08 janeiro 2012

COMO FUNCIONA UM ATERRO SANITÁRIO

O CAMINHO DO LIXO - 03/01/2012 16h29

Até agosto de 2014, todos os municípios brasileiros precisam apresentar um plano de destinação adequada aos rejeitos em aterros sanitários

LAURA LOPES



O aterro da Tecipar recebe cerca de 700 toneladas de lixo por dia dos municípios de Santana de Parnaíba, Barueri,Carapicuíba e Araçariguama

(Foto: Reprodução/ÉPOCA)

O lixão de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, foi desativado em 2010. Agora, o lixo doméstico não reciclável vai para um aterro particular, Tecipar. Regulado e fiscalizado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), o aterro segue todas as normas para prevenir a contaminação do solo e do lençol freático e passa por uma auditoria da Organização das Nações Unidas (ONU) para poder vender crédito de carbono com a queima do gás metano produzido pela decomposição do lixo. O líquido que esse lixo solta ao longo do tempo, o chorume, é drenado para piscinas e depois transportado para estações de tratamento de esgoto. No fim, ele retorna ao aterro em forma de um pó preto.

O aterro da Tecipar recebe cerca de 700 toneladas de lixo por dia dos municípios de Santana de Parnaíba, Barueri,Carapicuíba e Araçariguama. Ele funciona 24 horas por dia, seis dias por semana. Cada camada de lixo compactado com terra argilosa tem cerca de cinco metros de altura e só a argila pode ser usada para cobrir o lixo, por ser impermeabilizante. Essa camada de terra que vai por cima dos resíduos evita a presença de animais, como urubus e cães. E, assim como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), catadores de materiais recicláveis estão proibidos de entrar no aterro.

As diversas áreas do aterro possuem drenos com os poços que coletam gases resultantes da decomposição do lixo, sendo o metano (CH4), o gás carbônico (CO2) e o oxigênio (O2) os mais presentes. Esses gases são queimados – e o metano deve ser totalmente quebrado em gases não poluentes para que a empresa possa vender crédito de carbono. No dia da visita da reportagem de ÉPOCA ao aterro, 32,3% do gás coletado eram metano, 22,9%, gás carbônico, e 6,41%, oxigênio.

Fonte:
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/o-caminho-do-lixo/noticia/2012/01/como-funciona-um-aterro-sanitario.html

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