08 novembro 2008

AS FALCATRUAS NO MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO





Mark Gregory - 05/06/2008 - Mercado de crédito de carbono é alvo de abusos na Índia

Investigação aponta que projetos no país recebem incentivo sem necessidade.

Uma investigação do Serviço Mundial da BBC realizada na Índia encontrou provas de graves falhas no sistema do mercado global de venda de créditos de carbono, que movimenta bilhões de dólares.

Os créditos são gerados por um programa criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

O mecanismo dá a companhias em países em desenvolvimento incentivos financeiros para o corte das emissões de gases de efeito estufa.

Mas, segundo a investigação da BBC, créditos de carbono estão sendo pagos para projetos que teriam sido colocados em prática de qualquer forma, sem precisar de ajuda financeira.

O Serviço Mundial da BBC encontrou como exemplos três projetos na Índia.

Para receber créditos de carbono do MDL, os projetos devem demonstrar que reduzirão emisssões de carbono de forma "adicional" ao que teria acontecido sem os créditos.

Os compradores dos créditos gerados pelo MDL são companhias em países desenvolvidos, a maior parte delas na Europa, que os usam para compensar as suas próprias emissões.

O objetivo é dar a empresas ocidentais uma alternativa para atingir as suas metas de cortes de emissão e ao mesmo tempo estimular o setor privado de países em desenvolvimento, que pelo Protocolo de Kyoto não têm metas obrigatórias de redução, a cortar as suas emissões.

Por essa razão, o sistema só funciona se as empresas participantes realizarem cortes de emissão reais (em relação ao que produziriam se não aderissem ao mecanismo).

Gerador

Um caso de abuso encontrado pela BBC envolve a instalação de um gerador de biomassa que deve fornecer eletricidade para uma instalação de processamento de arroz em Uttar Pradesh, no norte da Índia.

A KRBL, maior companhia exportadora de arroz basmati da Índia, gastou US$ 5 milhões com o gerador, que substituiu um sistema à base de diesel.

O gerador é movido a cascas de arroz, fonte de energia renovável que geralmente era jogada fora no processo de moagem.

A companhia já está com o procedimento de registro do programa MDL quase completo e vai receber várias centenas de milhares de dólares por ano.

Mas, quando questionado sobre a importância dos créditos de carbono para a decisão de instalar o gerador de biomassa, um dos gerentes da companhia, Manoj Saxena, afirmou que o projeto seria feito mesmo sem os fundos do MDL.

Resíduo industrial

A companhia de produtos químicos SRF também está recebendo créditos de carbono do MDL por eliminar um resíduo industrial conhecido como HFC23, um gás de efeito estufa muito forte.

O HFC23 é um resíduo da fabricação de refrigeradores e aparelhos de ar condicionado. É cerca de 12 mil vezes mais tóxico que o dióxido de carbono se entrar na atmosfera.

A eliminação deste gás é relativamente fácil e barata, basta queimá-lo em um incinerador. E a SRF instalou um incinerador para queimar o HFC23 em suas instalações no Rajastão.

O projeto foi registrado e está recebendo 3,8 milhões de créditos de carbono por ano que, atualmente, valem entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões por ano.

A SRF deve receber os créditos por um período de cerca de dez anos, o que significaria créditos acumulados de US$ 500 milhões, uma soma gigantesca para uma pequena empresa indiana.

A companhia não divulgou o custo da instalação do incinerador, mas o valor é bem menor do que o valor dos créditos obtidos.

O número de créditos de carbono dados à SRF e outras companhias parecidas por eliminar o HFC23 está ligado ao seu potencial impacto ambiental. O custo real da eliminação do gás não é levado em conta.

O terceiro caso investigado pelo Serviço Mundial da BBC foi um grande projeto hídrico no Estado de Himalchal Pradesh, no norte da Índia.

Críticos e defensores do projeto apresentam diferentes argumentos para avaliar se o projeto realmente merecia ser qualificado para o recebimento de créditos de carbono.

Defesa

Mais de mil projetos já se qualificaram para o mercado de créditos de emissão de carbono e outros 3 mil já se inscreveram.

O comércio de créditos de carbono pelo MDL já alcançou um valor de cerca de US$ 10 bilhões ao ano.

O responsável pelo gerenciamento do MDL, Yvo De Boer, autoridade máxima da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas, alega que existe "um procedimento que funciona".

De Boer se refere ao complicado processo de registro que todos os projetos têm que passar para se qualificar para o recebimento dos créditos de carbono do MDL.

Mas mesmo De Boer reconhece que o sistema não é perfeito. "No final das contas, é sempre uma questão de julgamento", afirmou.

Fonte: BBC-BRASIL/http://noticias.br.msn.com/artigo_BBC.aspx?cp-documentid=7904945

A meu ver, todos os seres humanos deveriam exercer uma permanente fiscalização, sobre a destinação destes créditos, pois do contrário, serão investidos milhões de dólares em empresas fraudulentas...portanto, se você souber de casos semelhantes, denuncie, você também é responsável pelo planeta terra!


07 novembro 2008

ATITUDES DIÁRIAS PARA AJUDAR O MEIO AMBIENTE

Reutilização e reciclagem

  • Seja solidário: doe roupas, sapatos e aparelhos que não usa mais. Eles podem ser úteis para outras pessoas.
  • Conserte os eletroeletrônicos sempre que possível para evitar comprar novos e gerar mais lixo.
  • Procure comprar produtos que permitam a reutilização das embalagens com refil.
  • Dê preferência a produtos fabricados com materiais reciclados. Desta maneira, você estará reduzindo o uso da matéria-prima, gastando menos energia e ajudando o planeta.
  • Guarde o lixo com você até encontrar um local adequado caso estiver na rua.
  • Separe o lixo e mande-o para a reciclagem. Separando o lixo, você estará gerando emprego para catadores e dando oportunidade a reciclagem de materiais.
  • Utilize talheres, copos e pratos de louça. Os descartáveis geram lixo e demoram a se decompor.
  • Tenha em casa uma pequena composteira com restos orgânicos como cascas de frutas, legumes e folhas. Ela produz adubo natural para o seu jardim e de seus vizinhos.
Fonte: http://www.wwf.org.br/participe/acao/dicas/index.cfm?uNewsID=8361

QUANDO IREMOS FAZER VALER NOSSAS LEIS CONTRA OS ASSASSINOS DA NATUREZA?

06/11/2008 -PF e Ibama prendem criadores registrados pelo próprio Ibama com mais de 2.200 aves ilegais

Sebastião Montalvão

Um trabalho conjunto entre Polícia Federal e Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) em Goiânia na manhã de hoje resultou apreensão de 2.235 aves de espécies variadas, além da prisão de 13 pessoas por suspeita de crime ambiental.
  • Demian Duarte/Jornal Hoje

    Muitas das aves apreendidas na operação apresentavam sinais de maus-tratos e algumas estavam mortas

  • Demian Duarte/Jornal Hoje

    Os animais apreendidos são originários das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. O destino final seriam os Estados do Sudeste e Sul

  • Demian Duarte/Jornal Hoje

    Os criadores de animais têm registro no próprio Ibama, mas faziam a captura dos espécimes na natureza, o que é proibido

Todos são criadores de animais com registro no próprio Ibama. Outras 11 pessoas foram conduzidas à Superintendência da PF em Goiânia para prestar esclarecimentos e acabaram liberadas. A operação, chamada Grilhões, contou com a participação de cerca de 150 policias de Goiás, Brasília e Minas Gerais.

Além dos animais, a PF também apreendeu 1.178 anilhas falsificadas. De acordo com as investigações, a falsificação das anilhas (pequenos aros de metal colocados nas patas das aves) seria uma forma de dar aparência de legalidade à venda de animais capturados irregularmente na natureza. "Essa foi uma das maiores ações já realizadas no País", disse o Superintendente da PF em Goiás, Rogério Galloro.

Por serem todos registrados no Ibama, eles podiam fazer a comercialização de animais silvestres, desde que reproduzidos em cativeiro. No entanto, eles faziam a captura dos espécimes na natureza, falsificavam as anilhas de identificação e os negociavam como se fossem legalizados. Os animais apreendidos são originários das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. O destino final seriam os Estados do Sudeste e Sul.

Apesar do número e da diversidade de espécies apreendidas, a polícia acredita que essa seja apenas a ponta do 'iceberg'. "Pelo que pudemos apurar, essas anilhas falsificadas eram distribuídas não apenas para criadores de Goiás, mas para vários estados do País", ressaltou a delegada Esmeralda de Oliveira e Silva, da Delemaph (Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico), responsável pela operação.

Segundo Rogério Galloro, somente em Goiás são 7 mil criadores credenciados ao Ibama. "Só cumprimos 27 mandados hoje, vamos continuar investigando", ressaltou. O superintendente ainda não confirma, mas também não descarta a possibilidade de que, a partir do Sudeste, esses animais sejam levados para outros Países, por meio do tráfico internacional.

Dentre as aves apreendidas, estão algumas seriamente ameaçadas de extinção, como a arara azul. Muitas das aves apresentavam sinais de maus-tratos e algumas estavam mortas. Um dos agentes da operação contou que em uma das abordagens, o proprietário tentou se livrar das aves, jogando-as sob um muro. Um filhote de tucano ficou gravemente ferido. "Também encontramos aves mortas", garantiu a delegada da Delemaph.

As gaiolas apreendidas lotaram um caminhão e os animais agora estão sob os cuidados do Ibama. "Vamos fazer um rastreamento minucioso. As aves que tiverem condições de voltar ao convívio na natureza serão reintroduzidas nas suas regiões de origem. As que já tiverem sido domesticadas, daremos o destino adequado", garantiu o superintendente interino do Ibama em Goiás, Carlos Roberto Teixeira.

As pessoas presas não tiveram o nome divulgado pela PF. Todos responderão por seis crimes: falsificação de sinal/autorização pública, formação de quadrilha, receptação, captura de aves na natureza, maus-tratos e falsidade ideológica. Somados os crimes, a pena prevista pode chegar a oito anos de prisão. O Ibama também informou que todos os presos terão sua licença de comercialização cassada. A fábrica irregular de anilhas também foi fechada.

Fonte: UOL NOTÍCIAS

FORUM INTERNACIONAL DE ENERGIA RENOVÁVEL E SUSTENTABILIDADE - 19 A 21/NOVEMBRO/2008 - FLORIANÓPOLIS (SC) - BRASIL






PÚBLICO ALVO
Empresários, políticos, investidores e entidades financeiras, ambientalistas, profissionais, instituições e pessoas que atuam no segmento de energia e meio ambiente

OBJETIVO
• Reunir empresários, políticos e profissionais de diferentes áreas do conhecimento para debaterem novas formas de energias renováveis, sua inserção no sistema energético e a interação com o meio ambiente e sustentabilidade.

• Oportunizar a atualização de conhecimentos bem como a troca de experiências multidisciplinares na área de energias renováveis e meio ambiente.

• Estimular a realização de pesquisa e desenvolvimento visando a identificação de alternativas para aplicação dessas tecnologias.

• Oferecer subsídios para as políticas públicas e setoriais relacionadas ao tema.

SUSTENTABILIDADE E NEUTRALIZAÇÃO

. A Eco Power Conference adota diversas medidas de sustentabilidade, dentre elas a neutralização da emissão de carbono, a utilização de material reciclado e ecológico durante todo o período de organização do evento.

A compensação das emissões de carbono na EcoPower 2007, foi através do plantio de 352 árvores nativas, dentro de projetos de geração de primeiro emprego e renda da OSCIP Gerar, em Pato Branco (PR).

LEIA MAIS EM: http://www.ecopowerbrasil.com.br/2008/index.php?page=interna&id=4

05 novembro 2008

VAMOS RESPEITAR O RIO JAGUARI

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) vai construir duas Estações de Tratamento de Esgoto na cidade., investindo R$ 54 milhões nas obras. “Em 2011, vamos ter 84% do esgoto de Bragança Paulista tratado”, anunciou Serra.

Fonte:http://manoelfs.blogspot.com/2008/04/estado-regulariza-imveis-de-moradores.html

Estamos aguardando ansiosos por esta e outras boas novas dos municípios que despejam seus esgotos in natura dentro do nosso Rio Jaguari.

A RECUPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO DO RIO DE JANEIRO

Aterro Sanitário de Gramacho

Enfrentando um desafio, em 1995, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Comlurb, decidiu assumir a responsabilidade pela recuperação do Aterro de Gramacho, passando a operá-lo de forma sanitária e ambientalmente adequada.

Hoje, o aterro possui sistema de captação e tratamento de chorume, sistema de captação e queima de biogás, novos prédios administrativos, um centro de educação ambiental e um centro de triagem de materiais recicláveis operado pela cooperativa de catadores.

Existe também um trabalho de recuperação do manguezal do entorno com replantio de mudas e propágulos.

O lixo recolhido (cerca de 6.500 toneladas/dia) é disposto, compactado e coberto com argila, evitando focos de incêndio e proliferação de vetores.
Decorridos 5 anos do início dos serviços de recuperação, o Aterro de Gramacho transformou-se num modelo de recuperação de áreas degradadas, sendo operado atualmente dentro das normas de engenharia sanitária ambiental.
Atualmente, o Aterro Metropolitano de Gramacho é a principal unidade para destino final de resíduos sólidos urbanos coletados na Cidade do Rio de Janeiro e nos municípios da Região Metropolitana, em especial Duque de Caxias, Nilópolis, São João de Meriti e Queimados.
Fonte:http://comlurb.rio.rj.gov.br/serv_atgramacho.htm

LOCALIZAÇÃO DOS SATÉLITES

Fonte: http://sigma.cptec.inpe.br/produto/queimadas/index.jsp#

04 novembro 2008

OLHEM OS ANIMAIS QUE ESTÃO AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

04/11/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançou nesta terça-feira um livro com mais de 600 espécies de animais ameaçados de extinção.


A publicação foi baseada no último levantamento feito pela UICN (União Internacional para Conservação da Natureza), em 2003. A primeira lista de animais em extinção, feita em 1989, continha 218 espécies ameaçadas, enquanto no livro lançado hoje estão contabilizadas 627 espécies.

"Alguns grupos não tinham sido avaliados em 89, como o de peixes; além disso, foram adotados novos critérios, devido ao aumento do conhecimento científico e do entendimento dos fatores de ameaça", esclarece o biólogo Adriano Paglia, que é analista de biodiversidade da ONG Conservação Internacional e um dos autores do livro.

Minc afirmou que, da lista de 1989, foram retiradas 79 espécies, como o sagüi e o lobo-guará. Mas foram acrescentadas 479, como a baleia azul, o tubarão-baleia e a jararaca.

Ministério do Meio Ambiente
A baleia azul, um dos animais que faz parte da nova lista de espécies ameaçadas
VEJA OUTROS ANIMAIS EM RISCO
79 ESPÉCIES A MENOS; 479 A MAIS
MINC CONTRA BICHOS EM CIRCO
O QUE É POSSÍVEL FAZER?
A publicação, chamada de Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, foi elaborada em parceria com a Fundação Biodiversitas.

"Temos que correr atrás do prejuízo criando novas unidades de conservação, defendendo o habitat dessas espécies, defendendo sua cadeia alimentar, fazendo mais pesquisa, em suma, combatendo a degradação desenfreada", afirmou o ministro.

Entre os biomas que têm o maior número de espécies ameaçadas estão em primeiro lugar a Mata Atlântica (60%), seguida do cerrado (20%) e da zona costeira e marítima. Para reverter esse quadro, o ministro afirmou que é necessário criar corredores de proteção, combatendo o tráfico e fazendo campanhas nas escolas.

Minc quer que cada unidade de conservação ambiental tenha um exemplar do livro vermelho e disse que vai conversar com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para que a publicação também seja distribuída nas escolas da rede pública.

O biólogo da Conservação Internacional explica que a ameaça de extinção deve-se, principalmente, à perda de habitat, provocada pelo desmatamento. "A fiscalização é fundamental, mas as pessoas não devem delegar a questão apenas ao poder público e às ONGs", comenta. Cobrar a criação e conservação de reservas ecológicas e denunciar o comércio de espécies nativas são formas de colaborar com a preservação desses animais.

*Com informações da Agência Brasil
Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br