Itália é o mais feliz entre os países do Primeiro Mundo
Agência ANSA - 12/07/2006
Italia - Não é o país do G-8 economicamente mais forte, mas tudo indica que não é o dinheiro que traz felicidade: segundo a classificação realizada por um grupo de economistas e ambientalistas britânicos, a Itália é o país mais feliz do G-8.
Os especialistas ingleses da New Economics Foundation (NEC) e o grupo ambientalista Friends of the Earth (FOE) calcularam a taxa de felicidade de 178 povos do planeta multiplicando o tempo de vida médio de cada um pela "taxa de satisfação" e dividindo o tudo pelo impacto ambiental da nação em questão.
A taxa de satisfação foi calculada com base no índice de alegria existente na própria vida segundo declarações de cada povo em pesquisas locais. O impacto ambiental foi medido levando em consideração a quantidade de terra necessária para sustentar um povo e seus consumos.
É assim que acabaram no fundo do Happy Planet Index muitos países ricos que, com o seu consumismo desenfreado, destroem o ambiente sem nem ao menos fazer seus cidadãos felizes.
Entre os países do G8, a Rússia, é a mais infeliz e ocupa o 172º lugar em um total de 178. A classificação também não é boa para os Estados Unidos (150º) e nem para a França (129º).
Quem se sai melhor é a Itália que, no seu 66º lugar é, segundo os especialistas, a nação industrializada que mais explora seus próprios recursos ambientais de forma sustentável, a ponto de garantir o bem-estar da população.
Os recursos naturais da Itália, o estilo de vida relativamente sadio e todo o bom humor dos italianos não são suficientes no entanto para dar ao país o título de paraíso da felicidade.
Quem conquista este posto na classificação é Vanuatu, um arquipélago de 80 ilhas no Pacífico ocidental cujos 250 mil habitantes, segundo os estudiosos, aproveitam ao máximo os próprios recursos para viver uma vida longa, sadia e prazerosa. Em Vanuatu, NEC e FOE registraram uma "taxa de felicidade" de 68,2, contra os 48,3 da Itália.
Os habitantes de Vanuatu vivem em média até os 68,6 anos, não têm um exército permanente e se sustentam com a agricultura e a pesca. Certamente não são ricos mas conseguiram preservar suas praias imaculadas e as suas florestas verdejantes e, em média, se declaram satisfeitos de sua existência.
Ricas também não são as nações que se seguem: Colômbia (67,2), Costa Rica (66), República Dominicana (64,5), Panamá (63,5), Cuba (61,9), Honduras (61,8), Guatemala (61,7), El Salvador (61,7), Santa Lucia (61,3) e Vietnam (61,2).
Andrew Simms, diretor da NEC, admitiu que esta primazia dos países da América Central e da Colômbia em particular, destina-se a surpreender muitos. "Existe um clichê sobre a Colômbia. Há guerras e o narcotráfico, mas a grande maioria das pessoas não mantém contato com isso. A vida urbana é complexa e rica como em muitas outras cidades do mundo", afirmou.
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