19 julho 2008

A MORTE DO MAR DE ARAL - UMA TRAGÉDIA AMBIENTAL DESCOMUNAL








Fotos via satélite: Revista Planeta

ESTA, SEM DÚVIDA É MAIS UMA TRISTE ESTÓRIA DE USO IRRACIONAL DOS RECURSOS DO MEIO AMBIENTE...não gostaríamos de ter notícias de outras tragédias como esta.
É POSSÍVEL SALVAR O MAR DE ARAL?
O QUE O MUNDO PODERIA CONTRIBUIR PARA ISTO?

A tragédia ecológica do Mar de Aral
por Rama Sampath Kumar [*]Tradução de João Manuel Pinheiro

O Mar de Aral, um lago terminal alimentado por dois rios principais, (Sirdaria e Amudaria) forma uma fronteira natural entre o Kasaquistão e o Uzbequistão. Era o quarto maior lago mundial em 1960; hoje, está em vias de desaparecer num pequeno e sujo poço. A destruição do Mar de Aral é um exemplo de como uma tragédia ambiental e humanitária pode ameaçar rapidamente toda uma região. Tal destruição constitui um caso clássico de desenvolvimento não-sustentado. Vale a pena estudá-lo pois, de certa forma, prefigura o que poderá acontecer a nível planetário se a humanidade continua a desperdiçar recursos finitos como a água.
O Mar de Aral e toda a bacia do lago ganhou notoriedade mundial como uma das maiores degradações ambientais do Século XX causadas pelo homem. A União Geográfica Internacional destacou a bacia Aral, nos começos dos anos 90, como uma das zonas críticas da terra [Kasperson, 1995]. É também referida como a “Chernobil Calada”, uma catástrofe silenciosa que evoluiu lentamente, quase imperceptivelmente, ao longo das últimas décadas [Glantz e Zonn, 1991]. A redução do Mar de Aral, captou a atenção e o interesse de governos, organizações ambientais e de desenvolvimento, leigos e comunicação social nos últimos anos em todo o mundo [Ellis, 1990]. A partir de meados dos anos 80, quando os soviéticos abriram as portas ao abrigo da política de glasnost (abertura), a situação do Mar de Aral ganhou a fama, junto de muitos observadores estrangeiros, de uma calamidade ambiental [Glantz, 1998]. Desde então que os cientistas têm vindo a exigir muito mais energicamente a salvação do Mar de Aral. Infelizmente, por essa altura, já o Mar de Aral estava reduzido a um terço do seu tamanho original. Apesar de ser novamente motivo da comunicação social mundial, e debatido, com uma nova abertura na União Soviética, era uma situação de crise conhecida que estava na agenda dos políticos da Federação por mais de 30 anos.
O Mar de Aral antes de 1960
O Mar de Aral fica situado a aproximadamente 600 km do Mar Cáspio. Costumava haver nele mais de 1.100 ilhas, separadas por lagoas e estreitos apertados, que deram ao mar o seu nome; na língua kasaque, Aral significa 'ilha'. No presente, a Kok Aral, a maior de todas as ilhas (é agora uma península) dispersas pelo Mar de Aral, separa a parte nordeste, chamada Pequeno Aral, da parte sudoeste, chamada o Grande Aral. Esta forma a fronteira natural entre Kasaquistão e Uzbequistão, que partilham entre si o lago. As duas partes estão ligadas pelo estreito de Berg.
O Mar de Aral era, até 1960, o quarto maior lago do mundo, cobrindo uma área de 66 mil quilómetros quadrados, com um volume estimado de mais de 1.000 km cúbicos .
Embora seja chamado um mar, na realidade é um lago terminal, alimentado por dois rios principais: Sirdaria no norte e Amudaria no sul. Este último, o maior rio da região, começa nas montanhas de Kunlun na cordilheira Hindu Cushe, dirige-se para noroeste através dos Montes Pamir e depois passa pelo Kirguizistão, Tadjiquistão, Uzbequistão (que forma fronteira com o Afeganistão) , Turkmenistão, e volta a passar por Uzbequistão antes de entrar no Mar de Aral.
O Sirdaria que começa na base norte das montanhas Tien Shan no Kirguizistão, corre através de Tadjiquistão, Uzbequistão, Kasaquistão e depois entra no Mar de Aral . Por conseguinte, embora o Mar de Aral se situe entre Uzbequistão e Kasaquistão, todos os cinco estados da Ásia Central compartilham a bacia do Mar de Aral, uma área de 690 mil quilómetros quadrados. Os caudais destes dois sistemas fluviais perenes, sustentavam um nível estável no Mar de Aral. Ao longo dos séculos, cerca de metade do caudal dos dois rios alcançou o Mar de Aral. Um vasto delta sustentava uma prolífica atividade pesqueira. No lago, encontrava-se uma variedade de espécies de peixes que eram pescados, incluindo certas espécies que só existiam no Mar de Aral, entre eles o famoso esturjão de Aral. As suas águas alimentavam indústrias de pesca locais com capturas superiores a 40 mil toneladas anuais, enquanto os deltas dos seus principais afluentes abrigavam dezenas de lagos mais pequenos e terrenos alagadiços de grande riqueza biológica . Florestas cerradas de juncos e canas, algumas vezes estendendo-se vários quilómetros em direção ao mar, rodeavam as margens do lago. À volta do lago e no delta fluvial, viviam grandes populações de saikas (antílopes), javalis selvagens, lobos, raposas, almíscares, perus, gansos e patos. O Mar Aral era como um grande oásis no deserto. Durante muitos séculos, as estepes e as regiões semi - desertas abrigaram vários grupos étnicos. Antes da chegada da Rússia imperial, a população que vivia na área do Mar de Aral era, predominantemente, nômade. Este modo de vida era, até certo ponto, essencial, devido às condições de desertificação ambiental. O clima é fortemente continental e a paisagem é do tipo semi – deserto. A precipitação anual é de cerca de 200 mm. Não é possível haver agricultura com esta quantidade de chuva. Somente na zona perto dos dois rios era possível ter agricultura e por esse motivo, as pessoas que estavam afastadas das margens dos rios, viviam unicamente da criação de gado. A primeira tarefa do governo imperial russo foi fixar a população em comunidades agrícolas. Perceberam que uma terra seria boa para agricultura se houvesse água disponível. No final do século XIX, cultivou-se algodão a uma relativamente larga escala quando se introduziram novas tecnologias de irrigação. Foram abertos canais para facilitar o processo de irrigação e uma boa proporção da produção agrícola da Ásia central estava completamente dependente da irrigação. Nos anos que se seguiram à Revolução Bolchevique cresceu o interesse na irrigação dos territórios da Ásia central. A área irrigada foi extensivamente desenvolvida nos começos dos anos 20, pois os soviéticos da altura (bolcheviques) estavam interessados em aumentar a produção do algodão. Em 1918, Lênin emitiu uma proclamação pedindo mais algodão do Turquestão. Para além disto pretendiam também controlar a população rural. Nos finais dos anos 30, sob o comando de Estalin, o ministro soviético da água iniciou um projecto maciço de desvio da água a fim de irrigar as estepes do Uzbequistão, Kasaquistão e Turkmenistão para os preparar para a cultura do algodão. O primeiro grande projeto de irrigação iniciou a operação em 1939 com a construção do canal que rodeava o Vale de Ferghana no Uzbequistão. A caminho dos finais dos anos 40, grandes quantidades de água do Rio Sirdaria foram desviadas para fins agrícolas para Kizil-Orda no Kasaquistão e para uma zona perto de Tashkent no Uzbequistão. A produção agrícola ao longo do Sirdaria foi preparada e iniciada, com trágicas consequências para a cultura nómada kasaque. O programa de propriedade coletiva de Estalin atingiu duramente os kasaques e calcula-se que mais de um milhão de pessoas morreram ou abandonaram a região dirigindo-se para países a sul do Kasaquistão......................................................................................................................leia a história completa desta tragédia, no site:http://resistir.info/asia/mar_de_aral.html
AS TRISTES ALTERAÇÕES...
“Tudo isto (crise sanitária) é o preço excessivo pago com a saúde da população para se ter auto-suficiência em algodão”. Não surpreende que toda a literatura médica local esteja repleta de histórias de deformidades à nascença, incremento de doenças renais e hepáticas, gastrite crônica, crescente mortalidade infantil e taxas de aumento de cancro. As pessoas tiveram também que se adaptar a alterações drásticas no clima. Como já foi observado, nas últimas quatro décadas os verões tornaram-se mais quentes e mais curtos e os invernos mais frios. “As alterações climatéricas não afetam, necessariamente, a propagação da doença, mas tornam a vida muito mais difícil,” diz Darin Portnoy, um especialista ocidental de tuberculose, que trabalha para um projeco do Banco Mundial em Moynaq. “As pessoas concentram-se em locais fechados durante longos períodos. Vivem encerrados e proporcionam a propagação da doença.”
Quando parecia que as coisas não poderiam ficar mais deprimentes surgiu outra exasperante revelação: Foi noticiado de que tinham sido enterrados barris de bactéria de antraz na Ilha de Vozrozhdeniye, situada no Mar de Aral, quando o Uzbequistão fazia parte da União Soviética. Durante o tempo que Mikhail Gorbachev esteve à frente do governo, os serviços de informação de Washington disseram que a União Soviética, contrariamente às suas promessas de respeitar os tratados, estava a produzir armas químicas. Em 1988, os Estados Unidos exigiram inspecionar as instalações químicas soviéticas. Julga-se ter sido ordenado aos cientistas da cidade siberiana de Sverdiovsk, que transferissem centenas de toneladas de antraz para caixas gigantes de aço inoxidável e o regassem com lixívia para matar a bactéria. A mortífera carga foi depois transportada para a ilha no Mar de Aral que tinha sido o local a céu aberto para as experiências de armas biológicas. Contudo, a lixívia não matou completamente a bactéria. Amostras de testes feitos ao solo revelam que alguns esporos continuam vivos. O receio é que a bactéria de antraz enterrada possa ser transportada para os territórios uzbeque e kazaque por lagartos e pássaros. O antraz caracteriza-se por lesões nos pulmões e úlceras no corpo e é transmitido aos humanos per animais através do contato.
Tanto o Uzbequistão como o Kasaquistão pediram ajuda aos Estados Unidos para que se fizesse a determinação do perigo que os seus territórios corriam, uma vez que a Rússia não cumpriu a promessa de Boris Yeltsin em 1992, de fechar e descontaminar o local. Estratégia Regional para a água já em 1982, o governo procurou desenvolver um plano pormenorizado dos recursos hídricos das bacias dos rios Sirdaria e Amudaria e colocou estritas limitações à retirada de água. Pouco tempo depois, foram criadas duas organizações para operar e manter as principais infra-estruturas hidráulicas e controlar a utilização da água. Houve muitas propostas para se transferir água do Mar Cáspio para o Aral.
Um plano de longa duração consistia em desviar as águas dos rios siberianos Ob, Irtysh e Yenisey e canalizá-los para Sul, para a região do Mar de Aral e para o deserto. Após anos de controvérsia este plano foi abandonado devido aos custos e consequências ambientais, mas alguns cientistas locais ainda defendem a ideia.
Outra sugestão era desfazer os glaciares das montanhas Pamir e Tien Shan com explosões nucleares. Estas ideias não eram realistas, especialmente em tempos de crise econômica. Todavia, elas ainda perduram. Com o fim do período soviético, as cinco Repúblicas da Ásia Central (RAC) independentes, estabeleceram uma comissão conjunta para a coordenação da água e para regular a sua distribuição na bacia, consolidando posições próprias para a adoção de estratégias regionais para a água.
Em 1992, foi pedido ao Banco Mundial que coordenasse a ajuda internacional em resposta à crise na bacia do Mar de Aral. Em Setembro do mesmo ano, uma comissão do banco visitou a região e preparou um relatório sobre aquilo que viu. Teve lugar em Washington, em Abril de 1993, uma conferência internacional patrocinada pelo Banco Mundial, Programa Ambiental da Nações Unidas (UNEP) e Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) para discutir a proposta do banco. Estiveram presentes representantes das cinco repúblicas, assim como de outras organizações internacionais e agências de assistência. Com base nas recomendações do Banco Mundial, um grupo que incluía o Banco, o UNEP e o UNDP visitou a região em Maio de 1993 e preparou um programa de assistência financeira em colaboração com as RAC.
Este programa continha 19 projetos para a primeira etapa de um programa de três fases para salvar o Mar de Aral. As RAC, por sua vez, criaram três organizações regionais – o Concelho Interestadual, o Fundo Internacional para o Mar de Aral e a Comissão Executiva – para implementarem o programa. Foi encarada, e em parte implementada, uma maior utilização das águas de drenagem e residuais, assim como a introdução de colheitas mais tolerantes ao sal. Cerca de 6 km cúbicos/ano de águas de drenagens agrícolas e de águas residuais são diretamente reutilizadas para irrigação, enquanto 37 km cúbicos/ano regressam às depressões naturais ou rios, onde são misturadas com água fresca e podem ser reutilizadas para irrigação ou outros fins. O melhor que se espera é conseguir-se alguma estabilidade do lago e a sobrevivência dos dois deltas fluviais. A salvação dos deltas podia levar a uma nova atividade pesqueira comercial. Líderes governamentais afirmaram que a quantidade de terra para algodão será reduzida e que grandes quantidades de água serão bombadas para o Mar de Aral até 2005.
Funcionários da agricultura, contudo, dizem que é impossível demolir o sistema de canais. Muitos agricultores dependem dos rendimentos da cultura do algodão. O governo indicou também que as necessidades dos agricultores de algodão estão em primeiro lugar. A exportação de algodão é uma fonte importante de rendimento. As RAC não querem extirpar a monocultura do algodão e arriscar perder as suas recompensas econômicas. E assim, a maioria dos cientistas acredita que o Mar de Aral nunca irá ser como foi. O futuro do Mar de Aral é, portanto, incerto. A única coisa certa é que o lago é agora uma catástrofe ambiental à medida que o nível de água declina e o ecossistema se degrada, provocando um ambiente de deterioração e condições de vida e de saúde precárias para os povos que vivem nas margens do lago.
É agora impossível prever, com algum rigor, o futuro para o Aral, mas se não se encontrarem soluções apropriadas o nível da água continuará a declinar. Seja qual for o futuro, esta situação de certeza que abriu os olhos aos governos do mundo. É um forte aviso à comunidade internacional e ilustra a rapidez – em menos de 20 anos – como uma tragédia humanitária e ambiental pode ameaçar toda uma região e a sua população. A destruição do Mar de Aral é um exemplo clássico de desenvolvimento não-sustentado.

EMBUSCA DE UM CONSENSO PARA A REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL


Precisamos, urgentemente, de um consenso global, na busca da redução ou estabilização do aquecimento global.

O que temos observado nas reuniões de cúpula entre os países, é um jogo de interesses individuais - ninguém olha o mundo como um todo, mas seus países como focos isolados - quando na verdade isto não funciona assim: O que o Brasil poluir, o resto do planeta irá sofrer e assim continuamente...

Os países precisam desenvolver, claro que sim, mas com muito respeito ao meio ambiente, resguardando e implementando o desenvolvimento sustentável...ISTO É POSSÍVEL!

07/07/2008 - ONU pede aos EUA que lidere luta contra aquecimento global

SAPPORO, Japão (AFP) — O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos que assumam um papel de liderança na luta contra o aquecimento global, em entrevista à AFP no avião a caminho da reunião de cúpula do G8 no Japão.
"Isso é o que toda a comunidade internacional espera dos Estados Unidos", insistiu Ban.
Os Estados Unidos são o único grande país industrializado que não aderiu ao Protocolo de Kyoto, já que reclamam um compromisso maior dos países emergentes na redução de gases de efeito estufa.
"Sei que os chineses e indianos também estão comprometidos neste processo. Fiquei animado com o que me disseram os líderes chineses", afirmou, referindo-se ao encontro que manteve com o presidente Hu Jintao durante uma visita a Pequim na semana passada.
O G8 - integrado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia - manterá na quarta-feira uma sessão ampliada com líderes de países emergentes, mas os especialistas nào esperam decisões nessas negociações sobre o clima.
"Acho que temos tecnologia, capacidade financeira e consenso de que a mudança climática é real. O que falta, principalmente, é a vontade política", queixou-se Ban.
Os dirigentes "têm tendência a olhar seus problemas nacionais em primeiro plano. Estão muito preocupados com a opinião pública nacional, sendo difícil para eles considerar todos esses problemas mundiais".
O Japão, que preside este ano o G8, pretende fazer do aquecimento global uma prioridade da reunião de Toyako, mesmo que nenhuma medida espetacular seja esperada em relação a esse tema.
A cúpula do G8 e os outros países convidados têm ambições mínimas. O primeiro-ministro japonês Yasuo Fukuda pretende apenas estabelecer a definição de um "objetivo comum", provavelmente sem uma meta estipulada de redução des emissões poluentes.
O governo do presidente americano George W. Bush recusa qualquer compromisso que não envolva também as economias emergentes.
Ele considera também que o G8 não é o fórum adequado para discutir mudanças climáticas porque não inclui os gigantes emergentes como a China, que assumiu a liderança do ranking dos maiores poluidores em 2007, ou a Índia.
Durante a entrevista, Ban rejeitou esse argumento.
"A questão não é saber quem deve ser o primeiro e quem deve vir em seguida. Pelo contrário, é desejável que os países industrializados tomem a iniciativa e dêem o exemplo", afirmou.
"Sei que os chineses e os indianos também estão envolvidos nesse processo. Acho encorajador o que os dirigentes chineses me disseram", acrescentou.
Durante uma entrevista coletiva à imprensa concedida antes da abertura da reunião de Toyako, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, também pediu um engajamento mais determinado baseado em objetivos precisos de reduções de emissões poluentes.
"É importante aceitar o princípio de um objetivo a médio prazo antes de 2050", disse. "Considerar seriamente não é o bastante, precisamos de uma decisão, precisamos de um engajamento com base em objetivos de longo prazo", ressaltou o presidente da Comissão Européia.
Durante sua reunião anterior em Heiligendamm, na Alemanha, em junho de 2007, os países do G8 chegaram a um acordo mis acordo para "considerar seriamente as decisões tomadas pela União Européia, pelo Canadá e pelo Japão que prevêem uma redução em pelo menos a metade das emissões globais (de gases do efeito estufa) até 2050", sem anunciar, entretanto, uma meta concreta comum.

18 julho 2008

O NOVO MINISTRO E O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA - BRASIL



27/05/2008 - 'FT': Especialista vê 'erro' em uso de fotos do INPE para avaliar desmatamento

As medidas propostas pelo governo para diminuir o desmatamento da floresta amazônica estão "erradas", disse um cientista apresentado pelo jornal britânico Financial Times como "um dos maiores especialistas sobre a floresta tropical" que "estuda a Amazônia há 20 anos".

Em entrevista ao FT (Folha da Tarde), Daniel Nepstad, do Centro de Pesquisas Woods Hole, nos Estados Unidos, afirma que o uso das imagens de satélite produzidas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para medir o nível de desmatamento da floresta pode provocar uma "nova onda de anarquia".

"O novo ministro do Meio Ambiente do Brasil toma posse em meio a uma disputa sobre o aparente aumento do desmatamento na região da Amazônia", diz o FT.

"A disputa envolve dados de satélite sobre desmatamento e medidas punitivas baseadas nos dados, adotadas pelo governo contra pecuaristas e fazendeiros nas regiões mais afetadas.

"Nepstad disse ao jornal que as imagens são imprecisas e só deveriam servir como base para a verificação in loco do desmatamento em si.

"Definir medidas do governo com base em dados tão incertos é simplesmente errado", disse ele ao FT.Segundo o jornal, o governo vê a pressão sobre os fazendeiros como essencial para combater o desmatamento, mas para Nepstad, ela pode estar tendo o efeito contrário.

"Houve uma batalha infeliz entre o governo e o setor dos fazendeiros desde a liberação dos dados do fim de 2007", disse o pesquisador, se referindo ao anúncio de que o desmatamento tinha voltado a crescer depois de anos em declínio.

"Baseado nesse dados preliminares, o governo anunciou em janeiro medidas punitivas contra pecuaristas e fazendeiros nos locais com taxa mais alta de desmatamento. A partir de julho, será cortado o financiamento subsidiado para fazendeiros que não conseguirem provar que suas propriedades estão dentro da lei ou que estão adotando medidas para cumprir a determinação legal. Isto inclui a preservação da floresta em 80% de sua propriedade", diz o FT.

De acordo com o jornal, esta exigência foi criada na última década, mas a maioria dos produtores já havia violado a lei, ou decidiu ignorá-la.

"A qualidade dos dados e o tamanho do aumento (do desmatamento), se existir, não justificam as medidas punitivas, que terão criminalizado um setor no meio de uma grande experiência", disse o especialista, se referindo à moratória da soja, que levou comerciantes a parar de comprar soja colhida em áreas desmatadas desde 2006.

O especialista ainda defende a proposta de lei a ser votada pelo Congresso - à qual o governo se opõe - que diminui para 50% a área a ser preservada pelos fazendeiros em suas propriedades.

"Se houver benefícios econômicos claros para aqueles que cumprirem a determinação no nível de 50%, o resultado poderia ser um declínio no desmatamento", afirma Nepstad.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo

DESMATAMENTO BRASIL - AS MEDIDAS IMPERIOSAS


País terá meta contra desmate, diz secretária
Suzana Khan assume área de clima no ministério

CLAUDIO ANGELO - EDITOR DE CIÊNCIA

O Brasil deverá ter metas de redução de desmatamento em seu Plano Nacional de Mudança Climática, a ser concluído em setembro. A promessa é da recém-nomeada secretária nacional de Mudança Climática, Suzana Kahn Ribeiro.

"É possível o Brasil fixar um objetivo interno de redução de desmatamento", afirmou. "Não sei se vamos usar a palavra "metas", porque isso virou um palavrão. Mas, se não tivermos algum tipo de objetivo, o plano não é um plano.

"Professora da Coppe-UFRJ e membro do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), Ribeiro ocupava a secretaria estadual de clima do Rio. Ela assume o cargo no Ministério do Meio Ambiente em substituição a Thelma Krug, também do IPCC.

O corte de florestas na Amazônia é responsável por cerca de dois terços das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. No entanto, a adoção de metas de redução de desmatamento no âmbito de um plano contra o aquecimento global sempre foi controversa no governo, porque ainda não se sabe se o país é capaz de controlar a derrubada -como demonstra a reaceleração do desmatamento a partir do fim do ano passado.

O máximo que o país propôs até agora foi uma compensação voluntária, que seria dada por nações desenvolvidas caso o Brasil conseguisse reduzir o desmatamento abaixo de um dado patamar.Fixar uma meta (ou "objetivo") de redução do desmate no plano do clima significa que o país aceitará não apenas dinheiro externo para reduzir o desmatamento, mas também escrutínio externo -e cobrança caso não consiga fazê-lo. Isso porque no ano passado, na conferência do clima de Bali, o Brasil se comprometeu a adotar medidas "mensuráveis, reportáveis e verificáveis" contra o aquecimento global.Ribeiro também diz que quer adotar metas setoriais de corte de gases-estufa nas áreas de transportes e geração de energia, medida que começou a implementar no Rio.

"Há medidas que podem ser implementadas a curto prazo, como a etiquetagem veicular. O carro sai de fábrica com um selo que indica seu consumo."Combinando com o estilo assumidamente performático do ministro Carlos Minc, a nova secretária, além de cientista, é cantora. Sua banda, "The Potentials", é formada por pesquisadores do IPCC e já tem o próximo show marcado: para 1º de setembro, em Genebra, no aniversário de 20 anos do painel.
Fonte: Folha de São Paulo

17 julho 2008

RIO NILO - A IMPORTÂNCIA DESTE FABULOSO CURSO D`ÀGUA







O rio Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e desagua no Mar Mediterrâneo.
A sua
bacia hidrográfica ocupa uma área de 3 349 000 km2 abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egipto. A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6.852,15 km.
É formado pela confluência de três outros rios, o
Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão.
Muitos geógrafos deixaram de o considerar como o maior rio do mundo, perdendo o posto para o
rio Amazonas, com cerca de 6.992,06 km de extensão.
O Nilo Vitória
O Nilo propriamente dito começa em
Jinja (Uganda), na borda norte do Lago Vitória, correndo para norte através das quedas Ripon (que deixaram de existir desde a construção da barragem de Owen Falls em 1954), passando pelo Lago Kioga e pelo Lago Alberto. O ramo entre estes dois rios é conhecido como o Nilo Vitória.
O Nilo Alberto
A partir do Lago Alberto e até
Númula, no Sudão, o Nilo recebe a designação do Nilo Alberto.
O Al-Jabal
Em Númula e até se encontrar com o rio Sobat (um pouco acima de Malakal) o Nilo é conhecido como o Bahr al-Jabal, o Rio Montanhoso. Torna-se então mais sinuoso, recebendo junto ao Lago No o rio Al-Ghazal (Gazela) como afluente. Porém, antes disso, o Nilo passou por entre um pântano, o Sudd.
O Nilo Branco e o Nilo Azul
Entre Malakal e Cartum, o Nilo é conhecido como o Nilo Branco. Em
Cartum o Nilo Branco recebe as águas do Nilo Azul, oriundo dos altos planaltos da Etiópia.
A 322 quilómetros a norte de Cartum, o Nilo recebe o seu último grande afluente, o
rio Atbara, oriundo igualmente do planalto abissínio. O rio avança então pelos penhascos da região da Núbia até chegar a Assuão no Egipto. A partir de Assuão o vale alarga até se atingir o Delta, que se inicia um pouco a norte da cidade do Cairo.
Delta do Nilo
O
Delta do Nilo é uma região plana com um forma triangular, apresentando 160 km de comprimento e 250 km de largura. No Delta o Nilo bifurca-se em dois canais que levam as suas águas para o Mediterrâneo: a oeste, o canal de Roseta, e, a leste, o de Damieta.
Cataratas do Nilo
O Nilo possui várias cataratas, mas na Antiguidade distinguiam-se seis cataratas clássicas do Nilo que estavam situadas entre Assuão e Cartum.
A primeira catarata situa-se em Assuão, constituindo hoje em dia a única catarata do Nilo em território egípcio. Esta catarata era na Antiguidade a fronteira sul do
Antigo Egito, pois a partir dali começava a Núbia.
A segunda catarata, perto de Uadi Halfa, encontra-se hoje submersa. O faraó
Senuseret III ordenou a construção nas suas redondezas das fortalezas de Semna e Kumma.
Barragens do Nilo
Ao longo do curso do Nilo existem algumas barragens, sendo uma das mais importantes a Grande Barragem de Assuão.
Entre 1899 e 1902 construiu-se, com recurso a capitais ingleses, a primeira barragem de Assuão, que foi alargada em 1911 e 1934.
Entre 1959 e 1970 construiu-se a
Barragem de Assuã, a cerca de oito quilómetros da primeira barragem, graças ao apoio fornecido pela União Soviética.
Estudo e exploração do Nilo
Margem esquerda (ocidental) do rio Nilo, entre Edfu e Kom Ombo
Julga-se que os Antigos
Egípcios conheciam o Nilo até ao ponto de confluência do Nilo Branco com o Nilo Azul, em Cartum. Embora não tenham explorado o Nilo Branco, acredita-se que conheceriam o Nilo Azul até à sua nascente no Lago Tana.
Em meados do
século V a.C., o historiador grego Heródoto realizou uma viagem ao Egipto, tendo percorrido o rio até Assuão, a fronteira tradicional do Antigo Egipto.
No século II a.C.
Eratóstenes desenhou um mapa que mostrava de forma bastante precisa o percurso do Nilo até Cartum, no qual também se mostravam dois afluentes, o Atbara e o Nilo Azul. Eratóstenes foi o primeiro a postular que a nascente do Nilo estaria em lagos equatoriais.
Em 25 a.C. o
geógrafo Estrabão e Aelius Gallus (governador do Egipto romano) exploraram o Egipto até Assuão. Estrabão descreveu também o rio no Livro 17 da sua Geografia, aludindo às teorias de Eratóstenes.
Em
66 d.C., na época do imperador Nero, o exército romano tentou encontrar a nascente do rio. Porém, e segundo Séneca, o pântano do Sudd, impediu o exército de avançar. Ainda no século I um mercador grego chamado Diógenes relatou ao geógrafo Marino de Tiro que durante uma viagem pela costa oriental africana decidiu penetrar pelo continente, tendo ao fim de vinte e cinco dias chegado junto a dois grandes lagos e a uma cadeia de montanhas cobertas de neve de onde o Nilo nasceria. No século II Ptolomeu utilizou esta informação para fazer um mapa onde se mostrava o Nilo Branco a nascer desses lagos, que recebiam as suas águas das Montanhas da Lua (Lunae Montes). É provável que estas montanhas sejam os montes Ruvenzori, situados entre o Uganda e o Zaire.
No
século XII, Muhammad Al-Idrisi atribui como nascente do rio Nilo e do rio Níger um lago. No século XVI conhece-se uma expedição árabe que procurou atingir as nascentes do Nilo pelo Sahara e Sudão.
Em
1618 o jesuíta Pero Pais (ou Pedro Páez) foi o primeiro europeu a localizar as nascentes do Nilo Azul no Lago Tana, tendo falecido na Etiópia vítima de malária. Em 1770 o escocês James Bruce realizou uma viagem de exploração do Nilo Azul no Lago Tana, ficando com a fama de descobridor da sua nascente, embora como exposto o jesuíta ali chegou primeiro.

Cais da cidade de Kom Ombo, na margem direita do rio Nilo
A partir do ano de
1821 o vice-rei do Egipto Mehmet Ali e os seus filhos seriam responsáveis por várias viagens de exploração do Nilo.
Em Dezembro de
1856, Richard Francis Burton convidou John Hanning Speke para participar numa expedição aos grandes lagos da África Oriental. Em resultado da expedição Burton e Speke tornaram-se os primeiros europeus a chegar ao Lago Tanganica em Fevereiro de 1858. Na viagem de regresso Speke viajou em sentido norte e descobriu o Lago Vitória (que recebeu este nome em honra da rainha Vitória) e que considerou como nascente do Nilo.
Em
1860, sob os auspícios da Royal Geographical Society, Speke realiza uma nova expedição à região acompanhado por James Grant, da qual resultaria a descoberta do rio Kagera e do local de saída do Nilo a partir do Lago Vitória (as Quedas de Ripon, 1862).

Fonte: Wikipedia

CAMINHANDO COM E PELA NATUREZA - TRILHA

Estas dicas maravilhosas e importantíssimas, foram copiadas do blog do meu amigo Iberê Thenório, do blog linkado ao lado: "Atitudeverde"...é muito interessante...façam uma visitinha.

Trilha ecológica
Iberê Thenório

Não há nada melhor do que andar no meio do mato, sob a sombra das árvores e o assobio dos pássaros, matando a sede num córrego e se refrescando em uma cachoeira, não é mesmo?
Mas fazer trilha, apesar de ter toda essa aura de esporte ecologicamente correto, também traz seus danos se não tomarmos alguns cuidados.
Depois de muito Google e dezenas de quilômetros percorridos no restinho que nos sobrou de mata preservada, selecionei algumas dicas valiosas para quem quer curtir a natureza sem destruí-la:
1. Antes de sair de casa, coloque na mochila um saco de lixo. De preferência dois ou mais. Descubra mais embaixo o porquê.
2. Ande em grupos pequenos. Faz menos barulho e evita que as pessoas se dispersem na mata.
3. Não invente caminhos novos. Abrir atalhos estraga plantas, causa erosão e destrói a casa de animais. Manter-se na trilha, além de ser mais seguro, evita que a floresta seja tomada por rastros humanos.
4. Evite o uso de sabonetes. Cachoeira não é banheira. O sabão quebra a tensão superficial da água e atrapalha a vida dos animais.
5. Cobras, ratos e aranhas estão no doce conforto dos seus lares. O invasor é você. Portanto, deixe-os em paz.
6. Na hora de fazer cocô, guarde o papel higiênico usado dentro do segundo saquinho de lixo que você irá levar. E não se esqueça de imitar o seu gato e cobrir com terra os seus restos.
7. A terceira sacolinha servirá para levar embora o lixo que pessoas menos conscientes que você largaram no meio do caminho.

16 julho 2008

A AMAZÔNIA CONTINUA SENDO DESMATADA

17/06/2008 - Relatório coloca Rondônia como "campeão do desmatamento" e culpa governo estadual
Camilo Rocha
Em São Paulo
Um relatório divulgado nessa segunda-feira (16/6) denuncia a continuada e desimpedida devastação da floresta amazônica em Rondônia. Segundo o dossiê "O Fim da Floresta?", preparado pela ONG Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA), o governo do estado é o principal responsável pelo desmatamento da região, seja através de propriedades irregulares da família do governador Ivo Cassol (sem partido), seja por fazer vista grossa ao desrespeito generalizado às áreas preservadas do estado. Segundo o documento, "o clima de impunidade contribui para o avanço do desmatamento". O governo de Rondônia nega as acusações.Citando dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de que o desflorestamento acumulado no estado chegou a quase 9 milhões de hectares em julho de 2007 (mais de um terço de sua área total), o relatório do GTA conclui que esse número coloca Rondônia "à frente de vizinhos como Pará e Mato Grosso, considerados 'campeões do desmatamento'. Da superfície originalmente coberta por florestas - 202.776 km2, aproximadamente 44,33% foram desmatados até julho de 2007."Rondônia possui diversos tipos de áreas destinadas à preservação ou à exploração sustentável: Reservas Extrativistas (Resex), Florestas Nacionais (Flonas), Florestas de Rendimento Sustentável (Fers), Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCs), Áreas de Uso Especial e terras indígenas. Segundo o relatório do GTA, todas têm sido alvo de ações predatórias.Governo vilãoO relatório coloca o governo de Rondônia como principal vilão da situação. Entre outras acusações, ele não teria definido claramente "as diretrizes para a implementação das Fers, o que, conjugado à falta de ações de implantação, políticas governamentais que desrespeitam sua existência e a ambigüidade na legislação sobre critérios necessários para justificar a redução e supressão de UCs, levou à eliminação, pela lei da segunda aproximação do zoneamento em 2000, de oito Fers, com um total de 1.141.819 hectares, 77% da área total originalmente criada."O GTA denuncia que a família do governador Cassol possui "várias" fazendas localizadas no Vale do Guaporé, numa Área de Uso Especial conhecida como Zona 2, que é uma região de preservação que prevê uso sob manejo sustentável. "A maior parte das terras pertencia à Fers Rio Mequéns, que 'sumiu' do mapa na segunda aproximação do zoneamento, após ser invadida por fazendeiros. Além de manter pastagens ilegalmente em áreas de preservação permanente e na faixa de proteção constitucional do Rio Guaporé, a família Cassol obteve junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) o licenciamento ambiental de algumas das propriedades em nome do filho do governador, Ivo Cassol Júnior, com reserva legal contemplando 50% da área do imóvel."MadeireirasA ação das madeireiras também é destacada no relatório da ONG, que as acusa de "estar saqueando áreas previstas para auto-sustentação." Um exemplo seria a área de Rio Preto-Jacundá. Criada em 1989 como "Floresta Estadual Extrativista", foi diminuída ilegalmente em 89% graças a um decreto estadual de 1996. Dados oficiais indicam que 2.5% de sua área total já foi desmatada, mas que "a exploração ilegal de madeiras por corte seletivo é responsável pela degradação de uma área bem superior." Outra reserva, a de Jaci-Paraná, já teve 20% de sua área total, ou 37,5 mil hectares, derrubados até julho de 2007.A Sedam também teria concedido permissão para a empresa WoodShopping explorar madeira dentro da reserva de Rio Preto-Jacundá. "Mais de 10 mil metros cúbicos de madeira já foram retirados da reserva", afirma o documento, que informa que o dono da empresa é Avalone Sossai de Farias, presidente do Sindicato das Madeireiras de Ariquemes e da federação das indústrias do mesmo município.As madeireiras são citadas ainda como sendo "o principal problema para a comunidade indígena". No caso da reserva de Sete de Setembro, aproximadamente sete mil hectares foram desflorestados nos últimos anos por "grandes grupos madeireiros." Sobre outra reserva, Rio Branco, é citado um levantamento da Funai de 2002 que diz que depois de extinguir o mogno na região, "os madeireiros passaram à exploração ilegal de cerejeira, ipê e outras madeiras com valor no mercado".O documento afirma também que a tribo Cinta Larga "é constantemente submetida a constrangimentos pelos policiais das bases de fiscalização." Estes estariam coniventes com mineradores, garimpeiros e contrabandistas envolvidos "no comércio de 'diamantes de sangue'". O relatório diz que "estima-se que os negócios do crime organizado nas terras Cinta Larga superem os US$ 5 bilhões anuais".Governo de Rondônia se defendePor meio de sua assessoria de imprensa, o governo de Rondônia rejeitou as acusações do relatório do GTA.Para a administração estadual, boa parte dos problemas apontados são de responsabilidade do governo federal. "As áreas que atualmente estão sofrendo desmatamento pertencem, na grande maioria, à União, como as Florestas Nacionais e Áreas Indígenas, onde o Governo do Estado não pode, por lei, agir para impedir qualquer ação neste sentido", contestou a nota oficial. Para o governo local, Brasília não exerce a fiscalização necessária.Continua a nota: "O desmatamento nas áreas de domínio do estado caiu substancialmente nos últimos anos, graças às políticas de fiscalização adotadas pela Sedam, que coíbe o desmatamento e age de maneira enérgica, na forma da lei, para impedir crimes ambientais." O texto também ressaltou que em junho tem início uma campanha publicitária estadual para informar a população sobre a importância da preservação da floresta e o risco de queimadas.
Foto: http://noticias.uol.com.br/politica/ultnot/2008/06/17/ult3453u293.jhtm

A POLUIÇÃO DOS RIOS


Poluição - Durante séculos o homem utilizou os rios como receptores dos esgotos das cidades e dos efluentes das industrias que reúnem grande volume de produtos tóxicos e metais pesados. Essa prática resultou na morte de enormes e importantes rios - no estado de São Paulo o maior exemplo é rio Tietê que corta o estado de leste a oeste, com 1.100 quilômetros de extensão, seguido dos rios Jundiaí, Piracicaba, Pinheiros e outros bastante degradados e castigados pela poluição. Além da poluição direta, por lançamento de esgotos, falta de sistemas de tratamento de efluentes e saneamento, há a chamada poluição difusa, que ocorre com o arrasto de lixo, resíduos e diversos tipos de materiais sólidos que são levados aos rios com a enxurrada. Ao "lavar a atmosfera", a chuva também traz poeira e gases aos corpos d'água. Nas zonas rurais, os maiores vilões da água são os agrotóxicos utilizados nas lavouras, seguidos do lixo que é jogado nas águas e margens de rios e lagos, além das atividades pecuárias como a suinocultura, esterqueiras e currais, construídos próximos aos corpos d´água. Há ainda os acidentes com transporte de cargas de resíduos perigosos e tóxicos, rompimento de adutoras de petróleo, óleo, de redes de esgoto e ligações clandestinas. Em algumas regiões, as fossas negras e os lixões podem contaminar os lençóis de água subterrânea.

Foto: Rio Piracicaba

15 julho 2008

O BRASIL E A EVOLUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

Dimensão ambiental: progresso menor e ainda lento

Com 23 indicadores, divididos segundo os temas atmosfera; terra; água doce; oceanos, mares e áreas costeiras; biodiversidade e saneamento, a dimensão ambiental do IDS é a que mostra o maior número de indicadores ainda negativos ou que se mantêm numa evolução lenta. Além da atualização das informações publicadas em 2004, foi incorporado o dado sobre a emissão de gases do efeito estufa, a partir do inventário publicado em 2004 pelo governo brasileiro. Dentre os indicadores positivos, podem-se destacar a redução de consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio e o aumento do número de unidades de conservação (UCs) e de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Os focos de incêndios também sofreram redução entre 2004 e 2006, e a poluição atmosférica mantém sua tendência estacionária, exceto pelo ozônio (O3), cuja concentração continua aumentando. Já a poluição dos rios que cortam as maiores regiões metropolitanas e a das praias mantêm seus níveis elevados, enquanto as quantidades de fertilizantes e agrotóxicos usados na agricultura cresceram, e as apreensões de alguns animais que seriam comercializados ilegalmente também aumentaram.

Por fim, indicadores como o desmatamento na Amazônia1, que vinham melhorando, sofreram revezes no período mais recente, ao que tudo indica em conseqüência do próprio crescimento econômico.
Consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio cai 87% de 1992 a 2006

O consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio (O3)2 vem sendo reduzido, de forma geral, em todo o mundo. No Brasil, esse consumo anual (produção + importações – exportações) tem caído aceleradamente, superando inclusive as metas: diminuiu 87% entre 1992 e 2006, passando de 11.198 para 1.431 toneladas de potencial de destruição do ozônio (PDO), segundo informações do Núcleo de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente.

A camada de ozônio é fundamental à manutenção da vida na Terra, pois absorve a maior parte da radiação ultravioleta B (UVB) que chega ao planeta, altamente nociva aos seres vivos, podendo causar doenças como a catarata, mutações, cânceres e, em doses mais altas, a morte dos organismos. O Protocolo de Montreal (1987) propôs a redução do consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio até sua eliminação ou sua substituição por compostos inofensivos.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia

O QUE É A COMISSÃO BRUNDTLAND E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


O que é Desenvolvimento Sustentável
A partir da segunda metade do século XIX, a degradação ambiental e suas catastróficas conseqüências, em nível planetário, originaram estudos e as primeiras reações no sentido de se conseguir fórmulas e métodos de diminuição dos danos ao ambiente. Em 1948, autoridades reconheceram formalmente os problemas ambientais, na reunião do Clube de Roma, que constatou a falência dos recursos naturais e solicitou o estudo intitulado Limites do Crescimento, liderado por Dennis Meadows.
Esse diagnóstico mostrou que a degradação ambiental decorre, principalmente, do descontrolado crescimento populacional e da superexploração dos recursos naturais e que se não houver estabilidade populacional, econômica e ecológica, tudo um dia acabará. Esses estudos lançaram subsídios para a idéia desenvolvimento aliado a preservação.
Com a intenção de discutir e encontrar soluções para esse problema a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu a Conferência de Estocolmo, em 1972. Como resultado, houve a criação da Declaração sobre o Ambiente Humano, que introduziu na agenda política internacional a dimensão ambiental como condicionadora e limitadora do modelo tradicional de crescimento econômico e do uso dos recursos naturais. Ela determinou ao mundo que "tanto as gerações presentes como as futuras tenham reconhecido como direito fundamental a vida num ambiente sadio e não degradado".
Novo conceito
De acordo com a ex-primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, que presidiu a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987, o desenvolvimento sustentável "satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades". Ou seja, é o desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades garantindo mais saúde, conforto e conhecimento, sem exaurir os recursos naturais do planeta.
Para isso, todas as formas de relação do homem com a natureza devem ocorrer com o menor dano possível ao ambiente. As políticas, os sistemas de produção, a transformação, o comércio, os serviços - agricultura, indústria, turismo, mineração - e o consumo têm de existir preservando a biodiversidade.
Comissão Brundtland
Em 1983, a Organização das Nações Unidas criou a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida por Gro Harlem Brundtland, com os seguintes objetivos:
Reexaminar as questões críticas relativas ao meio ambiente e reformular propostas realísticas para abordá-las;
Propor novas formas de cooperação internacional nesse campo de modo a orientar as políticas e ações no sentido das mudanças necessárias, e dar a indivíduos, organizações voluntárias, empresas, institutos e governos uma compreensão maior desses problemas, incentivando-os a uma atuação mais firme.
Em 1987, a comissão recomendou a criação de uma nova carta ou declaração universal sobre a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável - o Relatório Brundtland. Publicado com o título “Nosso Futuro Comum”, o documento propôs integrar o desenvolvimento econômico à questão ambiental, surgindo não apenas um novo termo, mas uma nova forma de progredir. Para isso, o governo deve adotar as seguintes medidas:
Limitar o crescimento populacional;
Garantir a alimentação em longo prazo;
Preservar a biodiversidade e os ecossistemas;
Diminuir o consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis;
Aumentar a produção industrial nos países não-industrializados à base de tecnologias ecologicamente adaptadas;
Controlar a urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores.
No nível internacional, as metas propostas pelo Relatório sugerem que as organizações do desenvolvimento devem adotar a estratégia de desenvolvimento sustentável; a comunidade internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais como a Antártica, os oceanos, o espaço; as guerras devem ser banidas e que a ONU deve implantar um programa de desenvolvimento sustentável.

14 julho 2008

O SAHEL AFRICANO

Foto: A millet field during the dry season, after the farmer has cleared it from remaining millet stalks. The picture is from Dalli, ca. spring 1990. Its waypoint is 14º51'10" North and 8º52'00" East, which is about 60 km south of the pictures from the 'green belt' above.

Desertification - a threat to the Sahel

Written: August 1994

For reference: Eden Foundation, Sweden (1994:1)

The Lost Treasures of Eden
Land covers 14.9 billion hectares of the earth's surface. A UNEP (United Nations Environmental Programme) study shows that 6.1 billion hectares are dryland of which 1 billion hectares are naturally hyperarid desert. The rest of the dryland has either become desert or is being threatened by desertification. One quarter of the world's population inhabit the drylands and depend on this area for their livelihood.
The desert itself is a somewhat stable environment. The landscape varies from flat terrain to lofty sand dunes and mountains. Extreme aridity and powerful winds characterise the Sahara Desert. These winds reach 100km/h, carry sand long distances, erode rocks and reduce visibility to zero in severe storms. Unprotected car windows become 'frosted' and car paint is quickly removed in such storms. Ozenda mentions that the Sahara boasts the highest shade temperature recorded in the world - 58°C in a locality in Libya - and the average maximum for the hottest month reaches 45°C in several places. Many locations experience an average annual rainfall below 25mm. Sand dunes move during violent storms and would be a huge threat if they reached farmers' fields. Deserts generally support a very sparse vegetation cover and this is certainly true of the Sahara. Wild animals live off the meagre resources and have special mechanisms to conserve water. Pastoralists use the desert where possible for grazing while isolated oases sustain date palms and other thirsty crops. These small pockets of human activity are minute compared to the vast expanse of the desert.
The misconception that the Sahel is directly exposed to the Sahara has been widely accepted. The Sahara is sometimes pictured as a sea of sand dunes washing onto the Sahel exposing farmers to waves of sand that roll in from the desert, yearly swallowing large chunks of farming land. If true it would be understandable that projects plant green belts in order to defend the Sahel from the invasion. In reality the situation is much more complex. In some places such as parts of North Africa and Mauritania the Sahara directly threatens farming land. However in Niger the pastoral zone to the north of Tanout (the town 13km N. of Eden's field station) is well vegetated with many bushes and trees. It is in fact a natural green belt that protects farmers from the Sahara.

This zone is species rich and many perennials growing there produce food in abundance. Several species grow larger there despite the lower rainfall than in the agricultural zone. The fauna includes gazelles and desert partridges. The vegetation protects the environment so little wind or water erosion occurs. A UNEP publication confirms that the natural green belt extends across the Sahel. It exists because it is closer to the desert than the agricultural zone and therefore too dry for sustainable millet production. Careless use, however, could easily destroy this zone.
From the natural 'green belt' north of Tanout, two pictures taken in November 1993 from the same spot in different directions. The waypoint of the location is 15º25'55" North and 8º5'6" East.

The agricultural zone to the south of the natural green belt also used to be species rich. Farmers in Dalli remember when it was well vegetated. "Only 100 years ago," says Malam Garba, aged 77 from Dalli, "villagers used to hunt many wild animals such as antelope, monkey, wolf, fox, squirrel, rabbit and even elephant." Malam Garba and his brother harvested 700 baskets of millet from their field 40 years ago which provided a surplus for both their families. Many trees and shrubs surrounded their fields including edible species. Villagers did not need to cut down trees for firewood because enough dead wood was available. Noumau, aged 45, comes from a village NW. of Tanout. His grandparents used to hunt lion, elephant, giraffe, ostrich, addax, antelope and deer for meat and hides. During his parents' lifetime both hunting and agriculture were practised, but hunting was more important.

Nowadays the wind easily erodes the soil because there is little vegetation, so the landscape is brown and desolate for most of the year. Loose sand even moves onto the road.
A millet field during the dry season, after the farmer has cleared it from remaining millet stalks. The picture is from Dalli, ca. spring 1990. Its waypoint is 14º51'10" North and 8º52'00" East, which is about 60 km south of the pictures from the 'green belt' above.
Malam Garba says that rains are lighter and more erratic than before. The daily showers that used to fall during a 25 day period in the rainy season have now ceased. Noumau explains that farmers in his village cultivate millet, irrigate winter cash crops and hunt only a little for deer. Nowadays Malam Garba's field is three times larger, but his harvest is only 1/7 of what it used to be 40 years ago.

This is just sufficient for his family. The lower yields have been caused by the destruction of perennials that used to shelter the annuals and contribute to soil fertility.
Decimation of vegetation is a widespread problem that extends far beyond Dalli. According to National Geographic trees once protected Khuwei village in western Sudan. These days the grain yields are insufficient and a villager talks of always being hungry. Sand dunes even rise to roof level. These dunes did not blow in from the Sahara, 200km away, but have formed from eroded soil inside the agricultural zone where the trees have been cut down. The threat to Dalli and Khuwei farmers does not come from the Sahara Desert itself but from desertification within the agricultural zone.
Desertification is a man-induced process that leads to soil nutrient depletion and reduction of biological productivity. In the Sahel slashing and burning of natural forest and bushland in order to clear land for annual agriculture is the main cause of this destruction. Farmers continue to degrade their environment in the agricultural zone even after the decimation of perennials. A few months after harvest, farmers cut the millet stalks and burn them leaving their fields exposed to strong winds until the next sowing season. These winds blow away the top soil, uproot seeds and seedlings and suffocate seedlings and plants where soil later accumulates. The Director of the National Department of the Environment in Niger said at the Direct Seeding seminar in Zinder that 250,000 hectares are being lost each year in Niger through desertification. This is equivalent to 2,500 km², an area about the same size as Luxembourg. The Department of the Environment, Zinder, explained that firewood destined for Zinder town is collected up to 200 km away.Many people are concerned about the unsustainable slash-and-burn of rain forests in Brazil and its terrible effects on the local population through soil fertility loss. But few know about the similar destruction in the Sahel even though the consequences are just as dire for the Sahelians. Projects have tried to revegetate the region themselves but it is too vast. It is more appropriate for farmers to revegetate their own land as they are cultivating throughout the Sahel and can cover the area more effectively.
Delehanty shows in his study of central Niger how annual agriculture contributes to the process of desertification. He links this process to events that took place during the colonial period. The colonial administration wanted to make Niger profitable and saw peanut cultivation for export as a means of doing this. (The level of taxation was loosely linked to peanut prices, so increases in peanut prices resulted in higher taxes paid to the administration in southern Niger.) Central Niger was seen as a granary to feed the peanut cultivators of the southern part of the country. During the 1920's peanut seeds were distributed to farmers and the colonial administration licensed private firms to set up a peanut marketing network. Peanut exports from the Zinder region rose from 4,500 metric tons in 1928, to 78,900 metric tons in 1970. Peanut exports from the Tessaoua area (near Zinder) also increased rapidly until 1970 but then declined due to lower prices and appearance of a disease. Meanwhile millet cultivation replaced peanuts and rose from 72,000 hectares in 1970 to 162,000 hectares in 1980. (According to Gillet millet fields occupied 80% of the area by 1981 in the Zinder region.) The expansion of annual cropping has resulted in a rapid decline of stable perennial vegetation and desertification over wide areas. An area of species rich woodland called Dana in the Tanout region (near Gangara) covered several hundred hectares in 1952 and villagers were hunting wild animals. In 1960 there were monkeys in Dana, but by the mid 1980s only relics of this woodland remained. Gillet states that in 1964, the tree species Terminalia avicennioides was plentiful around Maradi (south of Dana), but had become extinct in Niger by 1981. Delehanty cites a report by the colonial administration from the Zinder Department in 1951 expressing concern over the expansion of annuals at the expense of bush and forest, resulting in impoverished soils and extension of sand dunes. The report added that they may have to give up peanut production. This warning was clearly ignored.
It is also alarming how over-optimistic projects have mechanically cleared large areas of the green belt of all vegetation in order to make way for annual crops. Local villagers recently grew millet in one such area but then abandoned the land leaving it totally bare because it was too far north for sustainable millet production. If they continue this practice, breaches will be made in the green belt. The desert will advance very quickly into the agricultural zone through the breaches leading to desert encroachment, which is the invasion by the desert onto agricultural land.

Some projects plant green belts in order to protect agricultural land from this menace. However, one or just a few species are usually planted. These species can supplant native flora making the area species poor.
Land used for millet cultivation has become barren sand dunes in east Niger and north east Nigeria. Large livestock herds graze perennial vegetation where it is still in place. Neither livestock nor firewood collection is responsible for the denuded areas away from large population centres. (During droughts and famines however, pastoralists cut trees to feed their animals which does affect forested areas.) It is both more difficult and costly to repair the damage already done to the agricultural land and the natural green belt than to maintain them in good condition.
Man can either destroy his environment or be constructive by solving problems that occur within it. By increasing the population of perennials in the agricultural zone, farmers become agents for the stabilisation of their land. They then live in harmony with their environment in a symbiotic relationship where the land benefits from man's presence through the increased number of perennials, and man benefits from his own active control of desertification.
Eden's solution to desertification is for farmers to stabilise their environment themselves by intercropping edible perennials in their fields. Perennials act as anchors that stabilise the soil against wind and water erosion and also improve fertility. This protects the natural green belt because farmers respect perennials if they cultivate them making it less likely that they cut them down. Where farmers intercrop annuals with perennials, their land will produce more food both from the perennials and from increased yields from annuals lessening the pressure to move into the natural green belt. Eden's solution leaves farmers to revegetate by their own initiative. They then retain their dignity as Westerners are not revegetating their land for them but at the same time Eden supports their work by researching species that they will use.
Literature consulted for this article:
Delehanty J.M. (1988) The northward expansion of the farming frontier in twentieth century central Niger. (Volumes I and II) Ph.D. Thesis, University of Minnesota, USA
Direction Départementale de L'Environnement, Département de Zinder (1992) 'Situation du Secteur Environnement', presented at seminar titled "Reforestation by direct seeding" 5-7 November 1992.
Director of the National Department of the Environment (1992) Communication made at seminar titled "Reforestation by direct seeding" 5-7 November 1992.
Ellis William (1987) Africa's Sahel - The stricken land. National Geographic. August 1987.
Gillet H. and B.P. de Fabregues (1982) Quelques arbres utiles, en voie de disparition, dans le centre-est du Niger. Rev. Ecol. Terre Vie. 36: pp. 465-470.
Grainger Alan (1990) The Threatening Desert. Earthscan Publications Ltd.
Ozenda Paul (1983) Flore du Sahara. 2e edition. Centre National de la Recherche Scientifique, Paris, France.
UNEP (1992) World Atlas of Desertification. Pub. Edward Arnold, UK

O DESERTO DE SAARA


O Deserto do Saara
O Saara é uma planície desértica e pedregosa, responsável por aproximadamente 70% de todas as terras áridas do Planeta. Cerca de um quinto de sua superfície é formada por extensos campos de dunas de areia.
Limitado a oeste pelo Oceano Atlântico, ao norte pela cadeia do Atlas e pelo Mediterrâneo, a leste pelo Mar Vermelho e ao sul com o Sahel, uma área de transição de estepe semidesértica. Abrange onze países africanos.
Em setembro de 1922, o Saara registrou a maior temperatura ambiente do mundo: 57,7 °C, ocorrida na Líbia, em Al Aziziyah. À noite, porém, a temperatura cai bastante, chegando facilmente a 10 °C.
No passado, há cerca de cinco milhões de anos, o Saara possuía farta vegetação e grandes mamíferos. Atualmente as precipitações de chuva são raras.

ENERGIA - PLANEJAR PARA NÃO FALTAR



Planejamento Energético - 06/11/2006
Partimos do pressuposto que os serviços energéticos são essenciais para a sociedade e cabe ao Estado garantir o fornecimento regular e de qualidade, seja diretamente ou por meio de concessionários1.
Devem-se garantir, ainda, mecanismos de controle social sobre a atuação do Estado nesta área.
O crescimento contínuo da demanda energética global e as limitações naturais da principal fonte de energia usada hoje pela humanidade – o petróleo – impõem a necessidade de diversificar a atual matriz, com prioridade para fontes renováveis e limpas, uma vez que a queima de combustíveis fósseis vem ocasionando impactos ambientais catastróficos de dimensões planetárias. No momento em que estamos fazendo essas reflexões, as Nações Unidas promovem a 12ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, em Nairóbi, Quênia, que alerta para o quadro dramático que poderá advir dos problemas do aquecimento global provocado, fundamentalmente, pela queima de combustíveis fósseis.
Nesse contexto, o planejamento energético se impõe como único instrumento capaz de promover a diversificação da matriz no ritmo e com o perfil necessários para garantir o crescimento sustentável, evitando tanto os desastres ambientais como crises econômicas causadas por eventuais descontinuidades e insuficiências no suprimento de energia.
Planejar, a partir de dados reais e de projeções de futuro bem embasadas, tornou-se imprescindível.
Sobretudo num contexto em que vários países, conscientes dos riscos decorrentes de uma demanda energética maior que a oferta, vêm incrementando o protecionismo na área energética, em detrimento da colaboração e do planejamento energético conjunto. É preciso estimular o planejamento a nível local, regional, nacional, continental e mundial.
Porém, é necessário refletir sobre as concepções desse planejamento. ..................................

13 julho 2008

LAGO VITÓRIA - UMA DAS MARAVILHAS DA ÁFRICA


O Lago Vitória ou Victoria Nyanza (em língua suahili) é um dos Grandes Lagos Africanos, localizado num planalto elevado na parte ocidental do Grande Vale do Rift, na África oriental, e está sujeito a administração territorial pela Tanzânia, Uganda e Quênia.
Com 68.870 km² de área, é o maior
lago do continente africano, o maior lago tropical no mundo e o segundo maior lago de água doce no mundo em termos de área. Sendo relativamente raso, ordena como o sétimo maior lago de água doce através do volume e contém 2.760 quilômetros cúbicos de água. É uma das nascentes do Rio Nilo, o Nilo Branco.
Existem mais de 3.000
ilhas no seu interior, muitas das quais habitadas, entre as quais as Ilhas de Ssese em Uganda, um grupo grande de ilhas no noroeste do lago, e se tornando um destino popular para turistas.

O Lago Vitória tem um papel vital apoiando milhões de pessoas que vivem ao seu redor, numa das regiões mais densamente povoadas da Terra, a África oriental.
Também é um
ecossistema extremamente doente. Durante os anos cinqüenta, um peixe chamado Perca do Nilo (Lates niloticus), um voraz predador, foi introduzido no lago, numa tentativa de melhorar os rendimentos de pesca, mas acabou devastando o ecossistema local, dizimando mais de 200 espécies nativas. Mais tarde, os bons lucros iniciais com as capturas da Perca do Nilo diminuíram dramaticamente. Atualmente, a Perca do Nilo está sendo retirada, e é sabido que algumas das espécies nativas aumentaram novamente.
Um eco-problema com um resultado mais feliz foi a luta contra o aumento enorme do
Jacinto de água (Eichhornia crassipes), nativa da América tropical, que forma um tapete espesso, causando dificuldades para o transporte e a pesca. Em 1995, 90% do litoral do Uganda foi coberto pela planta, mas conseguiram-se bons resultados na resolução deste problema, através da introdução de um inseto que apenas se alimenta desta planta, que tem o nome científico de Neochetina eichhorniae.
Variação no nível do Lago Victoria
A perda de
oxigênio no lago por causa da poluição tornou a água turva e conseqüentemente houve o aumento de hibridações entre os Haplocromídeos do lago.
Meio de transporte
Desde
1900 que as balsas que atravessam o Lago Vitória são o meio mais importante