30 maio 2010

E O PETRÓLEO JORRA NO GOLFO DO MÉXICO

Obama anuncia que vai triplicar equipe no combate ao vazamento de óleo.

Durante visita a Nova Orleans, na Louisiana, nesta sexta-feira (28) para vistoriar os estragos causados pelo vazamento de óleo no Golfo do México, o presidente Barack Obama anunciou que vai triplicar a força de trabalho nas regiões afetadas ou em locais onde o petróleo deve chegar nas próximas 24 horas. Mais de 20 mil pessoas trabalham para conter a “maré negra”.

Obama voltou a afirmar que cobrará a empresa British Petroleum (BP) pelos prejuízos, mas assumiu a responsabilidade pela resolução do problema. “Eu assumo a responsabilidade de resolver essa crise”, disse. “Essa é a nossa maior prioridade.”

Obama afirmou ainda que a Guarda Costeira está pronta a oferecer qualquer ajuda aos moradores da região afetada pela mancha de óleo. Segundo o presidente, o vazamento é "um ataque" ao litoral, à população e à economia regional.

Obama passará pela costa da Louisiana, onde uma camada viscosa de óleo invadiu manguezais, paralisou a lucrativa atividade pesqueira e irritou uma população que ainda se recupera do impacto do furacão Katrina, em 2005.

Mais cedo, a BP afirmou que o novo processo de contenção do vazamento está dando resultados.

Ações do governo
Ontem, Obama prometeu que o problema será resolvido, e reagiu às críticas que seu governo vem sofrendo pela suposta demora em agir. Segundo Obama, até sua filha Malia, de 11 anos, se mostra aflita. "Já tapou o buraco, papai?", teria perguntado ela, segundo o presidente.

Obama afirmou em entrevista coletiva que prolongará por seis meses a proibição de novas perfurações para extrair petróleo em águas profundas na costa do país após a catástrofe provocada pelo vazamento de combustível no Golfo de México. A decisão faz parte de um conjunto de medidas determinadas pelo presidente em reação ao vazamento de petróleo de uma plataforma que explodiu e afundou no Golfo de México no mês passado.

Para muitos, o desastre da BP tem potencial para se tornar o Katrina do governo Obama - depois daquele furacão, em 2005, a popularidade do então presidente George W. Bush desabou, devido à atrapalhada reação do governo à tragédia.

No caso de Obama, o problema é que o governo federal não detém a tecnologia nem as ferramentas para resolver esse tipo de desastre a 1.600 metros de profundidade, e depende da BP para achar um jeito de conter o vazamento. O governo tem responsabilizado integralmente a BP pelo desastre.

Operação para impedir vazamento
O executivo-chefe da British Petroleum (BP), Tony Hayward, disse nesta sexta-feira (28) que demorará ainda dois dias para saber se a injeção de lama no poço que está vazando petróleo no Golfo do México funcionou.

Imagens do vazamento mostram jatos de fluídos pesados saindo do encanamento quebrado, mas Hayward esclareceu à rede "CNN" que é "quase tudo lama, que não é tóxica, e água".

O diretor, que deu entrevistas ao vivo hoje a várias redes de televisão dos Estados Unidos, disse à "NBC" que "passarão provavelmente outras 48 horas antes de sabermos se tivemos sucesso".

Na quinta-feira, em entrevista coletiva, o diretor-geral de operações da companhia, Doug Suttles, disse que os resultados demorariam "24 horas ou talvez um pouco mais" para determinar se a operação deu certo.

Hayward, que a princípio minimizou o impacto ecológico do derramamento de óleo, dado que o petróleo não tinha chegado à costa, disse hoje à "CNN" que "se trata claramente de uma catástrofe ambiental".

A BP começou na quarta-feira a injetar lama nos encanamentos quebrados a 1.500 metros de profundidade. Ontem a companhia paralisou a injeção do fluido pesado para analisar sua eficácia.

No mesmo dia retomou os trabalhos, com a introdução de uma variedade de materiais a alta temperatura, como peças de borracha, uma operação que terminou hoje, segundo Hayward, que disse que a BP continuará agora com a injeção de fluidos pesados, como lama.

*Com informações das agências internacionais

FONTE: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/05/28/obama-anuncia-que-vai-triplicar-equipe-no-combate-ao-vazamento-de-oleo.jhtm

Comentários:

Os EUA devem multar e cobrar providências urgentes, pois é inconcebível que uma empresa especializada em perfuração de poços de petróleo, não detenha a tecnologia de fazer a sua obstrução...
Até quando o meio ambiente ficará refém destas companhias?

O planeta já não suporta tantas perfurações para retirada de petróleo!´
Por causa de imprevisibilidade como esta o nosso ecossistema é que vai pagar pelas suas consequências?
Quanto da nossa flora e fauna marinha já se perdeu neste triste e lamentável episódio...isto pode ser um grande aprendizado para outros países,que estão querendo buscar petróleo na camada pré-sal.
Precisamos sim de tecnologias mais acessíveis para utilizarmos as nossas fontes alternativas de energia e que não poluem.

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