Como todos os animais, as aves também são imprescindíveis para o equilíbrio do meio ambiente. As aves estão, de forma evolutiva, situadas entre os répteis e os mamíferos e compreendem uma classe numerosa de espécies, divididas em dois subgrupos: as que possuem a capacidade de voar e as que não possuem. Em termos evolucionários as aves se diferem dos répteis pois conseguem controlar a temperatura do corpo, como os mamíferos, ou seja, são homeotérmicos, o que lhes proporciona maior adaptação aos mais diversos ambientes, e por conseqüência uma larga abrangência geográfica.
Parte da avifauna depende de florestas nativas bem preservadas para subsistir, por outro lado, a fragmentação destas áreas através do desmatamento, além de diminuir consideravelmente as populações de espécies de plantas e animais, pode provocar o isolamento de espécies. Desta forma, se faz necessária à preservação das áreas remanescentes da mata Atlântica, que é um dos sete ecossistemas mais ricos e ameaçados do planeta, para a sobrevivência das espécies endêmicas (ou seja, aquelas que são encontradas somente na Mata Atlântica).
Em um estudo realizado demonstrou-se que a diminuição das florestas primárias (isto é, florestas que não sofreram muita intervenção humana) tem contribuído significativamente para o declínio das populações de aves, sendo que das 174 espécies endêmicas de aves encontradas no Brasil, 44 (25,29% das espécies do Brasil) são endêmicas do estado de Santa Catarina e 20,69% das espécies endêmicas do Brasil) são endêmicas da Mata Atlântica remanescente neste estado. Cerca de 60% das espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil estão restritas aos 8% remanescentes deste importantíssimo ecossistema, confirmando a necessidade urgente de preservação destas áreas, bem como de todas áreas preservadas de florestas, para garantirmos uma maior biodiversidade no futuro.
Como todos os animais, as aves são extremamente importantes para o equilíbrio do meio ambiente, dentre as funções mais importantes das aves citamos as listadas a seguir:
No controle biológico de espécies:
- as aves são importantes consumidoras de insetos, juntamente com os répteis e anfíbios, desta forma, portanto, a sua preservação é benéfica no controle de pragas prejudiciais à agricultura e pastagens, representando significativa diminuição nos gastos do agricultor, pois reduz a compra de defensivos agrícolas e minimiza também a aplicação destas substâncias tóxicas no ecossistema, onde podem se acumular trazendo grandes prejuízos à cadeia biológica, da qual faz parte também o homem. Como exemplos de aves consumidoras de insetos podemos citar: andorinhas, andorinhões, papa-moscas, curiangos, bacuraus, corujas que capturam durante o vôo; o pica-pau que se alimenta de insetos em trocos de árvores, como as formigas e cupins; o anu preto e a garça vaqueira que acompanham bovinos no pasto e capturando insetos por eles afugentados; o anu branco é um excelente predador de lagartas que atacam pessegueiros e laranjeiras; sabiás e saíras auxiliam na captura de pequenos insetos encontrados no chão ou próximo aos frutos; o carcará é um dos principais predadores de lagartas dos milharais; o gavião carrapateiro, que como diz o nome é excelente predador de carrapatos encontrados nos bovinos, da mesma forma, a garça carrapateira; gaviões, corujas e seriemas podem ser citados ainda como consumidores de roedores e cobras, efetuando desta forma controle biológico das populações destes animais; as aves também controlam as populações de outros animais peçonhentos como: escorpiões, lacraias, aranhas e vespas; e podem ser citadas ainda como consumidores de insetos: perdiz, suiriri, tesourinha, papa formigas, etc. Cita-se ainda a importância das aves no controle de moluscos como o gavião caramujeiro, a curiaca e o carão que se alimentam destes animais que podem inclusive causar doenças ao homem, como a esquistossomose, ou ainda destruir plantas e jardins.
Como bioindicadoras das condições ambientais: como as aves são muito sensíveis as mudanças ocorridas no meio ambiente, elas podem nos indicar quando uma área está preservada como devia estar ou não. Por exemplo, as aves consumidoras de peixes como biguás, garças e a águia pescadora, que podem nos indicar a contaminação de um rio por mercúrio, pois este poluente se acumula em longo prazo e pode causar danos a avifauna ribeirinha. O derramamento de petróleo no oceano pode matar centenas e milhares de aves, peixes, plantas, bem como diversos outros animais, logo a presença de aves migratórias em determinada área, indica a existência de um local preservado.
Na polinização de flores: além do beija-flor, um grande número de aves se alimenta de néctar das flores, introduzindo o seu bico de flor em flor. Desta forma estas aves carregam o pólen, no bico ou na plumagem, de uma flor para outra, fertilizando as flores que são da mesma espécie, auxiliando assim na reprodução desta. Constata-se também que desta maneira plantas que não conseguiriam cruzar-se devido à distância que se encontram uma das outras, o consigam devido à ação destas aves, o que causa uma maior variabilidade genética entre as plantas, tornando-as mais resistentes a doenças e variações climáticas, evitando desta forma a extinção das mesmas. Já foi observado que algumas plantas somente existem até hoje, em função da colaboração destas aves. Por outro lado também foi observada a extinção de certas espécies de plantas, depois que certas espécies de aves polinizadores desapareceram de determinados locais, destacando enfim a importância da preservação destes animais. Algumas espécies importantes na polinização de plantas: beija-flor, cambacica, besourinho-de-bico-vermelho, tesourão, etc.
Na dispersão de sementes: assim como algumas espécies são importantes para a polinização, outras são importantes na dispersão de sementes, pois um grande número de aves alimenta-se de frutos e sementes de diversas espécies de plantas, garantindo desta forma a importantíssima propagação destas espécies, especialmente das arvores frutíferas. Estas aves podem carregar as sementes e depois eliminá-las através das fezes ou da regurgitação, ou ainda podem levar as sementes grudadas em seu corpo. Existem certas espécies de plantas em que a passagem da semente se faz obrigatória no aparelho digestivo de determinadas espécies de aves, pois somente assim a dormência desta semente será quebrada, e ela estará em condições de germinar ao chegar ao solo, como por exemplo a semente da erva-mate, que somente germina se for escarificada no poderoso trato digestivo de certas espécies de pássaros. Outro exemplo de dispersão de sementes que pode ser observado, é o caso da gralha-azul, do sul do país, que leva no bico o pinhão da araucária e pode deixá-lo cair acidentalmente, disseminando então esta espécie, que teve sua área drasticamente reduzida pela ação humana. Entre as aves mais comuns na dispersão de sementes citamos: jacu, araquã, sabiá, sanhaço, tucano, sabiá-preto, trinca-ferro, gaturamo, gralha, araponga, tangará-dançador e inúmeros outros.
Na reciclagem do lixo biológico deixado pelo homem: as aves colaboram com a limpeza pública do lixo biológico deixado nas imediações das cidades, como restos de animais mortos que acabam sendo consumidos e tendo a sua matéria reciclada pelos urubus, ou então pelos restos de alimentos deixados pelo homem que são reciclados pelos pardais. Além destes podemos citar o gavião e o carcará, que auxiliam e poupam o trabalho do homem contribuindo para o saneamento público.
Fornecendo adubo orgânico: as fezes das aves além estarem dispersando sementes, também podem estar fornecendo adubo orgânico, que por sua vez contribui para a diminuição da utilização irracional de adubos químicos e proteção do ecossistema. Em alguns locais, onde ocorrem grandes concentrações de aves, existem coletas planejadas e sistemáticas das fezes, que levam em consideração a proteção do abrigo das aves e de seus hábitos de reprodução, evitando o impacto à estas comunidades, mas também se beneficiando da utilização deste adubo orgânico e natural em suas culturas.
As aves também nos encantam com seu melodioso e gracioso canto, nos encantam e fascinam com as suas plumagens coloridas e brilhantes, porte e beleza; nos transmitem a sensação de harmonia, paz e tranqüilidade, nos proporcionam inspiração para musicas, poemas, pinturas, fotografias e até filmes.
Devemos levar em consideração ainda a importância das aves migratórias, principalmente as de habitat costeiro, no controle biológico de espécies e a participação em diferentes cadeias alimentares, ao habitar temporariamente diferentes ecossistemas. Destaca-se também a importância que várias espécies de beija-flor têm na polinização e controle de doenças, pois são os principais predadores de mosquitos transmissores de doenças como a filariose, febre amarela, malária e leishmaniose; e por existirem algumas espécies de plantas que são polinizadas exclusivamente por estas espécies.
Após tantos motivos, evidencia-se a necessidade urgente de preservação dessa enorme diversidade de espécies, todas importantíssimas ao meio ambiente e ao homem, e para isso devermos proteger o que sobrou do hábitat das espécies: as áreas remanescentes de vegetação primária ou regenerada, campos naturais, lagoas, rios e banhados.
Como bioindicadoras das condições ambientais: como as aves são muito sensíveis as mudanças ocorridas no meio ambiente, elas podem nos indicar quando uma área está preservada como devia estar ou não. Por exemplo, as aves consumidoras de peixes como biguás, garças e a águia pescadora, que podem nos indicar a contaminação de um rio por mercúrio, pois este poluente se acumula em longo prazo e pode causar danos a avifauna ribeirinha. O derramamento de petróleo no oceano pode matar centenas e milhares de aves, peixes, plantas, bem como diversos outros animais, logo a presença de aves migratórias em determinada área, indica a existência de um local preservado.
Na polinização de flores: além do beija-flor, um grande número de aves se alimenta de néctar das flores, introduzindo o seu bico de flor em flor. Desta forma estas aves carregam o pólen, no bico ou na plumagem, de uma flor para outra, fertilizando as flores que são da mesma espécie, auxiliando assim na reprodução desta. Constata-se também que desta maneira plantas que não conseguiriam cruzar-se devido à distância que se encontram uma das outras, o consigam devido à ação destas aves, o que causa uma maior variabilidade genética entre as plantas, tornando-as mais resistentes a doenças e variações climáticas, evitando desta forma a extinção das mesmas. Já foi observado que algumas plantas somente existem até hoje, em função da colaboração destas aves. Por outro lado também foi observada a extinção de certas espécies de plantas, depois que certas espécies de aves polinizadores desapareceram de determinados locais, destacando enfim a importância da preservação destes animais. Algumas espécies importantes na polinização de plantas: beija-flor, cambacica, besourinho-de-bico-vermelho, tesourão, etc.
Na dispersão de sementes: assim como algumas espécies são importantes para a polinização, outras são importantes na dispersão de sementes, pois um grande número de aves alimenta-se de frutos e sementes de diversas espécies de plantas, garantindo desta forma a importantíssima propagação destas espécies, especialmente das arvores frutíferas. Estas aves podem carregar as sementes e depois eliminá-las através das fezes ou da regurgitação, ou ainda podem levar as sementes grudadas em seu corpo. Existem certas espécies de plantas em que a passagem da semente se faz obrigatória no aparelho digestivo de determinadas espécies de aves, pois somente assim a dormência desta semente será quebrada, e ela estará em condições de germinar ao chegar ao solo, como por exemplo a semente da erva-mate, que somente germina se for escarificada no poderoso trato digestivo de certas espécies de pássaros. Outro exemplo de dispersão de sementes que pode ser observado, é o caso da gralha-azul, do sul do país, que leva no bico o pinhão da araucária e pode deixá-lo cair acidentalmente, disseminando então esta espécie, que teve sua área drasticamente reduzida pela ação humana. Entre as aves mais comuns na dispersão de sementes citamos: jacu, araquã, sabiá, sanhaço, tucano, sabiá-preto, trinca-ferro, gaturamo, gralha, araponga, tangará-dançador e inúmeros outros.
Na reciclagem do lixo biológico deixado pelo homem: as aves colaboram com a limpeza pública do lixo biológico deixado nas imediações das cidades, como restos de animais mortos que acabam sendo consumidos e tendo a sua matéria reciclada pelos urubus, ou então pelos restos de alimentos deixados pelo homem que são reciclados pelos pardais. Além destes podemos citar o gavião e o carcará, que auxiliam e poupam o trabalho do homem contribuindo para o saneamento público.
Fornecendo adubo orgânico: as fezes das aves além estarem dispersando sementes, também podem estar fornecendo adubo orgânico, que por sua vez contribui para a diminuição da utilização irracional de adubos químicos e proteção do ecossistema. Em alguns locais, onde ocorrem grandes concentrações de aves, existem coletas planejadas e sistemáticas das fezes, que levam em consideração a proteção do abrigo das aves e de seus hábitos de reprodução, evitando o impacto à estas comunidades, mas também se beneficiando da utilização deste adubo orgânico e natural em suas culturas.
As aves também nos encantam com seu melodioso e gracioso canto, nos encantam e fascinam com as suas plumagens coloridas e brilhantes, porte e beleza; nos transmitem a sensação de harmonia, paz e tranqüilidade, nos proporcionam inspiração para musicas, poemas, pinturas, fotografias e até filmes.
Devemos levar em consideração ainda a importância das aves migratórias, principalmente as de habitat costeiro, no controle biológico de espécies e a participação em diferentes cadeias alimentares, ao habitar temporariamente diferentes ecossistemas. Destaca-se também a importância que várias espécies de beija-flor têm na polinização e controle de doenças, pois são os principais predadores de mosquitos transmissores de doenças como a filariose, febre amarela, malária e leishmaniose; e por existirem algumas espécies de plantas que são polinizadas exclusivamente por estas espécies.
Após tantos motivos, evidencia-se a necessidade urgente de preservação dessa enorme diversidade de espécies, todas importantíssimas ao meio ambiente e ao homem, e para isso devermos proteger o que sobrou do hábitat das espécies: as áreas remanescentes de vegetação primária ou regenerada, campos naturais, lagoas, rios e banhados.
A biodiversidade é nossa maior riqueza nacional e mundial e nos presta um importante serviço, nunca contabilizado pelos degradadores.
Temos o dever de proteger e assegurar a riqueza de nosso patrimônio natural para as gerações futuras.
Fonte: http://www.ra-bugio.org.br/aves_introducao.php - (por Gustavo Quadros)
Fonte: http://www.ra-bugio.org.br/aves_introducao.php - (por Gustavo Quadros)
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