Segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, produzida pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), 61.900 espécies correm risco de extinção. Mas o trabalho de uma cientista israelense, orientada por americanos, pode mudar essa realidade com o uso de células-tronco.
A pesquisa de Inbal Friedrich Ben-Nun foi feita sob orientação de Jeanne Loring, professor do Instituto de Pesquisas Scripps, na Califórnia, e Oliver Ryder, coordenador de pesquisas genéticas do Zoológico de San Diego. Ele é responsável pelo Frozen Zoo, um banco criogênico de células de mais de 800 tipos de animais.
A partir de amostras da pele desses animais, Ben-Nun conseguiu cultivar células-tronco pluripotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em diferentes tipos de células. A ideia é que, a partir delas, seja possível recriar óvulos e espermatozoides de animais em extinção e gerar filhotes.
Ao cultivar células-tronco do rinoceronte branco, espécie em extinção (há apenas sete animais espalhados pelo mundo), os cientistas mostraram que é possível desenvolver células de animais mais desenvolvidos. Até então, os cientistas só tinham conseguido cultivar células-tronco de ratos.
O estudo também foi realizado com células do primata drill e, de acordo com Ben-Nun, esse é o início de um zoológico de células-tronco. O estudo chegou a ser publicado na Nature Methods no ano passado.
O próximo passo é conseguir recursos financeiros para seguir com as pesquisas, criar espermatozoides e óvulos a partir dessas células-tronco e testar a fertilização in vitro.
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