15 julho 2008

O BRASIL E A EVOLUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

Dimensão ambiental: progresso menor e ainda lento

Com 23 indicadores, divididos segundo os temas atmosfera; terra; água doce; oceanos, mares e áreas costeiras; biodiversidade e saneamento, a dimensão ambiental do IDS é a que mostra o maior número de indicadores ainda negativos ou que se mantêm numa evolução lenta. Além da atualização das informações publicadas em 2004, foi incorporado o dado sobre a emissão de gases do efeito estufa, a partir do inventário publicado em 2004 pelo governo brasileiro. Dentre os indicadores positivos, podem-se destacar a redução de consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio e o aumento do número de unidades de conservação (UCs) e de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Os focos de incêndios também sofreram redução entre 2004 e 2006, e a poluição atmosférica mantém sua tendência estacionária, exceto pelo ozônio (O3), cuja concentração continua aumentando. Já a poluição dos rios que cortam as maiores regiões metropolitanas e a das praias mantêm seus níveis elevados, enquanto as quantidades de fertilizantes e agrotóxicos usados na agricultura cresceram, e as apreensões de alguns animais que seriam comercializados ilegalmente também aumentaram.

Por fim, indicadores como o desmatamento na Amazônia1, que vinham melhorando, sofreram revezes no período mais recente, ao que tudo indica em conseqüência do próprio crescimento econômico.
Consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio cai 87% de 1992 a 2006

O consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio (O3)2 vem sendo reduzido, de forma geral, em todo o mundo. No Brasil, esse consumo anual (produção + importações – exportações) tem caído aceleradamente, superando inclusive as metas: diminuiu 87% entre 1992 e 2006, passando de 11.198 para 1.431 toneladas de potencial de destruição do ozônio (PDO), segundo informações do Núcleo de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente.

A camada de ozônio é fundamental à manutenção da vida na Terra, pois absorve a maior parte da radiação ultravioleta B (UVB) que chega ao planeta, altamente nociva aos seres vivos, podendo causar doenças como a catarata, mutações, cânceres e, em doses mais altas, a morte dos organismos. O Protocolo de Montreal (1987) propôs a redução do consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio até sua eliminação ou sua substituição por compostos inofensivos.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia

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