "javaporco".
Questionado sobre a manifestação de órgãos de sociedade de protetores de animais contra o abate dos javalis, o presidente do IAP disse que a eliminação do animal é uma questão ambiental. "Nós não vamos causar qualquer tipo de sofrimento ao javali. Eles serão abatidos como qualquer animal de corte. Só não vamos ficar perdendo tempo com discussões inócuas", afirmou.
A Sociedade Protetora dos Animais do Paraná foi procurada pelo UOL para se pronunciar sobre o caso, mas não atendeu às ligações. Uma portaria do Ibama, publicada há três anos, proíbe a criação do javali no país, mas ainda há criadores licenciados.
Fonte: Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL Notícias
Em Curitiba (PR)
Vlw me ajudou demaisssssssssssss!
ResponderExcluir