16 junho 2008

CARVÃO MINERAL, O COMBUSTÍVEL FÓSSIL MAIS POLUENTE DA TERRA


...contaminando tudo, trabalhadores das minas e o meio ambiente de modo geral.

Uma indústria próspera e dinâmica é um requisito em todos os países para o aprovisionamento em bens e serviço, para o emprego e para uma economia sustentada. A procura industrial de matérias-primas e a produção descontrolada de resíduos são, cada vez, mais insustentáveis.

As actividades, produtos e resíduos do processamento industrial alteram as matérias-primas e a qualidade do meio ambiente, com graves implicações para a saúde humana e do ambiente.

Problemas ambientais associados às minas

O despejo de resíduos de carvão estão entre os problemas principais ou potenciais de poluição atmosférica na região, particularmente no Malawi, em Moçambique, na Tanzânia, na Zâmbia e no Zimbabwe. Estão localizados sob grés e xistos altamente reactivos, e podem entrar em combustão espontaneamente.
A poluição por gases originados nas minas pode ocorrer nas minas de carvão a céu aberto devido à combustão espontânea das frentes de desmonte. Por exemplo, é sabido já que nas minas da Maamba Collieries, na Zâmbia, a combustão espontânea é sempre devido aos teores elevados de enxofre nos xistos acima do filão principal (cinco a sete por cento de enxofre), onde começa rapidamente, em especial na estação da chuva. Todavia, o carvão lavado (0,6% a 0,7%) pode demorar entre seis a doze meses para entrar em combustão.

Ainda associada ao carvão está a acumulação de materiais não granulados de grau inferior. A maior parte destes materiais são armazenados em represas de vasa fluida, originando efluentes ácidos. As tentativas efetuadas em algumas minas, em particular na mina de carvão de Maamba, para lidar com este material, através de, por exemplo, briquetagem, falharam devido à falta de mercado. É necessário reavaliar este problema numa base regional.
Economia circulatória - conjunto industrial integrado de logística portuária, siderúrgica, petroquímica e de equipamentos.

Na China, o Grupo de Minas de Carvão de Datong, em Shanxi , é uma das maiores bases de produção carvoeira. Seu volume de produção e venda ultrapassou 100 milhões de toneladas nos últimos anos. Com o desenvolvimento acelerado, surgiram vários problemas relacionados ao meio ambiente, incluindo a falta de diversificação na produção, poluição ambiental, esgotamento de recursos, desperdício, etc. Liu Suisheng, presidente do Conselho Administrativo, disse que os problemas já forçaram o grupo a buscar novos meios de desenvolvimento.

O desenvolvimento da economia circulatória tem grande significado para o progresso de Shanxi no caminho do desenvolvimento sustentável, especialmente a transformação do meio de crescimento econômico e a construção da sociedade harmoniosa. Atualmente, priorizamos os trabalhos-piloto."
Segundo as estatísticas, o desenvolvimento da economia circulatória reduz anualmente a emissão de 80 mil toneladas de dióxido de enxofre e 220 mil toneladas de poeira na província de Shanxi, gerando um lucro de 200 milhões de yuans. Sendo um grande produtor de carvão, Shanxi mostra uma boa tendência de desenvolvimento da economia circulatória.

2 comentários:

  1. Os teus alertas são um grito que precisa de ser repetido até que seja ouvido por todos...
    Pela minha parte, ao pintar as coisas belas que ainda podemos contemplar, estou, à minha maneira, a colaborar para esse grande desígnio mundial.
    Beijo.
    António

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  2. CARVÃO MINERAL, O COMBUSTÍVEL FÓSSIL MAIS DEGRADANTE E MAIS CARO DE TODOS!!!

    A ganância não tem limites, pois estamos perdendo as batalhas e se continuar neste ritmo perderemos a guerra contra o poderoso setor carbonífero do sul de Santa Catarina, visto que minas de carvão continuam sendo abertas para a extração do minério e continuam poluindo todos os recursos naturais por onde passam, principalmente a água. Depois de explorado e beneficiado vai para a queima no Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda 857MW, em Capivari de Baixo/SC, o maior da América Latina, promovendo as emissões de gases que causam chuva ácida e o efeito estufa, sem nenhum controle confiável, pois são os próprios funcionários da multinacional Tractebel/Suez que fazem o monitoramento das emissões.
    O lobby das mineradoras tem apoio da classe política seja governante ou não, pois as campanhas eleitorais são financiadas com altas somas que são respeitosamente pagas com favores de ordem políticas que beneficiam o setor carbonífero em todos os aspectos, inclusive junto aos órgãos responsáveis pela fiscalização e licenciamento ambiental, ou seja, sempre ganham todas!!!
    O trabalho da mineração no sul de SC é praticamente no subsolo, fazendo com que o mineiro tenha que se sujeitar a uma espécie de trabalho escravo, ou seja, descer diariamente aos subterrâneos inóspitos, perigosos e insalubres causadores de doenças pulmonares como a pneumonoconiose - a doença do pulmão negro. Por conseguinte, o reconhecimento do Estado ao aposentar com apenas 15 anos de serviço, assim um jovem que começa a trabalhar aos 18 anos se aposenta com 33 anos, porém para viver com a qualidade de vida comprometida. Uma injustiça socioambiental imperdoável!
    Ao longo destes últimos 34 anos muito pouco resolveram nossas denúncias de crimes ambientais, pois as três bacias hidrográficas do sul de Santa Catarina (Araranguá, Urussanga, Tubarão) estão totalmente comprometidas com o baixo pH das águas ácidas que não permitem nenhum tipo de vida nos cursos d'água. Um dos maiores crimes ambientais do país, tanto que a região esta enquadrada no decreto 85206/80 como umas das áreas mais ambientalmente mais críticas do Brasil.
    Além dos políticos e governantes, a mídia barriga verde também é cúmplice, pois tem conhecimento dos impactos ambientais causados, mas nada faz senão divulgar apenas aquilo que é de interesse do setor carbonífero do sul de SC. A propaganda é tão intensa e sutil que grande parte da população se omite perante o conflito e outra parte passa a acreditar que a verdade é o que eles divulgam e não os fatos que comprovamos existir, ou seja, aqui parece estar funcionando o efeito da propaganda criada pelo nazista Goebbels, quando a ''mentira'' passa a ser mais acreditada que a verdade!
    Quando tínhamos entendido que o projeto da USITESC 440MW para Treviso/SC havia sido engavetado, nos enganamos, pois é bem possível que o governo federal (leia-se MME) faça uma equação política para a térmica USITESC 440MW participar do leilão da ANEEL, mesmo comprovadamente sendo a energia mais poluente e mais cara do mundo!
    A FATMA ainda não informou qual a data da próxima audiência pública para a Mina Maracajá, mas ficou prometida que a próxima seria realizada aqui em Araranguá mesmo sob o protesto do prefeito de Maracajá. A Mina Maracajá irá adentrar o subsolo araranguaense podendo comprometer os lençóis freáticos e aquíferos, fazendo secar poços e açudes e, consequententemente, córregos e riachos da superfície territorial de Araranguá, da mesma forma que a mina 101 fez na localidade de Santa Cruz em Içara!

    Tadêu Santos (tadeusantos.blogspot.com)

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