Fotos:
1 - Uma das milhares de minas de carvão espalhadas pela China; 2 - Pequim/2007
Com 9.571.300 km2, sendo o 3º país do mundo em extensão territorial, a República Popular da China, há mais de 10 anos ocupa o melancólico primeiro lugar no ranking da POLUIÇÃO. Contando com uma população superior a 1.300.000.000 de habitantes, a China se viu obrigada a abrir a sua economia à partir de 1978, sob pena de ter sua imensa massa humana dizimada pela fome e miséria - fruto de 29 anos de socialismo/comunista.
O dragão despertou faminto de progresso a qualquer preço, e hoje, se a sua população está saindo da condição de miséria total - o que redundava em milhões de mortos por inanição ou outros gestos governamentais -, está refém do desenvolvimento desenfreado e inconsequente, gerando milhões de toneladas de lixo e nuvens indescritíveis de fumaça poluidora, o que tem provocados milhares de óbitos por males diversos, provocados pela poluição excessiva.
Veja matéria de 10 anos atrás, publicada pela revista Veja (01/04/1998):
Lixeira asiática
O país mais poluído do mundo começa a sepreocupar com o custo econômico da sujeira
País mais populoso do mundo, a China se presta a comparações em grande escala. Nem todas fazem inchar o peito de orgulho. O crescimento econômico médio de 9% nas últimas duas décadas transformou o país no mais poluído do planeta. O ar respirado nas grandes cidades chinesas, diz um estudo do Banco Mundial, é provavelmente o pior da Ásia. A indústria estatal nunca se preocupou com equipamento antipoluição, e o esgoto é despejado nos rios sem tratamento. Estima-se que 60% dos chineses recebam em casa água contaminada por esgotos ou produtos químicos. Até pouco tempo atrás, o governo sustentava que controle ambiental é luxo de país rico. A prioridade chinesa era tirar o povo da pobreza. Essa postura está mudando porque Pequim descobriu que a poluição também custa caro.
Como o país tem no carvão sua principal fonte de energia, a concentração de partículas em suspensão no ar é cinco vezes maior do que a recomendada pela Organização Mundial de Saúde. O Banco Mundial diz que a má qualidade do ar nas grandes cidades causa a morte prematura de 178.000 chineses por ano e 1,7 milhão de casos de bronquite crônica. O custo em despesas médicas e horas de trabalho perdidas: 32 bilhões de dólares, quase 5% do PIB. O incontrolável aumento da população disseminou a poluição urbana para grande parte da zona rural. A irrigação indiscriminada esgotou o solo e reduziu a produtividade de 10% a 25%. Só a chuva ácida, provocada pela poluição industrial, causa perda anual de 2,8 bilhões de dólares à agricultura. "A falta de proteção ambiental é uma das poucas coisas que podem impedir a China de continuar crescendo por muito tempo", preocupa-se Li Yining, da equipe econômica do novo primeiro-ministro, Zhu Rongqi, que tomou posse há duas semanas.
Poluição do consumo — A abertura da China ao capitalismo melhorou a qualidade de vida e enriqueceu uma parcela da população, que se aproxima dos padrões internacionais de consumo. Eletrodomésticos e automóveis já fazem parte da lista de compras de muitos chineses. O lado perverso da mudança é o aumento do lixo (abandonado na periferia ou jogado nos rios) e do consumo de energia elétrica. Num círculo vicioso, Pequim planeja represar rios e alagar ecossistemas delicados para construir uma centena de usinas elétricas nos próximos dez anos. O número de veículos registrados cresce entre 12% e 14% ao ano há duas décadas, aumentando a poluição do ar.
O presidente Jiang Zemin chegou a copiar de países ocidentais uma legislação ambiental, em 1996, que nunca foi implementada. A tentativa de intervir numa indústria poluidora, no ano passado, gerou tantos protestos que o governo preferiu mantê-la em funcionamento. Não há, por enquanto, nenhuma chance de o governo chinês resolver o problema a curto prazo, visto que seria preciso reformar toda a estrutura produtiva erguida ao longo de décadas. Proteção ambiental efetiva significaria fechar milhares de fábricas e aumentar o desemprego, um custo social que a China não vê razão para bancar. Governos comunistas nunca deram muita atenção às preocupações com poluição ambiental. Em parte, isso se deve à falta de opinião pública pressionando por qualidade de vida. Depois da reunificação, a Alemanha precisou desativar dezenas de fábricas herdadas da antiga Alemanha Oriental simplesmente porque ficaria caro demais convertê-las para seus padrões de controle da poluição.
O país mais poluído do mundo começa a sepreocupar com o custo econômico da sujeira
País mais populoso do mundo, a China se presta a comparações em grande escala. Nem todas fazem inchar o peito de orgulho. O crescimento econômico médio de 9% nas últimas duas décadas transformou o país no mais poluído do planeta. O ar respirado nas grandes cidades chinesas, diz um estudo do Banco Mundial, é provavelmente o pior da Ásia. A indústria estatal nunca se preocupou com equipamento antipoluição, e o esgoto é despejado nos rios sem tratamento. Estima-se que 60% dos chineses recebam em casa água contaminada por esgotos ou produtos químicos. Até pouco tempo atrás, o governo sustentava que controle ambiental é luxo de país rico. A prioridade chinesa era tirar o povo da pobreza. Essa postura está mudando porque Pequim descobriu que a poluição também custa caro.
Como o país tem no carvão sua principal fonte de energia, a concentração de partículas em suspensão no ar é cinco vezes maior do que a recomendada pela Organização Mundial de Saúde. O Banco Mundial diz que a má qualidade do ar nas grandes cidades causa a morte prematura de 178.000 chineses por ano e 1,7 milhão de casos de bronquite crônica. O custo em despesas médicas e horas de trabalho perdidas: 32 bilhões de dólares, quase 5% do PIB. O incontrolável aumento da população disseminou a poluição urbana para grande parte da zona rural. A irrigação indiscriminada esgotou o solo e reduziu a produtividade de 10% a 25%. Só a chuva ácida, provocada pela poluição industrial, causa perda anual de 2,8 bilhões de dólares à agricultura. "A falta de proteção ambiental é uma das poucas coisas que podem impedir a China de continuar crescendo por muito tempo", preocupa-se Li Yining, da equipe econômica do novo primeiro-ministro, Zhu Rongqi, que tomou posse há duas semanas.
Poluição do consumo — A abertura da China ao capitalismo melhorou a qualidade de vida e enriqueceu uma parcela da população, que se aproxima dos padrões internacionais de consumo. Eletrodomésticos e automóveis já fazem parte da lista de compras de muitos chineses. O lado perverso da mudança é o aumento do lixo (abandonado na periferia ou jogado nos rios) e do consumo de energia elétrica. Num círculo vicioso, Pequim planeja represar rios e alagar ecossistemas delicados para construir uma centena de usinas elétricas nos próximos dez anos. O número de veículos registrados cresce entre 12% e 14% ao ano há duas décadas, aumentando a poluição do ar.
O presidente Jiang Zemin chegou a copiar de países ocidentais uma legislação ambiental, em 1996, que nunca foi implementada. A tentativa de intervir numa indústria poluidora, no ano passado, gerou tantos protestos que o governo preferiu mantê-la em funcionamento. Não há, por enquanto, nenhuma chance de o governo chinês resolver o problema a curto prazo, visto que seria preciso reformar toda a estrutura produtiva erguida ao longo de décadas. Proteção ambiental efetiva significaria fechar milhares de fábricas e aumentar o desemprego, um custo social que a China não vê razão para bancar. Governos comunistas nunca deram muita atenção às preocupações com poluição ambiental. Em parte, isso se deve à falta de opinião pública pressionando por qualidade de vida. Depois da reunificação, a Alemanha precisou desativar dezenas de fábricas herdadas da antiga Alemanha Oriental simplesmente porque ficaria caro demais convertê-las para seus padrões de controle da poluição.
De forma indireta contribuimos p/ que a China seja o País mais poluído do Mundo, quando compramos seus produtos, que estão espalhados aos 4 cantos da terra.È importante que passemos a ter consciência disso e passemos a comprar produtos de "Nossos Brasis",dessa forma nossos Países poderão dar mais empregos e diminuirá o trabalho cruelmente escravo que lá existe tb...
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