03 maio 2008

O PLANETA TERRA - UM ENORME QUEIJO SUIÇO


Há muito tempo que queria postar uma nota sobre as violências que o nosso amado Planeta Terra sofre diàriamente. São, desmatamentos, queimadas, escavações de toda ordem (minas de ouro, carvão e outros minérios) - granitos, pedras preciosas e semi-preciosas, e, ainda mais as perfurações dos poços de petróleo.

Segundo pesquisas realizadas, apurei que são mais de 1200 jazidas e mais de 140 mil poços de petróleo.

WASHINGTON, 7 Fev 2008 (AFP) - O grupo petroleiro americano ExxonMobil anunciou nesta quinta-feira que perfurou o poço de petróleo mais profundo do mundo, com 11.680 metros de profundidade, na jazida russa de Sakhalin-1 (leste), segundo comunicado divulgado pelo grupo.Segundo a empresa, o poço supera em 398 metros o recorde anterior, também da ExxonMobil, estabelecido em 2007 no mesmo local.Batizado de Z-12, o poço foi perfurado com a ajuda da torre mais potente do mundo, informou o grupo.


Existem também, os inúmeros poços artesianos...é por isto é que digo sempre, o nosso planeta está todo perfurado, além de maltratado.

PRECISAMOS REVERTER ESTE QUADRO, MEUS AMIGOS, O PLANETA É NOSSO E A RESPONSABILIDADE POR ELE É NOSSA TAMBÉM!

VAMOS REFLETIR, VAMOS PENSAR SOBRE ISTO, VAMOS AGIR!

FAÇAMOS A NOSSA PARTE E COBREMOS DE NOSSOS GESTORES LEIS QUE PRESERVEM O NOSSO ECOSSISTEMA.

NOVAS DESCOBERTAS - FAUNA E FLORA




Canguru-arbóreo-do-manto-dourado (1)
Honeyeater (papa mel) (2)
Equidna de bico longo (3)
Rododendro waynetakeuch (4)
Paisagem das montanhas de Foja (5)

Fiquei encantada e muito feliz com esta matéria e suas fotos...amigos, deleitem!
Uma expedição de um mês, realizada em Dezembro, contou com 25 cientistas dos Estados Unidos (onde a ONG esta sediada), da Indonésia e da Austrália. Estes cientistas fizeram um levantamento rápido da biodiversidade das montanhas Foja, uma área de floresta tropical primária com 1 milhão de hectares na ilha da Nova Guiné, na província indonésia de Irian Jaya, onde se localiza uma das florestas virgens asiáticas mais isoladas e inacessíveis.

A área só pôde ser alcançada por helicóptero. Tem cerca de 300 mil hectares e chega a 2.200 metros acima do nível do mar. Segundo os cientistas, habitantes da região não a colonizaram, preferindo viver ao nível do mar. Outros 750 mil hectares ainda estão por ser inteiramente explorados. Uma expedição havia sido feita há 25 anos atrás, mas não tão completa quanto a do ano passado.
Na brumosa floresta daquela região do planeta existe uma verdadeira colecção de novos mamíferos, borboletas, anfíbios, aves e plantas que já podem agora juntar-se ao catálogo das espécies conhecidas. É a descoberta surpreendente de uma espécie de mundo perdido, que evoca, pela dimensão da novidade, os achados dos exploradores europeus do final do século XIX, e princípio do século XX, no continente africano. E que lembra também o mito dos mundos perdidos que o dinâmico mundo do cinema tem regularmente utilizado como filão.“É o mais próximo do Jardim do Éden que alguma vez encontraremos sobre a Terra…” - disse entusiasmado à imprensa internacional Bruce Beehler, vice-presidente do Centro para Conservação da Biodiversidade da Melanésia, que pertence à ONG, e um dos líderes desta expedição científica.Promovida por aquela organização internacional e pelo Instituto Indonésio para a Ciência, e financiada por várias entidades científicas, incluindo a National Geographic Society, a expedição parece ter sido bafejada pela sorte - ou pelos deuses. Em apenas um mês, a equipa, que incluiu investigadores indonésios, australianos e dos Estados Unidos, descobriu 20 espécies novas de anfíbio (incluindo uma rãzinha de menos de 14 milímetros de comprimento), quatro novas borboletas e dezenas de plantas nunca vistas (incluindo cinco árvores com folha de palma e rododendros cujas flores batem recordes mundiais em tamanho). E não é tudo, há ainda as aves e mamíferos que haviam sido caçados até quase extinção em outras partes do planeta e que ali se encontram em abundância.

"A primeira ave que vimos no nosso acampamento era de uma nova espécie e logo no dia a seguir vimos uma outra, uma ave do paraíso, de uma espécie descrita pela primeira vez no final do século XIX, mas que nunca mais tinha sido avistada", contou Beehler à BBC News online. Descrita a partir de espécimes capturados por caçadores indígenas numa zona nunca especificada da Nova Guiné, esta ave estava de certa maneira envolta num mistério. Sucessivas expedições para encontrá-la nunca obtiveram qualquer êxito e, na verdade, desconhecia-se de onde era exactamente originário. Esta ave corresponde à espécie Parotia berlepschi, a qual havia sido descrita por caçadores no séc. XIX e julgava-se extinta. "Redescobrir esta ave que estava perdida foi para mim uma coisa extraordinária", confessou Beehler à BBC News online.
Ao segundo dia desta expedição, a equipa observou com surpresa um macho daquela espécie fazer uma dança de acasalamento para a fêmea que andava por perto"É um paraíso de biodiversidade", resumiu o investigador. Alguns dos animais encontrados não manifestaram medo ao contactarem pela primeira vez com seres humanos. O caso, por exemplo, de dois equidnas de bico longo (mamíferos que põem ovos), que se deixaram levar facilmente para o acampamento dos cientistas, para serem estudados.
Outra das aves descobertas é um honeyeater (papa mel), pelo facto de se alimentar de mel, tem marcas amarelas na cabeça, junto aos olhos.
Se se confirmar que é uma nova espécie, será a descoberta de um novo pássaro em 60 anos naquela ilha, já que a última tinha sido ali identificada em 1939. Assim sendo, Beehler pretende baptizá-la com o nome da mulher, como explicou ao New York Times.Uma das descobertas mais notáveis foi a presença do canguru-arbóreo-do-manto-dourado, um animal até então desconhecido na Indonésia e que se julgava ter sido caçado até quase a extinção.

Os seus achados, no entanto, ainda precisam ser publicados num periódico científico e passar pelo crivo de outros zoólogos antes de serem efectivamente considerados novas espécies. Esse processo pode levar de seis meses a anos. Os cientistas acreditam que descobertas semelhantes possam vir a acontecer na África e na América do Sul.Não parece haver nenhuma ameaça imediata à área, que tem status de santuário da vida selvagem, afirmou ele. "O governo não libera permissões de exploração madeireira na área, não há sistema de transportes nem uma única estrada", disse Beehler. Mas, claramente, com o tempo tudo isso pode ficar ameaçado. Nas próximas décadas haverá demandas de todo tipo, principalmente se você pensar nas necessidades de madeira de países próximos, como a China e o Japão."O que foi surpreendente foi a falta de alerta de todos os animais." disse Beehler. Na natureza selvagem, todas as espécies tendem a ser tímidas diante de humanos, mas isso é um comportamento aprendido porque encontraram humanos. "Em Foja, elas não parecerem se importar com nossa presença." disse o cientista. Este é um lugar sem estradas ou trilhas e nunca, até onde sabemos, foi visitado pelo homem. Isto prova que ainda existem lugares a serem descobertos, onde o homem não tocou.Para além de tudo o que conhecemos existe ainda um imenso mundo que desconhecemos. Talvez o paraíso esteja bem perto de nós... tão perto, que a cada dia todos nós (uns mais do que outros!!) o destruímos mais um pouco!
NOTA: Todas as fotos aqui apresentadas estão disponibilizadas em: http://news.bbc.co.uk/cbbcnews/hi/pictures/default.stm

02 maio 2008

AS FLORESTAS TROPICAIS E O SEU PODER DE ABSORÇÃO DO CO2



Durante os últimos anos, a especulação sobre a relação entre o aumento desproporcional na concentração de gás carbônico na atmosfera terrestre, que é conseqüência da queima de combustíveis fósseis, e os efeitos climáticos globais, se tornou um fato. Como conseqüência, um novo ramo da ciência surgiu. Em inglês se chama Global Change Biology e apesar de não estarmos usando oficialmente estes termos em revistas científicas em português por enquanto, poderíamos chamar este ramo de Biologia das Mudanças Climáticas.

Um fato de que temos que nos conscientizar é que o gás carbônico em excesso na atmosfera, produzido pelo nosso estilo de vida, está mesmo relacionado com as mudanças climáticas e que este não é, de forma alguma, um problema trivial. Nossa geração terá que enfrentar (e resolver) problemas muito sérios que possa até mesmo se tornar catastróficos, caso não façamos algo rapidamente.


Uma das formas de adotar uma atitude pró-ativa em relação a este problema é simplesmente passarmos a compreender melhor os diversos sistemas de produção de energia que estão por trás dos produtos que consumimos. Parece fácil, mas após um exame mais acurado percebemos que estamos atolados até o pescoço em nosso sistema de produção e praticamente tudo o que consumimos implica em emissão de carbono sujo. Carbono sujo se refere à parcela de carbono emitido em forma de gás carbônico a partir de um processo que envolva a degradação de petróleo ou de seus derivados.


................................................................................................................................................................................. O consumidor tem hoje que fazer uma série de perguntas antes de consumir. Após as perguntas óbvias como se tenho dinheiro para comprar, se o design me agrada etc., algumas perguntas a mais seriam:


1) este produto faz bem à minha saúde?


2) dá empregos localmente?


3) o produto faz parte de um programa geral que possibilita o desenvolvimento sustentável?


4) a matéria prima provém de alguma atividade prejudicial à sociedade organizada?


Tais perguntas surgiram recentemente e estão diretamente relacionadas com o esgotamento dos recursos naturais e o aumento desgovernado da população humana no planeta. Por trás destas perguntas está o fato de que se não equilibrarmos o uso dos recursos naturais no planeta, a civilização como a conhecemos simplesmente não sobreviverá. A pergunta 4 tem uma relação direta com a questão do CO2 e as mudanças climática. As questões relacionadas à eficiência de produção são importantes para o Brasil, na medida em que este país vem se tornando um dos pólos industriais mais importantes da América Latina. Mas o Brasil tem ainda outra grande responsabilidade: a manutenção dos biomas tropicais. Pensando apenas no contexto do problema do gás carbônico, as florestas Amazônicas e Atlânticas são de importância especial, pois constituem um dos maiores sumidouros de CO² no Planeta Terra.

A situação atual poderia ser descrita da seguinte forma:


1) ainda temos grande parte da Floresta Amazônica em pé, mas a invasão humana é iminente. Queimadas da floresta nativa trocam as paisagens por pastagens ou cidades;


2) Já destruímos grande parte da Mata Atlântica estamos destruindo rapidamente o cerrado.


As soluções imediatas para os dois problemas seriam:


1) parar as queimadas na Amazônia e intensificar os programas de conservação e uso sustentável;


2) regenerar pelo menos parte das florestas e cerrado perdidos. Estas duas atitudes já seriam passos enormes no auxílio ao problema do CO2 e as mudanças climáticas, pois deixaríamos de perder capacidade de seqüestrar carbono. Mas só isto não é suficiente, pois as emissões continuam e continuarão aumentando por conta do rápido avanço dos países em desenvolvimento (Ásia, América Latina e o Leste Europeu). Assim, na situação de momento parece ser praticamente impossível diminuirmos as emissões de carbono sujo no curto e médio prazo. Se isto ocorrer, as conseqüências climáticas serão drásticas. Há previsão de um aumento médio de temperatura na Amazônia de 5ºC. Parece pouco, mas estamos falando de média e isso significa que em alguns locais a temperatura poderia passar dos 45oc, o que torna a existências de muitas plantas impossíveis. Sem plantas não há consumo de CO² e conseqüente produção de biomassa. Portanto não há floresta e conseqüentemente não haverá mais seqüestro de carbono. O "saldo geral" de tudo isso é que se tentarmos uma previsão para os próximos 30 a 50 anos, o sentido parece ser de diminuir o seqüestro de carbono e não de aumentá-lo. As previsões de aumento de CO2, com base na atividade industrial da qual todo dependemos, indicam que o aumento deste gás dobrará em meados do século 21. Isto coloca um problema para a humanidade que deve ser um dos mais incríveis que já tivemos que resolver. Ou mudamos nosso estilo de vida e alteramos nossos meios de produção e consumo, ou encontramos soluções tecnológicas.


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A melhoria da eficiência de processos industriais é fundamental e dentre as diversas áreas tecnológicas, o campo da biotecnologia há uma forma bastante significativa de ajudar. Para tanto, é preciso que compreendamos melhor o funcionamento das florestas, especialmente as florestas tropicais. Pesquisas recentes vêm demonstrando que as florestas Neotropicais (da América Central e do Sul) são verdadeiros sumidouros de carbono, ou seja, através do processo fotossintético acoplado à produção de celulose durante o crescimento e manutenção da plantas, estas acumulam (um pouquinho por dia) carbono em seus corpos e depois de anos se verifica o que este acúmulo resulta no que se chama de seqüestro de carbono. Para se ter uma dimensão da importância das florestas tropicais, basta dizer que elas são responsáveis por cerca de 40% da capacidade de assimilação de carbono no ambiente terrestre. Assim, será de importância fundamental para que as gerações presente e futura compreendam os mecanismos envolvidos da assimilação e transformação do carbono em celulose nas plantas. Objetivamente, neste momento temos que nos concentrar em compreender os mecanismos envolvidos no ciclo de carbono na biosfera. Em outras palavras, compreender os mecanismos que controlam o fluxo de compostos de carbono dentro dos seres vivos. As plantas são de particular importância nesse contexto, pois elas são as captadoras do CO² e o processam através de um sistema altamente sofisticado.

Nas árvores, este processo pode ser dividido em 3 partes:


1) assimilação do CO² através da fotossíntese;


2) transformação do CO² em açúcares (sacarose, glucose, frutose e amido) e


3) síntese e acúmulo da celulose.


A conseqüência direta do acoplamento desses três mecanismos é o crescimento vegetal, que é o parâmetro principal que determina o desenvolvimento e dinâmica das florestas.


Assim que o problema da correlação entre o aumento de CO² e o aumento de temperatura na atmosfera foi apontado pelo grupo do pesquisador da NASA James Hansen, que publicou um trabalho na revista Science onde foi apresentado dados consistentes demonstrando os aumentos de temperatura em todo o planeta e não em uma região específica, diversos pesquisadores iniciaram experimentos, principalmente com plantas do hemisfério norte (região temperada), para compreender em primeiro lugar aspectos relacionados ao passo 1 (assimilação do CO²).

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Pesquisadores brasileiros e americanos se uniram e instalaram torres em pontos estratégicos da Floresta Amazônica com as quais tem sido possível avaliar diversas características do comportamento da floresta do ponto de vista da atmosfera. Por exemplo, as torres medem automática e continuamente quanto de CO² entra e sai do sistema. Tudo isso é correlacionado com outros dados atmosféricos e pesquisadores do Instituto Astronômico e Geofísico da USP (o grupo do Prof. Pedro Dias), por exemplo, estão trabalhando em modelos para explicar como o sistema funciona.

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A melhor forma de evitarmos as conseqüências das emissões de gases do efeito estufa é a conscientização dos governos e populações que vivem nas regiões industrializadas de que precisamos emitir menos CO² para a atmosfera. Por outro lado, novas tecnologias estão se tornando disponíveis e o desenvolvimento tecnológico no século XXI promete ser bastante expressivo. Tais tecnologias poderiam, talvez, serem usadas em caso de emergência.
Fonte: Revista da MadeiraURL: http://www.remade.com.br/

PAÍSES QUE ESTÃO REFLORESTANDO OU RECUPERANDO SUAS FLORESTAS


A área coberta por florestas no mundo tem estado bastante estável nos últimos 50 anos, mas houve substancial variação entre regiões. A França aumentou sua área florestada de 14% na década de 1830 para quase 30% hoje, e outras partes da Europa e dos EUA apresentam tendência similar - as florestas nessas regiões agem como verdadeiros ralos de carbono.



MAPA MUNDIAL DE FLORESTAS - 1998

Região - Área Original Estimada* - Área remanescente** - Área Protegida***

Ásia e Oceania - 36,02* - 4,26 (11,83%)** - 0,22 (5,16%)***
América Latina - 11,72* - 6,96(59,39%)** - 0,63 (9,05%)***
América do Norte - 11,01* - 6,74 (61,22%)** - 0,34 (5,04%)***
África - 3,89* - 2,14 (55,01%)** - 0,12 (5,61%)***
Europa - 5,65* - 2,14 (37,88%)** - 0,04 (1,87%)***
Totais - 68,29* -22,24 (32,57%)** - 1,35 (6,07%)***

1- Todas as áreas estão em milhões de km2

2- Os percentuais referem-se ao que sobrou da área original.

3- Os percentuais referem-se ao que é protegido da área remanescente.
Fontes: Prospect Magazine - Abr/2007 - Ed. 133;
http://www.institutoaqualung.com.br/info_desmatamento26.html

01 maio 2008

MAIS UM ACIDENTE QUE VIOLENTA O MEIO AMBIENTE


01/05/2008 - Trem com combustíveis descarrila no RS

Um trem da empresa América Latina Logística (ALL) carregado com combustível descarrilou por volta das 20h30 (de Brasília) de ontem, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, segundo informações da Polícia Militar.
Nove vagões da composição, que seguia para Passo Fundo (RS) com cerca de 500 mil litros de combustível, saíram dos trilhos e viraram. Ninguém ficou ferido.
Os trabalhos para remoção da gasolina e do diesel que vazaram e dos vagões que viraram começaram na noite de ontem e seguiam durante a manhã de hoje, com a presença de bombeiros e técnicos da Defesa Civil da cidade, segundo a PM.
Fonte: UOL Oline, por Solange Spigliatti
Existe um enorme descaso com a segurança, principalmente visando a proteção do meio ambiente. Estamos presenciando todos os dias, além das atitudes de pessoas deseducadas, acidentes e incidentes, criminosos ou provenientes de irresponsabilidades com a natureza.

30 abril 2008

ARACRUZ CELULOSE AJUDANDO A SALVAR AS BALEIAS


Enfim, todos estamos participando. As gerações vindouras agradecem.


Salvador, 17 de Setembro de 2002 - Aracruz Celulose cria rotas alternativas no transporte de madeira para preservar espécie. Para transportar por via marítima 1,7 milhão de toneladas/ano de toras de eucalipto, do extremo-sul da Bahia para Barra do Riacho, no litoral norte do Espírito Santo, a Aracruz Celulose recorreu à assessoria de uma Organização Não Governamental (ONG), que vem trabalhando no assunto desde o ano passado. Motivo: evitar que a presença de barcaças perturbem a movimentação das baleias jubarte e branca, que todos os anos acorrem àquela área para reprodução. Ao longo do último ano, o Instituto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras, mapeou as áreas de menor concentração de baleias, a cerca de 20 milhas da costa, por meio de uma série de sobrevôos. Agora, os biólogos da ONG fazem uma observação mais próxima, de barco, para verificar o número de baleias acompanhadas de filhotes e que, por isso, permanecem por mais tempo no local, até que as crias tenham condições de fazer grandes percursos. O trabalho já resultou em dois roteiros a serem cumpridos pelas barcaças da Aracruz. O primeiro, em linha reta, para o período de janeiro a junho. Nesta época do ano as baleias estão na Antártida, onde passam seis meses alimentando-se de um pequeno crustáceo, o krill. A outra rota será cumprida de fins de junho até dezembro, período em que os animais, calculados em torno de 2.500, se dirigem à área denominada banco de Abrolhos, no litoral sul da Bahia, fugindo do inverno da Antártida, para acasalamento e reprodução. "Estamos sendo preventivos e pró-ativos. Queremos inserir nossa atividade nesse habitat de maneira a causar o menor impacto possível", disse o diretor de operações da Aracruz Celulose, Walter Nunes. A Aracruz investiu US$ 52 milhões para transportar madeira de eucalipto de suas plantações no sul da Bahia até o terminal exclusivo para celulose da empresa, o Portocel, no município de Barra do Riacho, 60 quilômetros ao norte de Vitória. O investimento abrange a construção de um terminal em Caravelas (BA) - de onde partirão as embarcações -, mais as adaptações em Portocel, as barcaças, empurradores e outros equipamentos. As toras são destinadas a atender em até 35% as necessidades de matéria-prima da chamada Fábrica C, a terceira planta de celulose da companhia, inaugurada em maio. Os testes de transporte começarão no final deste ano. Em janeiro, a operação já deverá estar transcorrendo normalmente. Serão três barcaças, com capacidade para 5 mil toneladas... C-5(Gazeta Mercantil/Página A1)(Maria José Quadros)
saiba mais:
Salvador, 17 de Setembro de 2002 - cada uma, mais um empurrador, que estarão em atividade ininterruptamente. Nunes informou que, a partir de 2005, a frota será acrescida de mais uma barcaça e um empurrador para que o volume transportado se amplie para 3,4 milhões de toneladas anuais. De acordo com as rotas traçadas pelo Instituto Baleia Jubarte, no período de janeiro a junho as barcaças poderão fazer a viagem em 12 horas. Nos outros meses, o tempo será aumentado em 1 hora e 20 minutos, a fim de evitar as áreas frequentadas pelas baleias. Nunes admite que o alongamento do percurso terá efeito sobre os custos, "mas nada que comprometa o projeto". O banco de Abrolhos é a principal área de reprodução da baleia jubarte no Atlântico Sul ocidental. A espécie é das mais ameaçadas - a estimativa é de que existam hoje menos de 10% da população original. No caso da baleia franca - que prefere o litoral sul do Brasil, mas também costuma aparecer na costa da Bahia, em áreas mais próximas da praia - o número é ainda menor. A diretora do Instituto Baleia Jubarte, Márcia Engle, disse que negocia com a Aracruz o acompanhamento do dia-a-dia da operação de transporte de madeira por biólogos da entidade. A idéia é dar um lugar para os especialistas viajarem nas próprias barcaças, durante a época de reprodução das baleias.

FONTE: (Gazeta Mercantil/Página C5)(Maria José Quadros)

GELADEIRA QUE NÃO USA ENERGIA ELÉTRICA - INVENÇÃO

Um grupo de pesquisadores do Instituto Técnico da Dinamarca descobriu um novo método de resfriamento, que consiste em usar materiais magnéticos no lugar de eletricidade.
O novo método usa campos magnéticos opostos para aumentar a temperatura do material a ser resfriado. Esse calor é transportado por uma fluido não volátil, como por exemplo a água e então é resfriado. Embora a primeiro protótipo só esteja pronto em 2010, os pesquisadores obteram um rendimento de até 60 % em relação aos refrigeradores atuais e já conseguiram resfriar um quarto de 20°C a 11°C.
O grupo acredita que a invenção não seja usada nas atuais industrias de refrigeradores, pois a tecnologia aplicada ainda é cara em relação a dos refrigeradores atuais. Mas existe outra grande vantagem: os novos regrigeradores não fazem barulho, beneficiando empresas ou estabelecimentos que necessitam de ambiente sem nenhum ruído.
Ainda que esse tipo de pesquisa para resfriar objetos não seja novo, esse foi o primeiro experimento em ambientes fechados.
Traduzido por Emanuel Valente
Fonte: http://www.denmark.dk/en/servicemenu/News/ScienceAndITNews/MagneticRefrigeratorNeedsNoElectricity.htm

29 abril 2008

CONTINUAM AS QUEIMADAS NA ARGENTINA!!!!





Sex, 25 Abri de 2008;
A fumaça provocada pelas queimadas de campos nos arredores de Buenos Aires, na Argentina, chegou à cidade de Santana do Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai. Meteorologistas uruguaios de Rivera, cidade defronte a Livramento, explicaram que os ventos que sopraram ontem na direção nordeste, desde a Argentina, contribuíram para o avanço da fumaça. Em Livramento, apesar da meteorologia ter anunciado sol, havia uma névoa seca deixando o tempo nublado e um forte cheiro de grama queimada no ar. O município fica a cerca de 500 quilômetros de Buenos Aires. O fogo começou há 20 dias no delta do Rio Paraná e está atrapalhado até mesmo o tráfego nas rodovias argentinas e uruguaias.

NOVAMENTE AS QUEIMADAS NA CALIFÓRNIA, O QUÊ QUE ACONTECE???


27/04/2008

Incêndio leva a evacuação de 500 casas na Califórnia
Cerca de 500 casas foram evacuadas na Califórnia por conta de incêndios que atingem a floresta de San Gabriel, perto de Los Angeles. O fogo que começou no sábado já toma mais de 1,4 mil quilômetros quadrados e continua fora de controle neste domingo.

Não há relatos de feridos, mas, segundo os bombeiros, ainda deve demorar dias até que o fogo seja apagado. Moradores da cidade de Sierra Madre foram orientados a deixar suas casas.

O repórter da BBC em Los Angeles Rajesh Mirchandani disse que o vento e as altas temperaturas da época, que ultrapassam os 40 ºC, estão alimentando as chamas. Este é o primeiro grande incêndio deste ano. Mas o sul da Califórnia ainda está se recuperando dos incidentes do ano passados, quando mais de um milhão de californianos foram obrigados a deixar suas casas.

Fonte: UOL online

Este quadro desolador das queimadas, sejam elas nos EUA, em Portugal, Brasil, Argentina, Grécia ou alhures, é sempre triste e cruel com a natureza e consequentemente com o Planeta.

Até quando teremos estes acidentes, incidentes ou não seriam atos de vandalismo, no qual acredito mais???

27 abril 2008

O MAIOR FOCO DE POLUIÇÃO DO MUNDO: UMA NUVEM QUE SE ESTENDE SOBRE UMA SUPERFÍCIE EQUIVALENTE A DOS EUA


Só na Índia cerca de 500 mil mortes prematuras foram provocadas por esta poluição Christiane Galus escreve para 'Le Monde':Todos os anos, de abril a outubro, gigantesca nuvem de poluição paira sobre o sul da Ásia, sobre vasta área que se estende do Paquistão até a China, passando pela Índia. Ela resulta do desenvolvimento demográfico e econômico acentuado que esses países conheceram no decorrer das últimas décadas. Diante das preocupações que esta nuvem anda causando, o Programa das Nações Unidas para o meio ambiente (cuja sigla em inglês é Unep) analisou os prováveis efeitos desta imensa concentração de neblina sobre uma população que é hoje de 2 bilhões de indivíduos (o terço da população mundial) e deverá ser de 5 bilhões dentro de 30 anos. A entidade acaba de publicar sobre este tema um relatório, intitulado 'A Nuvem parda asiática e suas conseqüências sobre o clima e o meio ambiente'.Essa poluição constituída por aerossóis sulfurados, óxido de carbono, ozônio, óxidos de azoto, fuligem e poeiras de diversas naturezas, tem por efeito direto reduzir em cerca de 10% a quantidade de energia solar que alcança o solo, além de diminuir as quantidades de chuvas entre 20% e 40%, conforme as regiões. Com efeito, as partículas em suspensão inibem a formação das grandes precipitações atmosféricas. Além disso, os aerossóis diminuem também a produtividade agrícola ao enfraquecer a luz solar necessária para a fotossíntese das plantas.Essa nuvem tem também um forte impacto sobre a saúde das populações locais. Durante os anos 90, dezenas de milhares de mortes prematuras ocorridas anualmente, nas grandes aglomerações, lhe foram atribuídas. A prazo, a amplidão desta poluição, que se desloca durante o inverno acima do oceano Índico, é tamanha que ela poderá ter repercussões mundiais. 'Ao modificar as relações naturais entre o oceano e a atmosfera em toda a região do oceano Índico e ao causar transtornos na circulação atmosférica em grande escala, ela poderá ter um impacto direto sobre o fenômeno El Niño e sobre a zona tropical', explica Jean-Philippe Duvel, um climatologista do laboratório de meteorologia dinâmica da École Normale Supérieure, em Paris. Em 99, os 200 cientistas que participam do programa internacional para o oceano Índico (Indoex - Indian Ocean Experiment) deram o sinal de alerta. O objetivo era de chamar a atenção da comunidade internacional para a enorme 'nuvem parda' que paira acima do sul asiático durante vários meses, todos os anos. Após terem implementado uma quantidade considerável de meios técnicos, seja no ar, seja no mar, e gastado um total de US$ 25 milhões, eles acabaram colocando em evidência 'o maior foco de poluição do mundo: uma nuvem que se estende sobre uma superfície equivalente a dos EUA, dotada de uma espessura variando entre 2 e 3 quilômetros'. Esta nuvem não fica parada numa mesma área. O seu deslocamento tem correlações profundas com as evoluções das monções. Durante a monção de inverno (de outubro a dezembro), a poluição deriva ao sabor dos ventos, seguindo uma direção geral de norte a sul, mas que nunca desce aquém de 10º de latitude sul. Lá, uma parte da poluição é 'lavada' pelas chuvas diluvianas que têm por origem as enormes nuvens cúmulo-nimbos da zona de convergência intertropical situada à altura do equador. Já, o restante é aspirado para as alturas e dilui-se em meio à circulação atmosférica geral. As partículas de aerossóis situadas a 3 km de altitude podem então se deslocar pela metade do globo em uma semana. Durante o verão (de abril a outubro), o ar poluído permanece estagnado acima do continente, onde ele continua exercendo os seus efeitos nocivos até que ele seja também 'lavado' pela monção de verão. Os especialistas das Nações Unidas reconhecem que 'a ciência ainda não passou do primeiro estágio da compreensão no que diz respeito às alterações climáticas regionais'. Além disso, eles precisam que o seu relatório é o resultado de um estudo limitado, uma vez que ele diz respeito principalmente à temporada de seca que dura de dezembro a abril. No entanto, eles estimam que essa nuvem poluidora de origem antrópica (isto é, que foi produzida pela ação do homem, no caso pela combustão de lenha de cozinha e de aquecimento, por queimadas e pela fumaça gerada pelo óleo diesel doméstico, um combustível utilizado por um grande número de indivíduos) terá efeitos muito graves para a saúde de bilhões de pessoas que vivem na região asiática, se nada for feito para deter a sua expansão.Uma vez que grande parte dessa população já está vivendo dentro de condições de sobrevivência precárias e de extrema pobreza, essa gigantesca poluição deverá tornar nos próximos 30 anos essa situação ainda mais precária. A população local alcançará então o número de 5 bilhões, e terá de enfrentar efeitos de distúrbios climáticos e ambientais de extrema gravidade. Com efeito, a poluição deverá engendrar uma importante modificação do regime das chuvas (diluvianas ou ausentes, conforme as regiões), além de redução sensível da produtividade agrícola, num momento em que seria preciso, pelo contrário, aumentá-la, assim como inúmeras desordens sanitárias.Assim, os estudos que avaliam as correlações entre o oceano e a atmosfera prevêem a ocorrência de uma perturbação 'substancial' do ciclo hidrológico, ligada à nuvem parda. Com isso, na zona intertropical, numa faixa que se estende entre a latitude 20 graus norte e a latitude 20 graus sul, a evaporação e as precipitações atmosféricas diminuem de 1% a 2%. Já, na zona do sudeste asiático, o efeito é ainda mais acentuado. Ocorre uma redistribuição das chuvas, com um aumento de 20% a 40% em certas regiões, e uma redução na mesma proporção em outras. A diminuição das precipitações atmosféricas poderá atingir os países da faixa subtropical, os quais incluem o noroeste da Índia, o Paquistão, o Afeganistão e os países próximos da região oeste da Ásia central.Essa evolução é ainda mais preocupante quando se sabe que as chuvas de inverno sobre o noroeste da Índia fornecem entre 20% e 40% das precipitações atmosféricas anuais. Essa taxa alcança entre 50% e 70% para o norte do Paquistão, o Afeganistão e o oeste da Ásia central. A irrigação não poderá mais suprir a essa penúria, o que resultará numa diminuição da produtividade dos cultivos de cereais. Por exemplo, a produtividade das plantações de arroz poderá diminuir de 5% a 10%. Este problema se somaria à diminuição dos rendimentos resultando da desaceleração da fotossíntese. A tudo isso, é preciso acrescentar os efeitos sanitários produzidos por essa poluição. Esta deverá causar doenças respiratórias, e atingir principalmente as pessoas mais vulneráveis: as crianças e os idosos. Assim, em cada uma das cidades de mais de 1 milhão de habitantes na Índia, as taxas de ar poluído estão muito acima das normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde. Estima-se que, somente na Índia, cerca de 500 mil mortes prematuras foram provocadas por esta poluição. Foram constatadas concentrações de casos de problemas respiratórios sérios em Calcutá, Deli, Lucknow, Bombaim, Ahmedabad et em vários países do sudeste asiático, inclusive na China, na Tailândia e na Coréia.

Fontes: (Tradução: Jean-Yves de Neufville) (Le Monde, Uol.com/Mídia Global, 15/8)
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=4114

A GLOBALIZAÇÃO DA POLUIÇÃO - OS OCEANOS COMO VIAS DE TRANSPORTES


No alto de uma montanha, com vista para o Oceano Pacífico, Steven Cliff reúne evidências de que uma revolução industrial está em andamento a milhares de quilômetros dali. As minúsculas partículas, transportadas pelo ar, que Cliff reúne numa estação de monitoramento ao norte de San Francisco flutuaram sobre o oceano a partir de usinas de eletricidade movidas a carvão, fundições, tempestades de areia e caminhões movidos a diesel baseados na China e em outras partes da Ásia. Pesquisadores dizem que as conseqüências ambientais do crescimento econômico desenfreado da China já se fazem sentir bem além das fronteiras do país. Há o temor de que, conforme a China consome cada vez mais combustíveis fósseis para alimentar a fome de energia de sua economia, os EUA passem a ver um crescimento cada vez maior da poluição que cruza o Oceano Pacífico, prejudicando a saúde humana, reduzindo a qualidade do ar e afetando os padrões climáticos. "Veremos uma intensificação da poluição particulada vinda da expansão da China por todo o futuro que podemos prever", disse Cliff, pesquisador da Universidade da Califórnia, Davis. Ele tem estações de monitoramento no alto de três montanhas que vêem pouca poluição de fontes locais, e a composição das partículas de poeira bate com a do deserto de Gobi. Cerca de um terço da poluição vinda da Ásia é poeira, que aumenta por conta do desflorestamento. O restante é enxofre, fuligem e traços de metais, partículas liberadas na queima de carvão, diesel e outros combustíveis fósseis. Quase toda a poluição do ar nas cidades dos EUA vem de fontes locais, mas isso poderá mudar se a população na China, Índia e outras nações em desenvolvimento adotarem o padrão de consumo americano, dizem cientistas.

Fonte: Estadão Online (2006)