15 novembro 2008

MBA - GESTÃO ESTRATÉGICA EM MEIO AMBIENTE

MBA - Gestão Estratégica em Meio Ambiente

"Incorporando a variável ambiental na gestão estratégica das instituições públicas, empresas privadas e entidades do terceiro setor, para enfrentar o dia a dia das demandas da sociedade e os desafios do desenvolvimento sustentável".

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA TURMA 6 Início do Curso: 24 de março de 2009

Duração do Curso: 18 meses

Dias de aula: terças e quintas feiras

Horário: das 19h às 22h30

Local das Aulas: Rua Pedro de Toledo, 1071, Vila Mariana - São Paulo

Objetivo

Oferecer aos participantes condições para compreender e analisar os problemas ambientais dentro de uma perspectiva econômica, político - institucional e empresarial, visando propiciar um amplo entendimento das suas inter-relações com vistas à busca de soluções objetivas e à transformação de desafios ambientais em estratégias e oportunidades de negócios. Proporcionar uma macro-visão do sistema de gestão ambiental em vigor no País e no Estado de São Paulo, bem como da gestão ambiental em organizações públicas e privadas. Orientar o processo de tomada de decisão dos participantes para a consecução de suas atividades práticas por meio do aprendizado de métodos e técnicas de planejamento em recursos naturais e de gerenciamento de recursos ambientais.

Diferencial

O curso concentra-se na análise sistêmica das complexas inter-relações do modus-vivendi do homem moderno no meio ambiente. Enfoca assuntos relevantes e atuais situados na interface do meio ambiente e com as esferas social, econômica, política e institucional, qualificando os interessados para a gestão estratégica de problemas ambientais, por meio da adoção de práticas sustentáveis de conservação e de uso racional dos recursos naturais.

Para

Profissionais com formação superior nas áreas de Ciências do Ambiente, Ciências da Terra, Ciências Sociais, Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Zootecnia, Direito, Administração e Economia, atuantes nos setores público, privado ou em ONGs, interessados na atualização de seus conhecimentos ou em exercer funções de gerência ou assessoria técnica em empresas, instituições e organizações.

Formatação

  • 420 horas
  • 15 meses de aulas presenciais
  • 2 noites/semana

Conteúdo Programático

O MBA em Gestão Estratégica em Meio Ambiente é composto pelas seguintes disciplinas:

  • Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
  • Governança Ambiental Global
  • Abordagem Sistêmica em Meio Ambiente
  • Planejamento Energético e Meio Ambiente
  • Planejamento e Gestão de Recursos Naturais
  • Planejamento Territorial e Meio Ambiente
  • Princípios de Metodologia da Pesquisa
  • Política e Legislação Ambiental
  • Auditoria Ambiental Baseada na ISO 14.001
  • Estratégias Ambientais na Produção
  • Fundamentos de Marketing e Meio Ambiente
  • Tópicos em Decisão e Risco
  • Ecossistemas Naturais e Gerenciamento Ambiental
  • Agronegócio e Meio Ambiente
  • Comércio Internacional e Meio Ambiente
  • Seminários de Monografia

Metodologia

A metodologia de ensino combinará aulas teóricas expositivas com o auxílio de apostilas, retro-projetor e equipamentos de multimídia, bem como palestras de especialistas convidados. Para a condução de atividades práticas e a aproximação destas com o conteúdo teórico explorado nas aulas expositivas serão utilizados estudos de caso, painéis e fitas de vídeo. Nas aulas práticas, a dinâmica de aprendizagem será baseada na solução de problemas ambientais, via a utilização da metodologia da problematização. Algumas metodologias participativas como brainwriting / brainstorming, bem como o método do caso, também serão utilizadas na condução de dinâmicas de grupo. Seminários e exercícios práticos complementarão os procedimentos de ensino-aprendizagem do curso. Professores orientadores serão designados aos alunos para apoio na elaboração do trabalho de final de curso, sempre compatibilizando o tema escolhido pelo aluno com as áreas de interesse dos docentes.

Atividades Complementares

Em algumas disciplinas poderão ser realizadas visitas técnicas a empresas e instituições para complementar as aulas teóricas. Essas atividades serão agendadas com a devida antecedência para permitir a participação de todos os alunos.

Sistema de Avaliação

Os participantes serão avaliados ao final das atividades de cada discilplina. O aproveitamento dos participantes será avaliado por meio da prova e/ou trabalho escrito e notas de participação atribuídas pelos professores. Os participantes deverão ter freqüência superior a 75% das aulas para obter aprovação nas disciplinas.

Trabalho de Conclusão

O trabalho de conclusão de curso será desenvolvido em temas relacionados com as disciplinas oferecidas. Esses temas serão definidos com os alunos ao longo da disciplina Metodologia da Pesquisa, respeitando seus interesses profissionais. Serão tratados sob a ótica de gestão estratégica utilizando, sempre que possível, a abordagem sistêmica para a composição da estrutura da monografia de final de curso. Exemplificando, esses temas poderão relacionar-se a: planejamento estratégico de aproveitamento de recursos naturais; planos de gestão integrada enfatizando questões ambientais, de saúde e segurança no trabalho; planejamento, mitigação e controle de riscos associados a processos de produção, transporte de produtos e/ou descarte de resíduos perigosos; estratégias para a transformação de desafios ambientais empresariais em oportunidades de negócios; e elaboração de planos sustentáveis de desenvolvimento em nível de localidades, dentre outras possibilidades. A disciplina Metodologia da Pesquisa será essencialmente prática, com foco direcionado para a definição dos temas das monografias e da abordagem dos assuntos em questão. Ao concluir esta disciplina, os alunos deverão ter um esqueleto preliminar ou "embrião" da monografia. Na disciplina Seminários de Monografia serão oferecidas algumas aulas práticas focadas na elaboração do produto final e, também, programados encontros envolvendo três professores com todos os grupos de alunos. Esses encontros terão por objetivo: "correção de rotas", ajustes na estrutura da monografia e encaminhamento dos grupos para os seus respectivos orientadores. Os melhores trabalhos poderão ser apresentados publicamente e comentados por especialistas do meio acadêmico e empresarial. Essas apresentações poderão ser programadas no contexto da cerimônia de encerramento do curso.

Corpo Docente

O corpo docente é formado predominantemente por Professores Doutores e Mestres, de instituições renomadas de São Paulo, além de executivos e profissionais convidados, especialistas em áreas específicas:

Professor Especialização
ADRIANA P. COELHO CERÂNTOLA Advogada, mestre em tecnologias ambientais (bioética e biosegurança) - IPT
AGNES FERNANDES Geógrafa e comunidadora social, mestre em geografia - USP
EDUARDO LUIZ MACHADO Engenheiro civil e economista, doutor em economia - USP / Wageningen University e pós doutorado em economia / CEBRAP
AMAURY BORGES Engenheiro químico, auditor líder na ABS Quality Evaluation e consultor de sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente, saúde e segurança e responsabilidade social.
BACKER R. FERNANDES Mestre em comunicação social, especialista em projetos de comunicação corporativa
LUCIANA TRAVASSOS Arquiteta urbanista, mestre em ciência ambiental pelo PROCAM/USP
MARCIO RABELO NAHUZ Engenheiro florestal, PhD em ciência e tecnologia da madeira - UCNW - University College of Noth Wales
MARCOS ROCHA DE AVÓ Mestrando em Administração de Empresas - FGV
MARIA REGINA QUEIRÓZ BACHIERA Socióloga, especialista em desenvolvimento sustentável e metodologias participaticas
MÁRIO ANTONIO MARGARIDO Economista, doutor em Economia Aplicada - ESALQ / USP
MAURO SILVA RUIZ Geólogo, PhD em Planejamento em Recursos Naturais - Southern Illinois University
RICARDO ALTMAN Engenheiro e MSc.em Engenharia de Produção pela EPUSP
RICARDO HENRIQUE DOS SANTOS Engenheiro elétrico, doutor em eletricidade / sistemas de potência- EPUSP
ROBERTO DOMENICO LAJOLO Engenheiro mecânico, MBA em tecnologia ambiental - EPUSP
ROBERTO DE AGUIAR PEIXOTO Engenheiro naval, doutor em engenharia mecânica - EPUSP

Coordenação: Professor Roberto D. Lajolo, Engenheiro Mecânico, MBA em Tecnologia Ambiental - EPUSP.

Inscrições e informações:
- Download da Ficha de inscrição

Secretaria de cursos:
- Telefone: (11)5088-0848 das 13:00 às 21:00
- Email: mba@maua.br
- Rua Pedro de Toledo, 1071, Vila Mariana - São Paulo - CEP 04039-033

Investimento:

MBA Gestão Estratégica em Meio Ambiente - Turma 6
INVESTIMENTO (1150) Inscrições até: R$
individual
R$ Grupos
(2 ou + alunos)
R$
Ex-alunos
18 parcelas de: Até 31 de outubro de 2008 835 795 795
Até 31 de dezembro de 2008 880 835 835
A partir de 1º de janeiro 2009 980 880 880

Ex-alunos:

  • Pós-graduação Mauá: Mestrado, MBA, Especialização, Aperfeiçoamento
  • Escola de Engenharia Mauá - EEM
  • Escola de Administração Mauá – EAM
  • Cursos Superiores de Tecnologia
Preencha o formulário abaixo para informações/inscrições:


14 novembro 2008

PORTUGAL - A MONOCULTURA DAS OLIVEIRAS E O SEU PREJUÍZO PARA O ECOSSISTEMA


Especialistas alertam para os perigos da nova moda vinda de Espanha
Plantação de olivais ameaça meio ambiente no Alentejo
30.10.2008 - 09h13 Carlos Dias
Do Norte ao Sul do país crescem os receios sobre o impacte resultante da plantação maciça de olival intensivo, tecnologia que chegou a Portugal há dez anos pela mão de empresários espanhóis. Técnicos agrários e investigadores universitários já lançam o alerta para os malefícios que tal prática acarreta para os solos.

Num colóquio realizado no sábado sobre Olival e desenvolvimento local, durante o certame RuralBeja - Feira de Outono, que decorreu em Beja, José Velez, professor na Escola Superior Agrária de Beja (ESAB), deixou patente o impacte no meio ambiente provocado pela monocultura de oliveiras, quando focou o que se está a passar em Espanha. Nas áreas onde foi instalado este tipo de cultura "não há ribeiras nem rios, nem peixes, nem rãs, nem cágados".

Os sistemas de rega implantados para o olival conduzem à artificialização das linhas de água e à destruição de galerias ribeirinhas, como se pode constatar, com maior incidência, em várias explorações agrícolas em Beja, Ferreira do Alentejo, Vidigueira, Serpa e Moura. José Velez questiona o uso excessivo dos aquíferos numa das zonas mais férteis da região alentejano, os barros de Beja, e José Soeiro, deputado comunista na Assembleia da República, partilha das preocupações expressas pelo professor da ESAB, frisando que a região assiste, sem qualquer intervenção do ministério do Ambiente, à "utilização dos aquíferos sem qualquer controlo".

Laura Torres, professora catedrática da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, associa o seu uso excessivo e sem controlo aos sinais anómalos que estão a surgir nos ecossistemas, destacando "os comportamentos aberrantes dos peixes", revelando que já foram referenciados exemplares "bissexuados" e outros com comportamentos "aberrantes". "Não sabemos o que é feito e como é feito" no tratamento dos olivais, mas fazer olival moderno em Trás-os-Montes é usar mais pesticidas, fungicidas, erbicidas, insecticidas e abusar dos fertilizantes", sintetiza Laura Torres, que enumera um conjunto de receitas "para provocar doenças e pragas no olival". Incisiva, classifica os insecticidas como "os narcóticos da natureza". A nova agricultura intensiva "passou a estar dependente de drogas", disse.

Laura Torres refere que são conhecidos 255 inimigos da oliveira, mas 90 por cento "não causam problemas" por limitações impostas pelos ecossistemas. Destruindo as defesas naturais, surgem novas pragas e doenças que eram desconhecidas até aqui. Há o hábito nefasto de limpar os solos ocupados por oliveiras de todo tipo de ervas, um factor que contribui igualmente para a erosão dos solos.

No Alentejo "perde-se um centímetro de terreno arável por ano", alerta José Velez, realçando um fenómeno que pode ser observado nalguns locais no Alentejo, onde as árvores "descerem entre 20 e 30cm", em resultado da erosão dos solos.

Ministério da Agricultura criou grupo de trabalho para analisar impactes nos solos

Uma década depois de vários empresários espanhóis terem iniciado a plantação de novo olival no Alentejo e quando, neste momento, a área ocupada por esta monocultura já atinge quase 40 mil hectares, conforme dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, tutelado pelo ministro Jaime Silva, este organismo alega, para já, desconhecer quais as reais consequências ambientais resultantes da reconversão "crescente" do olival tradicional em contínuo intensivo.

O ministério reconhece que a plantação, em grande escala, de uma tão extensa área de olival regado na região do Alentejo poderá infligir impactes negativos nos recursos naturais e em particular nos solos.
Para superar esta lacuna, o Ministério da Agricultura publicou, no passado dia 23 de Outubro, o Despacho 26873/2008, que institui um grupo de trabalho do olival para analisar os impactes deste tipo de plantação nos solos.

Este grupo de trabalho deverá igualmente proceder à realização das "análises consideradas necessárias ao acompanhamento constante da evolução das características e estado da fertilidade dos solos", e também à apresentação de um relatório com as respectivas conclusões, até ao final do primeiro semestre de 2009.


Fonte: ultimahora.publico.clix.pt

FUNDAÇÃO BOTICÁRIO - UM GRANDE EXEMPLO A SER SEGUIDO NA PRESERVAÇÃO DO NOSSO ECOSSISTEMA

PROJETO OÁSIS

A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza lançou no final de 2006 o Projeto Oásis. A iniciativa vem ao encontro da missão da organização, que prevê a promoção e realização de ações de conservação da natureza no Brasil. Nesse caso, o foco é a proteção de mananciais da Grande São Paulo e sua conseqüente contribuição para a manutenção da qualidade da água que abastece cerca de quatro milhões de pessoas.

O Projeto Oásis visa a fortalecer a proteção de remanescentes de Mata Atlântica e ecossistemas associados na Área de Proteção aos Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, especificamente na bacia hidrográfica da represa de Guarapiranga, e nas Áreas de Proteção Ambiental municipais do Capivari-Monos e Bororé-Colônia, abrangendo uma região de aproximadamente 82 mil hectares. As ações deste projeto contribuem com a manutenção a longo prazo de um manancial estratégico para esta metrópole.

O principal diferencial do projeto é o apoio técnico e financeiro à conservação de áreas naturais em propriedades particulares, destinado a proprietários que se comprometam a conservar estes remanescentes, por intermédio de contratos de “premiação por serviços ecossistêmicos”. Desta forma, a Fundação O Boticário implanta um mecanismo inovador de pagamento por serviços ecossistêmicos e valoriza quem realmente protege a natureza.

Fonte: Fundação Boticário

PRECISAMOS QUE TODOS OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS SE CONSCIETIZEM, PRINCIPALMENTE, DO QUESITO ESGOTO SEM TRATAMENTO, QUE NUNCA DEVERIA SER DESPEJADO IN NATURA NOS CÓRREGOS E RIOS.

VAMOS PRESERVAR PARA NÃO FALTAR.

12 novembro 2008

ENQUANTO HOMENS DESTROEM A NATUREZA, OUTROS BUSCAM REABILITÁ-LA - UM GRANDE EXEMPLO DE MINAS GERAIS

Projeto para recuperação da mata em Bapendi (MG)
Reportagem de Nelson Araújo 19.10.2008

Na última edição do Globo Rural, nós mostramos a experiência inédita que acontece no município de Extrema, sul de Minas, bem na divisa com São Paulo. Fizemos esta reportagem um pouco mais a leste na Serra da Mantiqueira, onde fica o município de Baependi. Lá há um modelo engenhoso para recompensar os proprietários rurais.

Diante de uma paisagem de araucárias, logo se pensa nos estados do Sul. Mas o município de Baependi, no sul de Minas Gerais, fica praticamente na divisa com o Rio de Janeiro e São Paulo; e a árvore que mais chama atenção na Serra da Mantiqueira é justamente a araucária, o chamado “pinheiro brasileiro”.

No horizonte em que a serra desenha o que o povo chama de “Mitra do Bispo”, as araucárias se esparramam pelos vales. Na beira do bosque, o galhinho da araucária topa com o da espécie que pode contribuir muito para a recuperação deste trecho da mata Atlântica, a candeia; é uma árvore guerreira que você vai conhecer melhor mais adiante.

Ver uma casinha num ermo vale, com um pastinho em volta, um chiqueiro e galinha no terreiro é comum em vários lugares do Brasil. Mas o que acontece dentro da cozinha desta casa, pouca gente já viu.

Há pouco, chegou visita. José Francisco Fernandes e a família estão recebendo a veterinária Mônica Buono e o agricultor José Carlos Ibraim. Os dois vieram trazer dinheiro vivo para a família. Não é, como se diz, dinheiro dado de mão beijada; José Francisco e a esposa, Francisca, têm que assinar um contrato e assumir uma porção de compromissos.

Numa casinha solitária, no alto da montanha, moram Mônica e José Carlos. É um lugar afastado, a 30 quilômetros da cidade, e sem energia elétrica. Porém, eles não estão isolados do mundo. “O telefone celular pega bem. Se não tivesse sinal, ia ser bem complicado”, diz ela.

É com placa solar que eles carregam todas as máquinas, inclusive o principal instrumento de trabalho de José Carlos: o GPS, aparelho que ele usa para medir e achar a localização
terrestre exata, via satélite, das propriedades rurais da região.

Conforme a hora, a casa de Mônica e José Carlos é residência ou escritório. “Eu acho que é um privilégio ter um escritório com todas essas conexões e também um velho fogão de lenha”, brinca ele.

Com o propósito de recuperar este cantinho da Mantiqueira, há dez anos Mônica fundou uma OSCIP – uma organização da sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Regulamentada pela Lei 9970, uma OSCIP é uma espécie de ONG (organização não-governamental), mas que é fiscalizadda pelo ministério da Justiça. A OSCIP pode fazer parcerias com o poder público e tem obrigação de prestar contas dos recursos aplicados

A Oscip que Mônica administra tem o nome de “Amanhágua” e fez parceria com o IEF (Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais). Foi o IEF que capacitou Mônica e José Carlos e deu todo o equipamento necessário ao trabalho, até os programas de computador, o próprio computador e uma camionete.

O dinheiro que a Amanhágua repassa aos agricultores vem de um grande projeto
de recuperação que tem o nome de “Pró-Mata”. É o projeto de proteção da Mata Atlântica, que começou a ser executado em 2003. Ele tem o suporte da Alemanha, que, em dez anos, vai enviar em euros o equivalente a R$ 25 milhões. A contrapartida
de Minais Gerais é de R$ 24 milhões. Entre as metas do Pró-Mata, está a recuperação de 140 mil hectares.


Fonte: Globo Rural


Amigos, sempre tive paixão pelo Globo Rural, tanto na mídia escrita como na televisada, sem dúvida é uma grande revista rural e, o que é mais importante, da maior credibilidade e qualidade. Sempre prestam um grande trabalho para o homem do campo e também para o meio ambiente do mundo.

OS NOSSOS PARQUES NATURAIS ESTÃO SENDO CONSUMIDOS PELO FOGO - CHAPADA DIAMANTINA

12/11/08

Fogo destroi metade do parque da Chapada Diamantina

Nesta terça-feira, um efetivo extra de 70 bombeiros deve chegar ao município baiano de Lençóis, a 409 quilômetros a oeste de Salvador, para ajudar no combate aos incêndios. Eles vão se juntar aos 400 homens já envolvidos na operação, sob coordenação da Defesa Civil do Estado (Cordec).

Divulgação
Clima seco favore as queimadas na região da Chapada Diamantina

Cerca de 150 voluntários trabalham junto a brigadistas do Ibama e bombeiros para tentar controlar os focos de incêndio. Eles contam com cinco aviões - entre eles um Hércules C-130 cedido pela Força Aérea Brasileira (FAB) -, quatro helicópteros, seis caminhonetes e quatro veículos projetados para combate ao fogo, cada um com capacidade para transportar 4 mil litros de água.

Além do parque, diversos municípios também foram atingidos pelos incêndios, comuns nesta época do ano por causa do calor na região da Chapada. "Desta vez, a situação está preocupante por causa das condições climáticas", afirmou o superintendente Célio Pinto.

A Secretaria de Meio Ambiente diz que o fogo pode ter ganhado força por causa de queimadas crimimosas, feitas por agricultores com o obejtivo de abrir pastos para o gado, prática comum na região.

Divulgação
Fogo já atingiu metade do território
Segundo o mais recente relatório do Comando de Operações do Interior, emitido no último domingo, o fogo atinge áreas de vegetação de 27 municípios da região, em maior proporção em locais de grande interesse turístico, como Barro Branco (Lençóis), Cachoeira Encantada e Chapadinha (Itaeté), Baixão (Ibicoara), Vale do Pati e Gerais do Vieira (Andaraí), Serra do Gobira (Mucugê) e Morro do Chapéu. "Há risco real para os turistas que vierem", afirma Gonçalves.

Nesta terça-feira, a Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec) deve se reunir com representantes do governo, da secretaria do Meio Ambiente, do Ibama e dos bombeiros para fazer um balanço das operações e discutir estratégias para o combate às chamas.

BAHIA - Cerca de 75 mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, já foram atingidos pelo fogo que atinge a região desde julho, segundo informações do superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Célio Pinto. A área queimada corresponde a metade da área da reserva.

Fonte:
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/11/11/fogo_destroi_metade_do_parque_da_chapada_diamantina_2107688.html

O patrimônio do Planeta está se esvaindo, vítima da ignorância, da ambição ou do descaso dos homens.
Até quando, teremos que conviver com queimadas como estas?

OS INCÊNDIOS QUE DESTROEM AS NOSSAS RIQUEZAS - CHAPADA DOS GUIMARÃES

24/08/08

Queimada não chegou a atingir o Parque da Chapada dos Guimarães.
Fogo destruiu sete hectares de cerrado. Caso vai ser investigado.

Do G1, com informações da TV Centro América

O incêndio que começou no Mirante, um dos pontos turísticos da Chapada dos Guimarães, foi apagado. A queimada não chegou a atingir o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

O fogo destruiu sete hectares de cerrado. A suspeita é que tenha sido um incêndio criminoso. O caso vai ser investigado. Cerca de 15 brigadistas controlaram as chamas que se alastraram rapidamente. Um helicóptero da Polícia Militar ajudou no combate ao fogo.

Só depois do fim do trabalho dos brigadistas que foi calculado o prejuízo e percebido que o fogo atingiu uma reserva particular, mas não o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

"O local era de difícil acesso" disse o analista ambiental Maurício Cavalcante dos Santos ao site da TV Centro América.

O problema maior foi no penhasco do Mirante. Nesta segunda-feira, equipes vão verificar se há presença de novos focos. "O receio era das chamas atingirem a cadeia dos morros e destruírem a mata do parque", afirmou Dos Santos.

Outros focos de incêndio já foram registrados neste ano no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e próximo ao local, mas este é o de maior proporção, neste período de seca.

2007
No ano passado, durante a época da seca, o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães foi atingido por um incêndio que consumiu 19% da mata do parque, aproximadamente seis mil hectares dentro do parque e outros 16.200 hectares nos arredores.

O relevo acidentado, vento forte e baixa umidade do ar dificultaram os trabalhos das equipes de combate a incêndio. Na área atingida, estavam pontos turísticos como o Morro São Gerônimo e a Serra do Quebra Gamela.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL735271-5598,00.html

11 novembro 2008

A POLUIÇÃO DAS ÁGUAS PELO MUNDO


A poluição da água está presente no mundo todo. Estima-se que 80% dos rios da China estão de alguma forma degradados. Na foto, o Lago Chaoru é um dos mais poluídos do mundo, com o aspecto verde pelas algas marinhas que se multiplicam e são difíceis de controlar. Os Grandes Lagos da América do Norte, estão tão poluídas que 97% dos seus 8.000 km de margens são impróprias para banhos. Na África, metade da população não tem acesso à água 100% potável. Até as águas da bacia amazônica estão sendo contaminadas. Mais de 130 toneladas de mercúrio são despejadas todo ano nas águas do rio Tapajós pela mineração de ouro. O Brasil é campeão continental de poluição, superado apenas pelo Leste Europeu e pela China. São notórias as contaminações dos rios Tietê e Paraíba do Sul e das águas costeiras em torno de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

Mais de um bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à água limpa e mais de 2,9 bilhões não têm acesso a serviços de saneamento básico, fatores que causam um aumento da taxa de mortalidade por doenças infecciosas. De fato, 85% das doenças humanas nos países pobres estão relacionados com a quantidade ou a qualidade da água.

A Terra levou alguns bilhões de anos para construir todo o ecossistema do nosso Planeta. E os humanos só precisaram de alguns séculos para destruir boa parte desses recursos naturais.

Não seja a maioria; proteja o meio ambiente!

Por Andrea Mieko

Fonte:http://meumundosustentavel.com/noticias/tag/lagos/mk

Diante de tal quadro de descaso com o nosso meio ambiente, em todo o mundo, não podemos desanimar, mas continuar na nossa batalha diária...tenho esperanças de que poderemos reverter este estado de coisas, que acontecem pela inércia ou não ação e participação de parte da humanidade, de entidades, locais, estaduais e federais...caminhemos, amigos, temos conseguido progressos!


10 novembro 2008

200 MILHÕES DE DÓLARES PARA PROTEGER A FLORESTA DA BACIA DO RIO CONGO - ÁFRICA



Kinshasa, RD Congo (PANA) - A laureada do Prémio Nobel da Paz de 2004, a ecologista queniana Wangari Maathai, nomeada em 2005 embaixadora de Boa Vontade para a promoção da floresta da bacia do Congo, anunciou domingo, em Kinshasa, ter mobilizado cerca de 200 milhões de dólares americanos para proteger este maciço florestal que banha vários países africanos da Região dos Grandes Lagos.

Maathai, que falava no final duma audiência com o chefe de Estado congolês, Joseph Kabila, congratulou-se pelos esforços desenvolvidos para proteger as florestas da bacia do Congo, nomeadamente, os resultados excelentes que conseguiu obter em concertação com os ministros do Ambiente da sub-região da África Central.

"Conseguimos mobilizar cerca de 200 milhões de dólares americanos e lançamos a operação de angariação de fundos destinados a proteger a floresta da bacia do Congo", indicou.

O Prémio Nobel da Paz, que estava a caminho de Brazzaville para participar, a partir desta segunda-feira, no VI Fórum Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, disse estar a precisar de dois biliões de dólares americanos para levar a bom porto a tarefa que lhe foi confiada.

"A floresta da bacia do Congo é importante tanto para a República Democrática do Congo (RDC) como para o todo o planeta", disse, antes de manifestar o seu apoio aos esforços consentidos pelo Presidente Joseph Kabila para restaurar a paz na RDC e em toda África.

"Se tivermos paz na RDC, teremos também paz em África", disse, antes de apelar ao mundo para se implicar-se na protecção da bacia do Congo com vista a savalguardar este legado maravilhoso de que o mundo dotou a sub-região.

Por outro lado, o ministro queniano dos Negócios Estrangeiros, Moses Wentang'ula, de passagem por Kinshasa, entregou domingo ao Presidente Joseph Kabila uma mensagem do seu homólogo queniano, Mwai Kibaki, que é presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Paz e Desenvolvimento na região dos Grandes Lagos.

O chefe da diplomacia queniana prometeu o envolvimento do seu país para que a dinâmica da paz se instale entre a RDC e os seus vizinhos.


Fonte:www.panapress.com

A PRODUÇÃO DE PAPEL E CELULOSE E A POLUIÇÃO AMBIENTAL - QUÊNIA - ÁFRICA





A produção de celulose e papel no Quênia está atualmente dominada por uma empresa, a Pan African Paper Mills (Panpaper), que é uma joint venture entre o Governo do Quênia, o setor de investimento privado do Banco Mundial -a Corporação Financeira Internacional (IFC)- e a Orient Paper Mills, que faz parte do grupo Birhla da Índia. A fábrica de celulose foi estabelecida em 1974 e está sediada na cidade de Webuye, com uma população de aproximadamente 60.000 pessoas, nas margens do rio Nzoia que verte no Lago Vitória.

Desde o começo, apesar dos potenciais impactos ambientais relacionados com o estabelecimento das plantações, os efluentes líquidos, as emissões aéreas, a lama e o despejo de resíduos sólidos, o projeto não se beneficiou com uma avaliação ambiental completa. O Sumário de Revisão Ambiental do IFC simplesmente estabeleceu que o projeto estava desenhado para cumprir com todas as políticas aplicáveis do Banco Mundial e com as diretrizes ambientais, de saúde e segurança.

No entanto, os receios têm demonstrado ser verdadeiros. Um artigo do jornal local East African Standard denunciou em 1999 que os moradores locais tinham acusado à fábrica de papel de ter transformado uma vasta área de campo numa terra devastada e de ser uma carga econômica e social. A poluição do rio Nzoia do que dependem os moradores para satisfazer suas necessidades de água foi tão séria que tomar banhos no rio tem virado perigoso e animais que beberam a água morreram. Como resultado dos químicos fabricados durante a produção de pasta, a área ao redor da fábrica ficou cercada por ar nojento. Os gases ácidos e as cinzas em suspensão ocasionaram a corrosão dos tetos de lâmina corrugados das casas próximas à fábrica. Além disso, o resíduo sólido da fábrica que era vertido nos campos como adubo levou a uma declinação na produção agrícola local.

Quando a fábrica se estabeleceu, a área Webuye costumava ser uma região com muitas florestas e fazia parte da Floresta Indígena Kagamena. A demanda da fábrica de madeira fez com que a área ficasse árida e os caminhões da companhia agora tinham que viajar mais de cem milhas para obter matéria-prima.

Em 2003, os impactos da fábrica não diminuíram. Os habitantes de Webuye queixaram-se de que a fábrica de celulose tinha transformado uma grande faixa de campo em terra devastada. O cheiro que emana da fábrica, principalmente cáustico, de cloro e ácido sulfúrico é perigoso. Webuye é percebida atualmente como uma “cidade doente”. Os expertos disseram que o processo de purificação dos resíduos desta fábrica foi inadequado e que o efluente vertido no rio Nzoia, é tratado parcialmente. Esse efluente parcialmente purificado poderia ser catastrófico para a vida aquática do lago já que sua alta demanda de oxigênio despejaria o gás nos cursos de água causando mortes aquáticas em massa.

O evento mais recente é a séria poluição do Lago Vitória, que leva a investigações pelo Ministro da Água. Acredita-se que os efluentes das fábricas, incluindo à Panpaper têm colocado em perigo a vida aquática no lago.

Por outro lado, o corte tem sido uma causa principal de destruição das florestas do Quênia, um país com diversidade ambiental e étnica. O povo Ogiek, habitante da floresta, tem estado sofrendo a perda de suas terras e meios de vida, especialmente a partir da década de 90. A Panpaper está isenta de uma proibição de corte do governo e está autorizada a cortar árvores para produzir pasta de papel, sendo um dos atores responsabilizados pelo Ogiek (vide Boletim do WRM Nº 45).

No entanto, em maio do presente ano, um diretor da PanPaper Mills, Harri P. Singhi, pediu ao governo do Quênia que assistisse à companhia para solucionar o problema de escassez de abastecimento de madeira. Isso significaria mais florestas desprotegidas? Isso, bem como o pedido de Singhi para que o governo assista à companhia a reduzir seus custos de produção baixando as tarifas de eletricidade, compõem os incentivos fiscais típicos que incluem isenções de impostos, investimentos, concessões, subsídios, nos que se desenvolve a indústria global da celulose e do papel. Para sua globalização também tem contado com subsídios diretos ou diretos de agências bilaterais, investimentos governamentais, bancos de desenvolvimento multilaterais, entre outros atores.

No caso do Quênia, o IFC tem investido 86 milhões na produção de celulose, papel e embalagens. De acordo com Singhi, a Panpaper está trabalhando de perto com o IFC para expandir as fábricas de papel. O Chefe de Operações Especiais do IFC, Erick Cruikshank, confirmou que a instituição continuaria trabalhando de perto com o governo, bem como com outras indústrias, incluindo a Panpaper Mills.

Enquanto isso, os Ogiek perdem suas terras, a agricultura local está em perigo, o desmatamento aumenta, o ambiente é destruído e a qualidade de vida dos residentes locais piora. “Com o fim de criar empregos”, diz o discurso oficial. Mas os postos de trabalho locais criados nas fábricas de celulose e papel são mínimos e em muitos casos restringidos a trabalhadores ocasionais sob condições que colocam sua saúde em risco.

Fonte:http://www.wrm.org.uy/boletim/83/AF.html

Diante de tais fatos e relatos, diante do alto grau de poluição ambiental provocado pelas indústrias de papel, é que devemos nos conscientizar da enorme importância de reciclarmos o papel. Aproveitarmos as sobras e economizarmos no uso...a vida do planeta agradecerá, com certeza!