31 março 2011

EMBRAPA REALIZA CONGRESSO SOBRE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NATURAIS

17.3.2011

Com o objetivo de discutir “O papel dos defensivos naturais na agricultura do século XXI” a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), por meio do Fórum Permanente para Adequação Fitossanitária, e em parceria com a Fundação Arthur Bernardes – Funarbe (Viçosa, MG) realizam de 24 a 26 de maio de 2011 o V Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas Naturais – COBRADAN.

De acordo com os coordenadores, o COBRADAN, pela primeira vez sediado na Região Sudeste, “tem se consolidado como um importante evento na agenda técnico-científica na área de fitossanidade no Brasil”.

São esperados aproximadamente 300 participantes de várias regiões do Brasil, assim como de outros países. As palestras, apresentações orais e pôsteres serão priorizados com amplo espaço para discussão e interação.

O objetivo principal é reunir estudantes, pesquisadores, empresas do agronegócio e agricultores para discutir temas no momento atual de desenvolvimento de defensivos agrícolas naturais no controle de pragas e doenças de plantas no Brasil. Além disso, serão discutidas também as perspectivas de ampliação do seu uso, desde o acesso ao patrimônio genético natural, legislação, testes laboratoriais e qualidade de análises exigidas para o registro de defensivos agrícolas naturais até a visão do produtor e da indústria sobre o tema: grandes culturas, cultivos intensivos, transição para um modelo agrícola não dependente de insumos. Pós-evento está programada para o dia 27 de maio uma visita técnica à Fazenda Yamaguishi, que produz hortaliças, frutas e aves orgânicas.

Finalizando, as discussões envolverão também os defensivos naturais derivados de plantas: biodiversidade, tecnologia de obtenção, pesquisa e uso de defensivos agrícolas naturais, além do papel do controle biológico de pragas e doenças na agricultura do século 21 e a visão epidemiológica do controle biológico de pragas e doenças.

O conteúdo das palestras será publicado em um livro a ser organizado posteriormente. Além das palestras, a comissão organizadora selecionará dentre os resumos os mais adequados a serem publicados como capítulo de livro. A data limite para encaminhamento dos resumos expira em 8 de abril de 2011.

Mais informações e inscrições pelo e-mail: cobradan-l@cnpma.embrapa.br ou pelo site do evento: www.cnpma.embrapa.br/cobradan

Eliana Lima

Jornalista, MTb. 22.047

Embrapa Meio Ambiente

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Queridos amigos leitores, realmente  é com grande prazer que divulgo os eventos, cursos, worshops, congressos, dias de campo, feiras e demais, pois sei o quanto são importantes para a formação de mentes e corações verdes...estou aqui sempre ávida de eventos para apresentar ao público e convidá-lo a participar ou até mesmo, somente para mostrar o que muitos estão fazendo pela nossa civilização.
Periodicamente recebo o  "Informativo da EMBRAPA", gentileza da sempre competente Eliana Lima, e, quero dizer a vocês do respeito que tenho por este trabalho maravilhoso desta entidade de pesquisa, que conta com cabeças brilhantes...sou fâ, de longa data, do trabalho deles...realmente são os grandes parceiros e também atores do meio ambiente aqui do Brasil.
Parabéns por mais este evento e que continuem a semear, fertilizando mentes e plantando idéias verdes por todo o nosso querido Brasil,  espalhando-as também para o resto do Planeta.
Podem contar com o nosso pequeno espaço, queremos ser uma pequenina abelha na polinização dessas idéias e ideais...!
VAMOS LÁ, todos juntos poderemos salvar nosso planeta!

Helena Rezende





30 março 2011

E O ACIDENTE NUCLEAR DE FUKUSHIMA CONTINUA EXPANDINDO



Foto: http://blogdotony.com.br/2011/03/27/usina-de-fukushima-novas-fotos-mostram-o-momento-exato-em-que-o-tsunami-atinge-as-instalacoes-nucleares/

Um novo aumento da radiação detectada no mar que rodeia o complexo nuclear de Fukushima paralisou nesta quarta-feira (30) os trabalhos na central e põe em evidência as dificuldades da Tokyo Electric Power Company (Tepco) - empresa que administra a usina - de conter o vazamento de material radioativo.

O anúncio feito nesta quarta-feira de que as águas ao sul da usina passaram a registrar um nível de iodo radioativo até 2.255 vezes acima do normal - no sábado, eram 1.850 vezes - aumenta as dúvidas sobre a capacidade dos engenheiros para evitar escape de materiais tóxicos em Fukushima, danificada pelo grande terremoto seguido de tsunami do último dia 11.

O novo dado representa a maior concentração detectada até o momento do isótopo 131 do iodo que, apesar de radioativo, se degrada após oito dias e, segundo a Agência de Segurança Nuclear do Japão (Nisa), não representa uma séria ameaça para o ecossistema marinho.

Todos os testes indicam que houve fusão parcial do núcleo em algum dos reatores 1, 2 e 3. A Agência não descarta que alguma das estruturas de contenção, que protegem o núcleo dessas unidades, estejam danificadas.

A alta concentração de material radioativo no mar e nos edifícios de turbinas dos reatores apontam uma fuga contínua proveniente do perigoso núcleo dos reatores, mas a autoridades desconhecem a origem do vazamento.

As atividades da Tepco não avançaram nesta quarta-feira, pois elas tiveram de ser interrompidas para se drenar a perigosa água radioativa estagnada na área de turbinas da unidade 1, enquanto a refrigeração do reator 2 se viu interrompida temporariamente por uma falha.

A água extremamente radioativa presente nos quatro primeiros reatores da central forçou também a paralisação das operações que buscavam ativar definitivamente os sistemas de refrigeração da usina.

Entenda o acidente nuclear no Japão.

O porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, disse nesta quarta-feira que será necessário um "tempo considerável" para que a temperatura das barras de combustível nuclear esfriem e estabilizem, passo necessário para desativar ou isolar definitivamente o complexo atômico.

O Governo anunciou que usará resina para cobrir alguns pontos da usina, bloqueando assim as vias por onde vaza o material radioativo.

O presidente de honra da Tepco, Tsunehisa Katsumata, reconheceu nesta quarta-feira que "será difícil estabilizar os reatores nas próximas semanas", e pediu desculpas à população pelos problemas que causados pelo acidente nuclear mais grave da história do Japão.

O futuro do complexo nuclear parece incerto, já que o Governo e a Tepco, principal empresa elétrica do país, discordaram nesta quarta-feira sobre o desmantelamento de Fukushima Daiichi.

O presidente da Tepco indicou nesta quarta-feira que será inevitável inutilizar definitivamente os reatores 1,2,3 e 4, severamente danificados, mas evitou se pronunciar sobre as unidades 5 e 6, que já estão estabilizadas e em melhores condições.

Em entrevista coletiva, o porta-voz Edano afirmou que, por causa das "circunstâncias sociais", está claro que todos os reatores da central devem ser desativados.

A única certeza, por enquanto, é que o Governo mudará as normas de segurança de todas as usinas nucleares do Japão, a fim de impedir problemas nos sistemas elétricos que mantêm os vitais sistemas de refrigeração em funcionamento.

O ministro da Indústria japonês, Banri Kaieda, disse nesta quarta-feira que 15 usinas do país, que somam 44 reatores e geram 30% da energia elétrica do Japão, deverão ser submetidas a normas de segurança mais estritas.

As usinas que quiserem renovar suas licenças para continuar operando deverão ter geradores móveis instalados em veículos, como reforço a seus geradores de emergência, bem como organizar simulações de acidentes.

O complexo nuclear de Fukushima perdeu seu sistema de refrigeração quando o terremoto de magnitude 9 na escala Richter, que devastou o nordeste do Japão no último dia 11, deixou a central sem eletricidade e o tsunami posterior inutilizou seus geradores de emergência.
 
 
E pensar que ainda tem gente que defende o uso da Energia Nuclear. Alegam que o que aconteceu em Cherbobyl e agora, o que acontece em Fukushima - Japão, são fatores esporádicos, e, até mesmo fatalidades de tragédias que podem ou não acontecer. Ora, meus amigos, se existe uma única probalidade de acontecer, por mais remota que ela seja, já é um super motivo para não defendermos esta energia, afinal  milhões de peixes serão contaminados, nos mares e oceanos de boa parte do mundo...quanta população será atingida, não só economicamente, mas também fisicamente - doenças, falta de alimentos e outros reveses em suas vidas!
 
SENHORES DETENTORES DO PODER DE TODOS OS PAÍSES DESTE MUNDO, VAMOS ABOLIR ESTE TIPO DE ENERGIA!
 
Sejam inteligentes e egoistas, pois o que afetará seu vizinho, também irá afetar você...o ar, o solo e a água contaminados, é algo, para nem se pensar nunca, neste tipo de energia.
 
Que tal, implantarmos energias maravilhosas, tais quais, eólica, solar e a das ondas do mar?
 
SOMOS PELA VIDA DO PLANETA!
 
E O PLANETA SOMOS TODOS NÓS...plantas, animais, mananciais hídricos, ar, que são os nossos coadjuvantes nesta vida terrena.
 
Muito triste com tudo isto que está acontecendo e pensativa em como fazer para reverter estas catástrofes montadas pelo próprio homem...,
 
Helena Rezende

29 março 2011

A CONSTRUÇÃO COM TIJOLO ECOLÓGICO


É uma etapa que exige muita atenção ao ler o projeto, pois o fator principal está na primeira fiada, pois as marcações das instalações hidráulicas, esgoto, elétricas, esquadrias e os esquadros (arranques), devem coincidir com os furos do tijolo solo-cimento, além de sempre conferir o nível e o prumo da alvenaria.

A primeira fiada é assentada com argamassa de areia e cimento e as camadas subseqüentes são feitas com solo-cimento, a cada cinco fiadas há o grauteamento (encher de concreto) nos pontos de colunas e próximos ao assentamento das esquadrias no qual servirão de sustentação para as vergas e contra-vergas.

É utilizado de duas a três etapas de ferro, no ponto de empeno é usado mais um pedaço, mede em média 1,5m (um metro e meio), para o transpasse é feito com 0,30cm (trinta centímetros) amarrado com arame em três pontos.
A 1,5m (um metro e meio) está no ponto de andaime e juntamente com as paredes sobem-se os tubos paras as instalações hidro-sanitárias e elétricas. Na altura desejada como pé direito (nesta obra a altura foi de 2,625m) passa-se uma canaleta com ferro para fazer a amarração das paredes.

As vantagens dessa etapa são:
1- Economia em materiais;

2 - Não é necessário conduítes devido à utilização dos furos do tijolo como proteção;
3 - A argamassa é usada somente na primeira fiada, sendo as camadas subseqüentes unidas com solo-cimento;
4- Obra limpa;
5- Não é preciso madeira para as formas de coluna e vigas, as canaletas e os furos as substituem;

6 - A alvenaria já sobe acabada, sem necessidade de revestimento.

O tempo gasto para erguer a alvenaria acabada foi de 5 dias.
A SETECO e o Tijolo Ecológico

15/12/09 Eventos, Jornal João de Barro
Seguindo uma das propostas de existência da SETECO, a de trazer para área da construção civil as inovações que não são trabalhadas no dia-a-dia dos cursos, foi feita a “Oficina de Tijolo Ecológico” com a participação dos alunos e visitantes interessados.
Como novidade deste ano tivemos também a participação de várias empresas do ramo que montaram pequenos stands, e, neste caso especificamente a VIMAQ nos trouxe uma máquina de fabrico manual de tijolo de solo-cimento.
O tijolo de solo-cimento é considerado ecológico, pois para sua obtenção não existe a “queima” do tijolo, procedimento normal quando se fabrica o tijolo comum, além de se utilizarem do solo (argila e areia) das proximidades da construção.

Com o entusiasmo da novidade, os participantes assistiram a fotos, vídeos, instruções para a mistura dos solos, do cimento, a constituição e o manejo da máquina, e, por último a confecção do tijolo.
Foram discutidos além das vantagens financeiras da obra, também o tempo de cura, assentamento, amarrações, dimensões, finalizando com os prós e contras de sua utilização.

Concluiu-se que sua adoção ainda se deve à falta de divulgação para que ele se torne material de uso corrente como o tijolo comum e seja mais largamente empregado.


Etapas de Obras com Tijolo Ecológico - Fundação

Demonstraremos abaixo, tecnicamente a execução dessa etapa da obra, e depois faremos um resumo comparativo apontando as diferenças desse método construtivo e o convencional.
Para esta obra utilizou-se uma sapata isolada com viga baldrame.

Obra Tijolo Ecológico - Fundação



1º passo – abrir o buraco da sapata na terra;



2º passo – concretar o fundo com concreto magro para receber as ferragens da sapata;
3º passo – colocar as ferragens da sapata com arranque para receber a viga baldrame – para reforçar a proteção da sapata, costumamos colocar uma camada de cobertura de concreto sobre a ferragem de 3cm;
4º passo – concretagem das sapatas;
5º passo – fazer a caixaria das vigas baldrames – utilizamos uma viga de 17x 25cm pois o tijolo tem 15 cm, sobrando 1cm de cada lado;

6º passo – apiloamento da terra dentro da caixaria das vigas baldrames;
7º passo – colocação da ferragem das vigas baldrames;
8º passo – colocação da ferragem dos pontos de grauteamento (colunas) e instalações dos pontos de água, esgoto e elétrica;
9º passo – concretagem da viga baldrame;
10º passo – desformar a viga baldrame em 2 dias;

11º passo – Impermeabilizar as vigas baldrames com cristalizante bi componente;
12º passo – concretagem do contra piso;

Fundação - Obra Tijolo Ecológico

O essencial para o sucesso de uma obra de tijolo solo-cimento é o planejamento, porque todas as instalações prediais (elétrica, hidráulica,…) e as ferragens das colunas já devem ser colocadas antes da concretagem da viga baldrame (8ºpasso), que nesta etapa da obra é a diferença primordial do método convencional


28 março 2011

MARAVILHAS DO BRASIL "PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS GERAIS" - PARANÁ - BRASIL

PN dos Campos Gerais - PR

Um grande campo de pradarias verdes pontilhado de capões de mato abriga que ainda formações rochosas surpreendentes. Esta é uma pequena descrição do mais novo parque nacional criado no Estado do Paraná.

10 de Junho de 2008. Publicado por Eduardo Issa

A imensidão dos Campos Gerais recortada pelos afloramentos rochosos
Foto: Eduardo Issa

Um grande campo de pradarias verdes pontilhado de capões de mato abriga que ainda formações rochosas surpreendentes. Esta é uma pequena descrição do mais novo parque nacional criado no Estado do Paraná.

Localizado na região oeste, abrangendo os municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, o Parque Nacional dos Campos Gerais, com 21.500 ha, foi criado em março de 2006 com o objetivo de proteger nascentes, campos, remanescentes de araucárias e ainda barrar o avanço das áreas agricultáveis que crescem por todos os lados.

A paisagem é caracterizada não só pela presença de araucárias, mas também por ter 30% de toda a sua área coberta por campos naturais, um ecossistema bastante ameaçado. Atualmente, restaram apenas 0,2% da cobertura original desse tipo de formação no país.

Além dos afloramentos rochosos há também diversos sítios com pinturas rupestres e manifestações indígenas. A flora apresenta plantas endêmicas como à palmeira anã, alguns tipos de cactus e ciperáceas.

O encanto da região, no entanto, não se limita apenas aos horizontes intermináveis, pois andando pelos campos nos deparamos com estranhas elevações de rochedos que abrigam furnas misteriosas, adolinas e quedas d’águas espetaculares.

O ameacado Lobo-Guara ainda é visto correndo livre pelos campos nativos

Foto: Eduardo Issa

Uma das mais belas e intrigantes cachoeiras da região e que deverá ser um dos maiores atrativos do parque ficou conhecida como Buraco do Padre.

Cientificamente o Buraco do Padre é exemplo único de drenagem subterrânea vinculada a uma furna (poço de afundimento) e a fendas que são fraturas e falhas abertas pela erosão, que permitem o acesso por via natural, pelas fendas, até o interior da furna.

Segundo historiadores, a origem do nome se deve a passagem dos jesuítas pela região quando padres realizavam cultos dentro e fora da grande furna, com a finalidade de converter

Distante 26 km de Ponta Grossa, o buraco é uma espécie de anfiteatro subterrâneo com uns 30 metros de diâmetro, onde uma queda d’água com cerca de 45 metros formada pelo rio Quebra-Perna despenca do alto. Nas paredes, plantas rupestres proliferam esverdeando o cenário. Atualmente aventureiros percorrem a trilha de 1 km e podem se refrescar no pequeno poço formado pela água que cai e se encantar com uma paisagem magnífica e única.

Apesar do grande fluxo de visitantes, o local encontra-se razoavelmente bem conservado, mesmo com a inexistência de controle e de plano de manejo. A trilha já apresenta algumas erosões, depredação nas paredes rochosas e também lançamento de detritos, situação que só será resolvida com a implantação de fato do parque aliado a um bom trabalho de educação ambiental.

A região do parque é também um laboratório a céu aberto e vem sendo muito utilizado por professores e pesquisadores de Geologia, Geomorfologia, Agronomia e Biologia. Para o professor Carlos Hugo Rocha, da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), um dos grandes apoiadores à criação da unidade, a região destinada à implantação do parque é uma área extremamente rica, porque abrange diferentes ecossistemas, entre eles floresta de araucárias, campos nativos, área de transição e banhado, portanto uma grande e diversificada biodiversidade.

Para Hugo, a área é ainda de extrema importância para os recursos hídricos da região, pois abriga várias nascentes e grande parte das principais bacias hidrográficas está no seu interior. Estas bacias influenciam diretamente na qualidade da água consumida no município de Ponta Grossa, por isso a importância da sua preservação.

Em relação aos atrativos do parque, há muito que se ver e aprender sobre a região, especialmente sobre geologia. Nas diversas formações rochosas aparecem os conglomerados da base da Formação Furnas, a Formação Iapó e o Granito Cunhaporanga, numa bela exposição do contato entre rochas da Bacia do Paraná e seu embasamento.

A cachoeira de São Jorge também é imperdível, o proprietário atual mantém uma precária estrutura para visitantes e não há preocupação ambiental, e o local, embora ainda preservado, encontra-se sob risco de degradação. O proprietário da área não é a favor do parque e durante a minha passagem por lá foi complicado chegar à cachoeira, fui guiado pelo Átila, um aventureiro e amante da natureza que me levou até o lado oposto da cachoeira, só assim foi possível fazer o registro de imagens.

O rio São Jorge corre inicialmente sobre lajeados da formação furnas, depois despenca numa queda livre de aproximadamente 20 metros, ao longo da qual aparecem os conglomerados da base da Formação Furnas. Após a queda, o rio vai esculpindo um grande cânion formando um vale onde aparecem capões e matas com araucária, compondo a diversificada vegetação. Em abrigos nas lapas de arenito existem pinturas rupestres de povos indígenas pré-históricos.


Esculturas caprichosamente esculpidas pelo vento e pelas chuvas, dentro do parque de Vila Velha

Foto: Eduardo Issa

Há muitas outras cachoeiras dentro da área do parque, cada uma com sua peculiaridade e sua beleza. O que elas têm em comum é o uso sem planejamento, falta de uma estrutura básica para receber visitantes como lixeiras e trilhas orientadas.

A cachoeira da Mariquinha é bastante freqüentada por famílias que acampam e acabam deixando garrafas, plásticos e outros resíduos. O responsável recolhe uma pequena taxa e mantém o lugar limpo, recolhendo o lixo. Ao lado direito da trilha que segue até a cachoeira, belas formações mostram as camadas geológicas de rocha onde é possível estimar o tempo das mudanças da região. Na área do salto é possível banhar-se numa pequena e paradisíaca prainha com areias brancas e sentir a água gelada que desce das paredes. Apesar da água gelada, vale dar um mergulho refrescante no poço

Caminhando pelos campos nativos temos a confirmação da necessidade de preservar estes ambientes, pois o parque já é uma ilha envolta por plantações de soja, milho e outros cereais . O vai-e-vem das máquinas agrícolas bem nas bordas das matas preservadas nos faz imaginar o que restaria desta vegetação sem a criação desta unidade de proteção integral.
Se você pretende visitar a área do parque não deixe de conhecer também o Parque Estadual de Vila Velha, distante 22 quilômetros de Ponta Grossa. Vila Velha tem formações únicas, verdadeiras raridades, é impressionante observar o que a ação do vento e da chuva esculpiu ao longo dos tempos. Nos últimos anos o parque passou por uma reestruturação e agora merece elogios pela organização, limpeza e profissionalismo dos funcionários.

O Parque de Vila Velha, com suas formações areníticas, as furnas e a Lagoa Dourada, deixou de ser alvo do turismo predatório para definitivamente consolidar-se como centro de turismo ambiental e que ao lado do Parque Nacional dos Campos Gerais formam um dos mais importantes sítios geológicos e geomorfológicos

Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-parques-nacionais/boletins/pn-dos-campos-gerais-pr-9172.asp

Queridos amigos, é com muito carinho que posto uma das maravilhas do Brasil. Conheço o Parque Estadual de Vila Velha, devo dizer-lhes que me apaixonei por estas furnas, que são poços gigantes, um inclusive, tem até elevador para descer ao nível da água. Eles são uma espécie de vasos comunicantes...vale a pena conhecer!