26 de Agosto de 2003. Publicado e ilustrado por Eduardo Issa, no site: http://www.ecoviagem.com.br/fique-por-dentro/viajantes/expedicao-parques-nacionais/boletins/pn-pantanal-matogrossense-859.asp
Pense numa região maior que a Inglaterra e a Escócia juntas, toda inundada, com 365.000 km2, 3.500 espécies de plantas, 264 tipos de peixes, 652 de aves, 102 mamíferos, 177 de répteis e 40 de anfíbios. Estes são apenas alguns números deste nosso patrimônio natural, de extrema importância para o planeta. Este lugar é o Pantanal Matogrossense. Lendo algumas reportagens sobre o Pantanal, sempre tentei imaginar como seria estar no meio desta imensidão úmida cercada por água, e agora estou aqui, no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.
Parece que os números e as palavras não foram suficientes para descrever o ecossistema pantaneiro. Só depois de navegar pelos arredores desta enorme planície alagada, você realmente terá a noção de como é grande e surpreendente o Pantanal. O parque foi criado em 1981 e, além de proteger as áreas inundadas, também garante a preservação desta rica e incomparável biodiversidade. O parque também foi declarado, em 2.000, Patrimônio Natural da Humanidade.
Nesta minha visita ao parque, conheci locais que impressionam pela beleza selvagem e que ainda estão intactos. No viveiro dos pássaros, na Baía do Burro, você observa parte do ciclo de vida das aves, envolvendo cobras e jacarés. A Trilha do Caracará, com quase 2 horas de duração, leva ao topo do morro de mesmo nome, com 293 metros de altura, e vai te proporcionar uma vista panorâmica das águas do Pantanal. Vitórias-régias, jacarés, biguás, tuiuiús e outras centenas de aves completam o show de imagens. A Serra do Amolar, isto mesmo, uma morraria em pleno Pantanal, ainda faz pano de fundo para algumas regiões.
O acesso ao parque só é possível por via aérea ou fluvial, por Cuiabá, 100 km de asfalto até Poconé e depois mais 147 km até Porto Jofre, às margens do Rio Cuiabá, mais 4 horas de barco. Por Corumbá, de barco até a sede, são 5 horas, navegando pelo Rio Paraguai. Por via aérea se utiliza a pista de pouso da fazenda Acurizal da Fundação Ecotrópica (com autorização) e depois mais 1 hora de barco até a sede.
Atualmente, a unidade não se encontra aberta à visitação, mas com a implantação do Plano de Manejo, devidamente aprovado, deverá estar aberto assim que a estrutura básica de equipamentos, bem como as concessões e ancoradouros estejam implantados. Esperamos que isto aconteça em breve, assim os visitantes poderão ver de perto um dos lugares mais espetaculares do planeta: o nosso Pantanal!
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