19 junho 2008

ENQUANTO O BURACO DA CAMADA DE OZÔNIO AUMENTA, NOSSA RESPONSABILIDADE COM O MEIO AMBIENTE SE MULTIPLICA


Foto: Buraco sobre a Antártida atinge seu tamanho máximo sempre no final de setembro

Buraco na camada de ozônio bate recorde de profundidade e tamanho

Washington - O buraco na camada de ozônio no hemisfério sul aumentou em superfície e profundidade em níveis recorde, informou hoje a Administração Atmosférica e Oceânica (Noaa) da Nasa.
"De 21 a 30 de setembro, a superfície média do buraco foi a maior observada até agora, de 27,5 milhões de quilômetros quadrados", afirmou Paul Newman, cientista do Centro de Vôos Espaciais da Nasa.
Esta superfície é maior que Canadá, Estados Unidos e o setor norte do México juntos.
Um comunicado da Nasa indicou que, se as condições do clima estratosférico estivessem normais, se podia esperar uma área de 23 milhões de quilômetros quadrados.
A camada de ozônio protege a vida terrestre ao bloquear os raios ultravioleta do Sol e sua redução tem especial importância nesta época do ano, quando começa o verão no hemisfério sul.
"Atualmente temos o maior buraco de ozônio na história", afirmou Craig Long, do Centro de Previsão Ambiental do Noaa.
À medida que os raios do sol se tornam mais verticais durante outubro e novembro, o buraco de ozônio fará com que a passagem da luz ultravioleta nas latitudes austrais aumente.
O instrumento de medição de ozônio do satélite Aura da Nasa determinou que a profundidade da camada de ozônio se reduziu a 85 unidades Dobson em 8 de outubro em uma região do leste da Antártida.
Em julho deste ano, a profundidade calculada da camada era de 300 unidades Dobson, que são uma medição da quantidade de ozônio sobre um ponto fixo na atmosfera.
O que é mais importante, quase todo o ozônio entre 13 e 20 quilômetros sobre a superfície da Terra estava destruído, afirmou um comunicado da Nasa.
"Estes números significam que o ozônio virtualmente desapareceu nesta camada da atmosfera", afirmou David Hofmann, diretor da Divisão de Vigilância Global de Noaa.
"A camada diluída tem uma desusada extensão vertical, por isso parece que o buraco de ozônio baterá recordes em 2006", acrescentou. O tamanho e a profundidade da camada de ozônio na Antártida são regulados pelas temperaturas na estratosfera.
As temperaturas mais frias que o normal têm como resultado buracos mais extensos e profundos, enquanto que, quando são menos frias, os buracos são menores, segundo o comunicado da Nasa.

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