16 dezembro 2009

COPENHAGUE...COPENHAGUE!

16/12/2009 - 03h40

Proposta de fundo global para o clima ganha força

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da Folha Online

Hoje na Folha A proposta de um fundo global para o clima avançou na conferência mundial de Copenhague. O compromisso coletivo é visto por muitas delegações --Brasil inclusive-- como a saída possível do impasse sobre quem vai bancar a adaptação ao aquecimento global e a redução dos gases-estufa, informa a reportagem dos enviados especiais a Copenhague Luciana Coelho, Claudio Angelo e Marta Salomon (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

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Noruega e México lançaram na noite de segunda-feira (14) a proposta conjunta de um Fundo Verde, alimentado por cofres do Estado e um mercado público de crédito de carbono. A proposta ganha fôlego conforme o relógio avança para o final da conferência, na sexta.

Em entrevista à Folha, o negociador-chefe do México e coautor da proposta de criação do fundo em 2008, Fernando Tudela disse que "é preciso mudar o paradigma de doações e receptores como se fossem esmolas". Para ele, a contribuição dos países em desenvolvimento é necessária para assinalar a responsabilidade coletiva.

A proposta é a criação de um fundo global pago pelos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento no financiamento de programas de redução de emissões, eficiência energética e adaptação à mudança climática.

A maioria dos países desenvolvidos é a favor de financiamento climático interino de cerca de US$ 30 bilhões entre 2010-2012 para ajudar os países mais pobres, muitos dos quais afirmam que esse valor é insuficiente.

Debate climático

Três dos pré-candidatos ao Planalto em 2010 transformaram o impasse nas negociações do clima numa prévia da disputa eleitoral.

O governador José Serra (PSDB-SP) e a senadora Marina Silva (PV-AC) defenderam que o Brasil contribuísse com US$ 1 bilhão para um fundo de combate à mudança climática.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) reagiu: "US$ 1 bilhão não faz nem cosquinha". Para a chefe da delegação brasileira na conferência, uma eventual contribuição do Brasil a um fundo global não ajudaria a promover acordo em Copenhague. "O que acho complicado é que a gente faça só gesto", disse. "Não vamos cair em propostas fáceis e pura e simplesmente mercadológicas, estamos tratando de coisa séria."

A senadora Marina Silva apareceu por acaso ao evento no qual Serra era convidado e voltou a defender que o país contribuísse com US$ 1 bilhão para uma "cesta" destinada a financiar ações de adaptação às mudanças climáticas. "Os países emergentes devem fazer aportes porque são grandes emissores também", avaliou Marina.

José Serra propôs em seguida algo semelhante: a contribuição de US$ 1 bilhão em dez anos a um fundo global. "Para os países desenvolvidos, é uma quantia modesta; para o Brasil, é uma quantia significativa."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u667152.shtml

Amigos, estava tentando passar ao largo desta Conferência de Copenhague, mas as coisas vão ficando difíceis quando lemos tantas coisas. Principalmente muita promessa, mormente no caso brasileiro. Todo mundo sabe que a nossa Amazônia está desaparecendo em nome da produção de alimentos??? Será mesmo??? O Brasil é gigante e não precisamos desmatar a nossa "reserva verde". Nossa, do mundo, pulmão do mundo...!
Fico cética com os políticos que querem mais aparecerem do que realmente fazer alguma coisa, pois se assim o quisessem, bastaria fazer uso da caneta...!
Um fundo global seria algo necessário e fantástico, desde que realmente direcionado para resolver os problemas da devastação do planeta...mas, não sei não, logo, logo, apropriar-se-ão do dinheiro e desviarão para outras causas pouco louváveis ou por demais "laváveis"...