23 janeiro 2009

O EFEITO ESTUFA VISTO DO ESPAÇO - JAPÃO LANÇA FOGUETE

Japão lança satélite que estudará gases do efeito estufa

Tóquio, 23 jan (EFE).- Um foguete japonês foi lançado hoje do centro espacial de Tanegashima, no sul do país, com o satélite "Ibuki", o primeiro desse tipo a estudar do espaço os gases causadores do efeito estufa, informou a agência de notícias "Kyodo".

O foguete "H-2A", fabricado pela Mitsubishi Heavy Industries, foi lançado no início da madrugada (Brasília) com o "Ibuki" e outros sete pequenos satélites a bordo.

Segundo a Jaxa (agência espacial japonesa) o "Ibuki" se encarregará durante cinco anos de estudar a concentração na atmosfera da terra dos gases causadores do efeito estufa.

O satélite, segundo a Jaxa e a Mitsubishi, poderá desempenhar um papel importante na luta contra o aquecimento global, pois será o primeiro desse tipo a estudar esses gases dessa forma.

O "Ibuki", que teve seu lançamento adiado há dois dias devido ao mau tempo, orbitará a Terra a uma altura de 666 quilômetros, de onde obterá dados a cada três dias sobre as concentrações de dióxido de carbono e metano em 56 mil pontos da terra ao longo de cinco anos.

Fonte: www.notícias.uol.com.br

21 janeiro 2009

QUANDO SERÁ QUE O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA SERÁ LEVADO A SÉRIO?

21/01/2009 - 07h42

Apreensão de madeira cresce 629,5% em SP


AFRA BALAZINA
da Folha de S.Paulo

Houve um aumento de 629,5% na apreensão de madeira no Estado de São Paulo entre 2001 e 2008, segundo dados da Polícia Militar Ambiental. A quantidade apreendida passou de 193 m3 para 1.408 m3.

Os dados dizem respeito à madeira comercial, já manufaturada, que vem da Amazônia. São Paulo é o principal destino da madeira amazônica (consome 15% do material processado), mas não é possível saber se o aumento das apreensões se deve à expansão da ação de madeireiras ilegais.

De acordo com o tenente Leandro Carlos Navarro, porta-voz da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, o crescimento em parte se deve ao aumento das blitze no Estado.

Segundo ele, outro ponto positivo é a atuação em conjunto com o Instituto Florestal. Uma das dificuldades dos agentes é identificar os tipos de madeira transportados --já que muitas vezes a autorização dada é para cortar uma espécie e, na verdade, o caminhão leva outra.

O suporte não necessariamente precisa ser presencial. Segundo o secretário estadual Xico Graziano (Meio Ambiente), seis pessoas foram contratadas para identificar as espécies de madeira via internet, por meio de fotos da polícia.

Queda na conexão

Para o engenheiro florestal Marcelo Marquesini, do Greenpeace, a falta de integração da gestão florestal é um grave problema no país. Mas não é o único. "Havia a promessa de instrumentalizar o Ibama para fazer a fiscalização on-line, o que não aconteceu", afirma.

Segundo ele, os fiscais incumbidos de checar madeira deveriam ter acesso direto à internet em diversos pontos da Amazônia ou, no mínimo, uma central telefônica com acesso à internet que funcionasse 24 horas e que poderia informar se a documentação está regular.

Outra falha é não haver uma rotina sistemática de fiscalização nos pátios das empresas para verificar quanta madeira existe de fato nesses locais.

Na opinião do próprio Navarro, a gestão florestal eletrônica precisa ser melhorada. O ideal, afirma, seria ter somente um sistema em vigor em todos os Estados. "Mas houve um avanço. A ATPF era arcaica. Para ver se o documento era legal, precisávamos pedir por ofícios e levava mais de uma semana."