21 junho 2008

O AUMENTO DA FOME NO MUNDO E A EXPANSÃO DOS BIOCOMBUSTÍVEIS


Como ecologista, sou defensora do uso de energias não degradantes, ou seja, com baixo impacto no meio ambiente; e óbvio, as energias renováveis.
Atualmente, sou defensora do álcool de cana-de-açúcar, como o combustível mais acessível e "menos" poluente. Digo atualmente, pois, pode surgir algum outro combustível, mais viável ecòlogicamente e que seja acessível ao mercado consumidor.
As diferenças, entre os combustíveis mais utilizados atualmente:
Gasolina e díesel são derivados de petroleo (combustível fóssil, não renovável). A gasolina possui um maior poder de combustão, pois é mais refinada que o diesel, é mais recomendável para motores pequenos pois em motores grandes o consumo se torna muito elevado. O díesel é recomendável para motores grandes, pois é mais denso e assim gasta-se menos, além do mais, o motor tem que ser mais resistente. Já o álcool é derivado da cana-de- açúcar, menos poluente, e com um teor de combustão maior que a gasolina. E, é por isto que o carro bi-combustivél, consome mais álcool para percorrer a mesma distância do que quando usa gasolina.

A PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL PARA 2008:

O Etanol Brasileiro - cana-de-açúcar - Com base em dados de unidades de produção de todos os Estados onde a atividade é desenvolvida, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que a colheita deste ano deverá variar entre 607,8 milhões e 631,5 milhões de toneladas, número entre 8,8% e 13,1% acima da do ano passado, que foi de 558,5 milhões de toneladas. Segundo sua estimativa , maior parte da cana será destinada para produção de álcool. O levantamento indica que cerca de 55% (entre 309,8 milhões e 321,9 milhões de toneladas) da cana colhida nesta safra serão usados na produção de biocombustíveis, enquanto 44% (de 248,3 a 257,9 milhões de toneladas) serão transformados em açúcar. O restante, de 49,6 milhões a 51,7 milhões de toneladas, será usado na fabricação de cachaça e rapadura e como alimento para gado, sementes e mudas.
Segundo a Conab, os investimentos em tecnologia nas usinas de cana-de-açúcar, o plantio de variedades mais produtivas e o clima favorável são os principais motivos do crescimento. A alta desta safra também se deve à área plantada, que aumentou de 7 milhões para 7,8 milhões de hectares, crescimento que teria ocorrido principalmente sobre áreas de pastagens.
Dados da Conab mostram que o país tem hoje 276 milhões de hectares de terras cultiváveis. Desses, 72% estão ocupados por pastagens, 16,9% por grãos e 2,8% por cana-de-açúcar, o que demonstra o potencial de crescimento da atividade sobre áreas de pastagem.

O Brasil já possui 376 fábricas de açúcar e de etanol cadastradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), segundo levantamento divulgado pelo governo. Do total, 241 das unidades são produtoras mistas (fazem os dois produtos), 121 produzem exclusivamente etanol e 15 processam apenas açúcar. Conforme o estudo do Mapa, o estado de São Paulo segue à frente no ranking, com 178 fábricas, seguido de Minas Gerais e do Paraná, com 31 unidades cada. Alagoas está em terceiro lugar, com 25 fábricas, enquanto Pernambuco conta com 24 e Goiás, integrante da nova fronteira canavieira, possui 21 fábricas cadastradas no Ministério da Agricultura.

A opinião americana: - EUA: Produção de etanol deve ser avaliada (05/03/2008)
Os planos dos Estados Unidos em favorecer a produção de biocombustíveis precisam ser melhor avaliados, advertiu o secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Ed Schafer. Para ele, o impacto sobre os preços dos alimentos e os custos para o meio ambiente devem ser submetidos à aprovação da sociedade.
"Precisamos de aceitação social" diante da intensificação das preocupações com os efeitos do etanol nos Estados Unidos, disse Schafer na Conferência Internacional de Energia, em Washington. "Temos de ter consciência sobre a relação entre a alta dos preços dos alimentos e a produção de combustíveis renováveis".
Schafer mostrou preocupação pelo fato de o milho, a soja e o trigo terem se valorizado tanto. Em 27 de fevereiro, sua cotação foi a mais elevada de todos os tempos. Os preços foram puxados pela demanda por exportações, pela seca nos países produtores de grãos e pelo crescimento do emprego do etanol nos EUA.
Em Bruxelas, a embaixadora do Brasil na União Européia, Maria Celina de Azevedo Rodrigues, em nome da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu os biocombustíveis diante de representantes de cerca de 60 países. "Compartilhamos a experiência do Brasil, um dos principais produtores de bioetanol. Os métodos de fabricação não deverão impor um peso para as mudanças climáticas", disse Janez Podobnik, ministro de Meio Ambiente da Eslovênia.

TRÊS CABEÇAS - UMA SENTENÇA: O INTERESSE COMERCIAL DE CADA UM
EUA - 29.04.2008 - “Estamos muito preocupados com a escalada dos preços da comida aqui em casa e muito preocupados com todos os que não têm o que comer no mundo”, disse hoje George W. Bush. Mas, em conferência de imprensa, sobre o estado da economia, o Presidente norte-americano disse que não acredita que o etanol tenha grande peso na inflação dos bens alimentares.Para Bush a inflação do preço da comida é devida ao clima, ao aumento da procura e aos preços dos recursos energéticos. O peso da produção do etanol, baseada em milho, é mínimo.“E o mais importante é que seja claro que é do interesse nacional que os nossos agricultores cultivem energia para que não fiquemos dependentes de outras partes do globo mais instáveis ou que não gostam de nós”.Equipas de ajuda humanitaria apontam o dedo acusador aos Estados Unidos que convertem um quarto da sua produção de milho em energia, tornando mais difícil a alimentação de gado e inflacionando o preço do cereal, dificultando o abastecimento aos países mais pobres.Para o Presidente norte-americano o objectivo é fazer com que produtos agrícolas não alimentares possam ser convertidos em energia mas os investigadores afirmam que esse caminho ainda está longe.

BRASIL- 19/04/2008 - Lula critica produção de etanol a partir do milho - ACRA, Gana - O presidente do Brasil criticou o uso de alimentos para a produção de biocombustíveis, em uma referência à política dos Estados Unidos de utilizar milho para a produção de etanol.
De acordo com informações da Agência Brasil, que acompanha a visita do presidente a Gana, a opção norte-americana tem gerado desabastecimento de milho em países como México, além de inflacionar o preço da matéria-prima.
"Certamente que isso reflete no preço de um produto que é importante para a ração animal, que é o milho", disse Lula em seu primeiro compromisso oficial no país africano, no palácio presidencial.
De acordo com a reportagem, entretanto, Lula voltou a refutar a afirmação de que a alta nos preços mundiais dos alimentos se deva à produção de biocombustíveis.
Para o presidente, essa alta se deve muito mais ao custo do frete, por conta da elevação dos preços do barril de petróleo.
"É muito estranho fazer críticas aos biocombustíveis sem fazer nenhuma crítica ao barril de petróleo, que subiu de 30 para 103 dólares", afirmou o presidente, segundo a Agência Brasil.

VENEZUELA: - 27/04/2008 - Chávez condena produção de etanol nos Estados Unidos
Presidente venezuelano diz que decisão norte-americana de impulsionar a produção de etanol é um 'crime'
Presidente venezuelano - O presidente venezuelano declarou que a decisão norte-americana de impulsionar a produção de etanol enquanto existe uma crise mundial de alimentos é um 'crime'.
Chávez disse ainda que a quantidade da produção norte-americana de milho usado para fabricar biocombustível, em vez de ser destinada para alimentar os pobres do mundo, lhe preocupa.
O presidente venezuelano afirmou no sábado, 26, que o milho necessário para encher com biocombustível o tanque de um automóvel serviria para alimentar sete pessoas durante o ano.
A Venezuela ofereceu doar mais de 350 toneladas de alimento ao Haiti, onde o aumento do preço dos alimentos provocou cruéis distúrbios no princípio do mês.

Redução na produção de biocombustíveis, é uma medida necessária para a redução do preço dos alimentos, juntamente com um incentivo para a produção destes:

A medida mais urgente a tomar para travar o aumento dos preços das matérias-primas agrícolas é uma redução drástica dos programas de subsídios aos biocombustíveis, apelou hoje Stefan Tangermann, director para a Agricultura na OCDE (Organização de cooperação e desenvolvimento económico).“Apelo, com urgência, à redução dos apoios aos biocombustíveis”, declarou este responsável da OCDE numa conferência sobre agricultura em Berlim. “É a única alavanca que podemos accionar rapidamente”, acrescentou. Para a OCDE, os preços agrícolas, e especialmente dos cereais, vão continuar elevados e o desenvolvimento dos biocombustíveis pesa cerca de um terço desse aumento.

O papel dos biocombustíveis na subida dos preços agrícolas é muito controverso. Os grandes produtores de etanol, como os Estados Unidos e o Brasil, refutam qualquer ligação entre o desenvolvimento destas culturas e o aumento dos preços. Na semana passada, a questão dos biocombustíveis ocupou grande parte dos debates na cimeira da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) em Roma, mas não foi negociado nenhum compromisso concreto sobre esta matéria.Entre os defensores dos biocombustíveis está a Comissão Europeia, que fixou aos países membros uma meta de dez por cento de biocombustíveis nos transportes até 2010. Este objectivo é “imperativo”, disse hoje Klaus-Dieter Borchardt, chefe-adjunto de gabinete da Comissária europeia para a Agricultura, Mariann Fischer Boel, recusando a tentação de fazer dos biocombustíveis o “bode expiatório” da subida dos preços agrícolas.
Segundo Klaus-Dieter Borchardt, “a primeira geração de biocombustíveis é uma fase de transição necessária antes de passar à segunda”, que fará a produção de energia não a partir de matérias-primas agrícolas mas a partir de resíduos, por exemplo.

Diante do exposto acima, não podemos nos enganar, a produção avassaladora dos biocombustíveis, É SIM - UM FATOR DETERMINANTE PARA A REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, COM A CONSEQUENTE ALTA DE SEUS PREÇOS.
E, quanto mais se preocupam com a atividade comercial, menos se preocupam com o meio ambiente e em nome da ganância, avançam sobre reservas florestais, desmatam, queimam, matam...desafiam a natureza...destroem nosso planeta!

UMA OPINIÃO ABALIZADA...ENTREVISTA DO INSTITUTO ETHOS COM O PROFESSOR MARIO MONZONI



"Neutralizar o carbono é positivo, mas não resolve o problema"

Especialista nas áreas de sustentabilidade, finanças e economia do meio ambiente, Mario Monzoni é coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGVces). Sob seu guarda- chuva estão os setores de comunicação, pesquisa e capacitação do GVces, que cobrem finanças e empreendedorismo sustentável, cadeias de valor, consumo sustentável e mudanças climáticas. Em 2004, Monzoni assumiu também a tarefa de desenvolver a metodologia e o questionário do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), iniciativa pioneira na América Latina, que proporciona um ambiente de investimento compatível com as demandas do desenvolvimento sustentável.

Doutor em administração pública e governo pela FGV-EAESP, mestre em administração de política econômica pela School of International and Public Affairs da Universidade da Columbia e em finanças públicas pela FGV-EAESP, Monzoni tem uma carreira como poucos na área. Foi coordenador do Projeto Eco-Finanças, da ONG Amigos da Terra, treinou mais de 20 instituições financeiras sobre riscos e oportunidades ambientais, desenvolveu e aplicou treinamento para mais de 1.200 gerentes do Banco Real ABN Amro e teve passagem pelo Departamento de Pesquisa do Banco Mundial. Hoje é também membro do Conselho Consultivo do Fundo Ethical, do Banco Real ABN Amro, primeiro fundo SRI (Investimento Socialmente Responsável) no mundo em desenvolvimento.Nesta entrevista, Mario Monzoni mostra por que a neutralização de carbono não é a medida mais efetiva contra o aquecimento global e fala das alternativas energéticas e dos novos negócios em sustentabilidade.

Instituto Ethos: Como o senhor vê as iniciativas de neutralização de carbono que viraram febre nos últimos meses?
Mario Monzoni: De fato, podemos observar diversas iniciativas no sentido de neutralizar emissões de CO2, como a das agências de eventos e viagens. Essa atitude é muito positiva, mas não resolve o problema. Ela não cria incentivos em longo prazo de maneira eficaz. O que resolve o problema é deixar de emitir CO2. Claro que é uma iniciativa importante, não quero discriminar. Tem muita gente trabalhando em cima disso, é uma maneira de trazer o tema para o debate. Mas, se a gente quisesse neutralizar todas as emissões de gás do planeta, não existiria espaço para plantar tanta árvore. Além disso, essa iniciativa não promove a mudança de matriz energética. O raciocínio é “eu emito o gás e, no fim do dia, eu neutralizo”. É como se a gente estivesse tomando um remédio para dor de cabeça, mas não combatesse a causa, que, nesse caso, é a mudança de padrão de produção e consumo. É um grande impasse, porque três quartos da emissão de CO2 no planeta vêm da queima de combustíveis fósseis e um quarto, do desmatamento. É aí que temos de resolver a questão. É preciso buscar alternativas energéticas, novos combustíveis e novos modos de transporte para que a gente não emita gases de efeito estufa.
IE: Alguma iniciativa desse tipo já está sendo tomada?
MM: Sim. O protocolo de Kyoto traz os mecanismos de flexibilização que estão começando a operar. Mercados de carbono têm sido criados no mundo inteiro, de forma voluntária ou não. Os incentivos em longo prazo são mais eficazes, pois penalizam a empresa por meio da taxação ou pela compra de permissão para poluir. Então fica caro poluir. A neutralização não passa por aí. Ela simplesmente tenta fazer um cálculo de quanto CO2 se emite numa certa atividade e tenta seqüestrar o que foi emitido por meio da plantação de árvores. Mas é um seqüestro que ninguém garante que seja permanente. Grande parte das plantações morre no meio do caminho e os cálculos muitas vezes não levam isso em conta. Num longo prazo, essas novas árvores vão virar fumaça também. Não quero ser excessivamente crítico, porque a neutralização é sadia, e tem muita gente competente trabalhando com isso. Alguns projetos buscam recuperar áreas degradadas com espécies nativas, o que tem sido muito importante. Mas o problema não está sendo atacado de maneira correta.
IE: O que de fato seria efetivo para a redução do CO2?
MM: Temos de sair dos combustíveis fósseis e da fonte de carvão. Aqui no Brasil a discussão de usar novamente o carvão foi retomada, o que eu considero uma grande loucura em termos ambientais. O correto, no entanto, seria apostar nos combustíveis renováveis e alternativos. É um caminho longo. Não podemos esperar que amanhã todo mundo esteja usando energia do sol e do vento, por exemplo. Acredito que o gás natural, que já pode ser encontrado no mercado, seja um combustível de transição. Há alguns anos, a gente não imaginava que isso seria possível. Em termos de emissão, esse tipo de energia é melhor do que a do petróleo e a do carvão. A Inglaterra conseguiu reduzir suas emissões de CO2 substituindo o carvão pelo gás natural. Nessa discussão entra também a questão atômica e o uso de energia nuclear, que, apesar de ser amigável do ponto de vista climático, é problemático em relação a resíduo, disposição e transporte. O próprio custo econômico para produção de energia atômica é muito alto. Mas esse debate vai aparecer. Quando falarmos do uso de carvão, petróleo ou gás natural, vamos esbarrar novamente nessa questão. Uma outra fonte de energia possível é o vento. O governo alemão tem investido muito em energia eólica.
IE: E como está o Brasil em relação a esse tipo de energia?
MM: O Brasil tem um enorme potencial de produção de energia por meio do vento. Temos cerca de 20 mil ou 30 mil megawatts de potencial eólico que é muito pouco explorado. Por isso, o vento deve ser uma das alternativas. Também podemos falar da energia solar e dos novos combustíveis. Há diversas vantagens do uso do etanol na área de transporte, como o ciclo de carbono mais limpo. Teoricamente o álcool é neutro, porque a plantação de cana seqüestra o CO2 emitido no processo de produção de energia. O etanol é sem dúvida um grande elemento nessa discussão. E tem o hidrogênio, que não é tão eficaz porque sua produção demanda muita energia. Além disso, é preciso estimular as pessoas a usar novos meios de transporte. E aí a gente esbarra na questão do desenvolvimento. Se nosso serviço de transporte é precário, não incentivamos a população a usar transporte público. A emissão de CO2 de cada indivíduo dentro de um ônibus é muito menor do que o daquele que está dentro de um carro. Teríamos de levar em conta esse tipo de coisa.
IE: As empresas já estão buscando essa mudança de matriz energética?
MM: Nas discussões sobre o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), fico espantado com essa questão, principalmente em relação à indústria de petróleo. O argumento usado hoje em dia é o de que existe um grande compromisso das empresas com a meta de redução de CO2 durante o processo de produção. Mas, na verdade, isso não é efetivo. Não interessa o que uma empresa petrolífera gasta em termos de processo, se o que ela produz é combustível fóssil. Ainda não vimos empresas investindo em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento para novas fontes de energia como deveria acontecer. Mesmo os investimentos projetados para os próximos dez anos dos benchmarks mundiais não chegam a 5% nessa área. Então parece que as indústrias ainda não se deram conta do tamanho do problema. A era do petróleo não vai acabar por falta de petróleo. Vai acabar porque usá-lo será insano. Queimar petróleo vai ser crime hediondo. Pode parecer ridículo agora, mas daqui a vinte anos a gente pode ter outra conversa e ver como ficou essa questão.
IE: É nesse sentido que surgem os novos serviços ambientais?
MM: Kyoto e os mecanismos de crédito de carbono foram inspirados no mercado de chuvas ácidas americano. Para resolver o problema, foi criado nos anos 1990 um mercado de regulamentação baseada em instrumentos econômicos que teve um impacto positivo muito grande. A partir disso, as pessoas tinham de comprar permissões para poluir. Kyoto traz exatamente o mesmo mecanismo. Pela primeira vez em nível global, começa-se a criar mecanismos financeiros para resolver problemas ambientais. Então surge a discussão: podemos usar instrumentos financeiros que tenham impacto na área de florestas? O indivíduo que mantém suas florestas em pé presta um serviço ambiental para o planeta, na medida em que elas estocam e fazem seqüestro líquido de carbono. Além disso, as florestas protegem os recursos hídricos e são reservatórios de biodiversidade. Por isso, em vez de se pensar num código florestal que obrigue a pessoa a manter intactos 80% de sua propriedade, ou comprar áreas preservadas para manter a reserva, a gente começa a pensar em instrumentos econômicos de mercado que seguem o modelo do Protocolo de Kyoto.
Por que não criarmos um mecanismo que remunere aqueles que mantêm suas florestas?
Essas pessoas prestam um serviço global para a sociedade e para a biodiversidade. As florestas também têm relação direta com os recursos hídricos usados pelas hidroelétricas, para recreação e transporte. Ou seja, toda a população se beneficia disso. Os mercados ambientais criam uma alternativa econômica ao desmatamento. Não é a Constituição que vai impedir que um fazendeiro venda sua madeira. Mas, se todo mês alguém aparecer com um cheque porque ele não cortou suas árvores, acho que ele vai pensar duas vezes antes de optar pelo desmatamento. Estamos mudando a matriz de incentivos dos agentes econômicos.
IE: Já é possível citar casos de boas práticas?
MM: A América Latina tem experiências muito ricas em serviços ambientais. A Costa Rica é um grande exemplo em que o Estado atua como intermediário. Por meio de um sistema de arrecadação nos postos de gasolina e nas empresas hidrelétricas, criou-se um fundo para pagamento de serviços ambientais. O país já recuperou quase metade de sua área com esse mecanismo. Na América Latina você também tem exemplos nos quais, em lugar do Estado, quem participa é uma hidrelétrica. Essa empresa sabe que é importante para o seu negócio manter a qualidade e a quantidade da água da região. Por isso, remunera a comunidade do entorno para manter a floresta local. Se a região for devastada, a atividade da hidrelétrica será comprometida. A tendência é juntar todos os serviços num só pacote. Em vez de termos um mercado de carbono, outro de água, outro de florestas, outro de biodiversidade, o usuário pagaria por uma coisa só, já que tudo está correlacionado. Temos conversado com o governo do Estado de São Paulo e levado a idéia de se criar um fundo de pagamento de serviços ambientais, que poderia ser repassado tanto para o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF ? Global Environment Facility) quanto para os agricultores que apresentassem boas práticas etc. A sociedade é a última beneficiária e paga para aquele prestador de serviço.
IE: E quanto ao financiamento de novos negócios sustentáveis, os chamados new ventures? De que forma funcionam?
MM: Os new ventures são uma coisa mais ampla, porque não tratam só da questão florestal. É um programa desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI), ONG norte-americana cujo objetivo é promover e apoiar pequenos e médios negócios com forte caráter sustentável. São pequenos negócios em áreas diversas como energia renovável, ecoturismo, eficiência energética, biodiversidade, novos materiais, que tenham soluções inovadoras para o uso de recursos naturais ou que envolvam a comunidade no negócio. Esses projetos são escolhidos e analisados por uma equipe que vem de Washington. Os escolhidos ganham consultoria para melhorar ainda mais o negócio e depois participam de um fórum de investidores. O Brasil foi uma das regiões escolhidas pelo WRI para new ventures e o GVces foi procurado para hospedar e executar o programa aqui. Temos recebido cerca de 30 projetos por ano. A idéia é ver se há casamento ou não entre novos negócios sustentáveis e investidores. A nossa parte é tocar o violino e fazer uma festa agradável para o pessoal se encontrar. E temos observado que os noivos têm sido muito conservadores, principalmente porque a gente vive num país onde emprestar dinheiro para o governo e não fazer nada é uma coisa muito boa do ponto de vista econômico-financeiro. Você ganha sem se arriscar, então por que o investidor iria optar por negócios sustentáveis? E nós estamos falando de uma indústria que ainda está no começo. Há projetos muito interessantes, de cosméticos sustentáveis, de instrumentos musicais com madeira certificada, na área de produção de hidrogênio. Acredito que se houvesse investimento para os 30 projetos que passaram talvez alguns não teriam dado certo, mas outros teriam deslanchado. Essa é a cultura americana de venture capital, na qual se corre o risco de investir em nove projetos e acertar apenas em um. Mas, de repente, o investidor pode pegar a “Microsoft” da biodiversidade. E essa é a idéia.
Fonte: (Instituto Ethos)

20 junho 2008

ENVENAMENTO DE ANIMAIS - DENUNCIE ESTE CRIME

Todos os crimes são abomináveis, mas envenenar animais com comidas, é repugnante...usam a fome como ímã, para atraí-los para a morte.
Quero pedir desculpas aos(às) meus(minhas) amigos(amigas) leitores(leitoras) por esta postagem por demais triste...mas é um fato que acontece na realidade e, meu gato foi vítima deste ato desumano, nesta semana, e morreu...

Vejam o que acontece quando um cão, um gato ou qualquer outro animal é envenado:

De um momento para o outro parece que o ar não está mais ali, líquidos começam a se acumular no pulmão e para tentar respirar, conseguir uma mínima golfada de ar, passa a abrir e fechar sua boca desesperadamente, com isto acaba mordendo sua própria língua várias vezes; todosos seus músculos tremem sem parar e ao mesmo tempo, numa agitação violenta e desordenada se contraem súbita e involuntàriamente; seu corpo se contorce inteiro nessa conculsão incessante, vem a diarréia intensa e dolorosa, a temperatura de seu corpo sobe tanto, que é como se todas as suas células estivessem sendo fritadas, vem a hemorragia e o sangue começa a se derramar das veias, seu corpo bonito, agora está todo molhado de sua saliva, suas fezes e seu sangue, sem socorrer a tempo, vem a morte...O choro, a angústia, o sofrimento das pessoas que o estimavam, para quem era tão querido e dava tanta alegria, só resta enterrar seu corpinho debilitado e sem vida...


Esse verdadeiro quadro de horror é o resultado obtido quando alguém resolve envenenar um animal "Nele há a vítima física que é o animal, cuja inocência é como de uma criança e ainda as vítimas psicológicas que são todas as pessoas de bem . É um assassinato com cruel dor, um desprezo à Deus e à compaixão que Jesus pregou". É um ato covarde, cruel, criminoso e vergonhoso, indigno de um (uma) pai(mãe) de família, de um Homem (humano), de um cidadão (cidadã)! Representa grande falha de caráter. Embora muita gente não saiba o abandono, maus tratos e crueldade contra animais, dentre eles o envenenamento, são considerados CRIMES, previstos na LEI FEDERAL nº 9.605, de fevereiro/98, art. 32. Qualquer um pode e deve fazer valer esta Lei, bastando que se registre um boletim de Ocorência Policial. Bem como se a autoridade policial se recusar a fazer o boletim, pode responder a processo por Prevaricação.

DENUNCIE À POLÍCIA.

QUANDO O HOMEM DESVENDA A NATUREZA


Mariposas da espécie helicoverpa armigera pousam na mão de pesquisador em laboratório de Melbourne, na Austrália; cientistas do país anunciaram que estão trabalhando no seqüenciamento genômico do inseto, responsável por prejuízos na agricultura de mais de US$ 5 bilhões anuais, e que resultados devem ser obtidos em até quatro meses

Fonte: Mick Tsikas / Reuters

19 junho 2008

MOVIMENTO YAMAGUISHI - UM EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE




Aqui em Jaguariúna, temos a sede de uma unidade do Movimento Yamaguishi, vale a pena visitar e conhecer o trabalho deles. Produtos orgânicos, cidadania responsável e sustentabilidade.

Limpeza dos rios:

A Vila Yamaguishi em parceria com a ONG Amigos do Camanducaia vem realizando anualmente a limpeza dos rios, mobilizando os alunos das escolas da região, numa pratica de educação ambiental. A região de Jaguariúna onde está inserida a Vila Yamaguishi, è cortada por três rios, Jaguari, Camanducaia e o rio Atibaia. Esses rios acabam recebendo além do esgoto, uma grande quantidade de lixo sólido das cidades que foram sendo construídas ao longo de suas margens.

A Vila Yamaguishi em parceria com a ONG Amigos do Camanducaia e escolas de Jaguariúna, promovem a limpeza dos rios como uma forma de conscientização e educação Ambiental.

No ano passado foram recolhidas 12 toneladas de lixo nos rios da região e encaminhados para a reciclagem.Uma parte deste lixo ficou exposta durante uma semana no centro da cidade de Jaguariúna, como uma forma de conscientização da sociedade local para o problema do lixo urbano, ao mesmo tempo, serviu para reivindicar junto as autoridades locais a coleta seletiva e a reciclagem do lixo.

Repovoamento dos rios:

Paralelamente a limpeza dos rios, também é realizada a soltura de alevinos (filhotes) de peixes nativos da região, com grande participação da comunidade local. Essa prática exercida desde 1.998 já está se tornado uma tradição na cidade, e a população começa a demonstrar uma mudança de cultura perante as questões ambientais. A Vila Yamaguishi através das ações de seus moradores, busca cada vez mais, uma grande interação com a comunidade local, despertando para a convivência harmônica com todas as formas de manifestação da vida.

Aprendizado ambiental:

Alem das atividades praticas, anualmente os moradores da Vila Yamguishi organizam juntamente com a Amigos do Camanducaia a SEMEANJA - Semana do Meio Ambiente de Jaguariúna, trazendo palestras de especialistas em temas ambientais de interesse da comunidade.

No salão de eventos da Vila Yamaguishi constantemente são promovidos encontros de ambientalistas e agricultores para discutir questões de preservação ambiental e agricultura sustentável.

Fonte: http://www.yamaguishi.com.br/associacao/meio_ambiente.asp

UM POUCO DO MUITO QUE A EMBRAPA FAZ PELO BRASIL E PELO PLANETA



Obrigada, Eliana!

A nossa proposta é sempre somar para melhorar a vida de todos...conte comigo, estamos na luta por um mundo sustentável.

Reproduzo a seguir o e-mail que me enviaste:


Helena,

agradecemos a inserção da Semana Mundial do Meio Ambiente de Jaguariúna, da qual participamos em parceria com a Prefeitura Municipal em seu blog.Informo que no dia 5.6 realizamos também (e que não consta na programação que vc. inseriu) uma caminhada ecológica pelas ruas do bairro Tanquinho Velho, onde a Embrapa Meio Ambiente está localizada. Neste dia os alunos da Escola Oscarlina participaram recolhendo o lixo e tendo noções de educação ambiental. Fizemos uma palestra na escola sobre o problema da água. A caminhada seguiu até a Mina Santa Cruz. Internamente na Embrapa tb. apresentamos filmes sobre preservação e ministramos palestras aos empregados.

Veja mais detalhes em matéria em nosso site: www.cnpma.embrapa.br (Notícias).

Seu blog está muito bonito.

Parabéns!

Não coloquei um comentário lá, porque não tenho conta no Google. Mas pode reproduzir este e-mail se quiser. Abraços.

-- Eliana de Souza Lima Jornalista - MTb 22047 e MS/SP 11.168Área de Comunicação Empresarial - ACEEmbrapa Meio Ambiente - www.cnpma.embrapa.br19.3311.2748 - Jaguariúna, SP

VOCÊ CONHECE O PROJETO TAMAR DE PRESERVAÇÃO DAS TARTARUGAS?


O QUE É O PROJETO TAMAR

O que faz o Projeto TAMAR?

Protege as tartarugas marinhas, utilizando técnicas conservacionistas pioneiras, aprovadas pela comunidade científica internacional. Sua filosofia de trabalho envolve prioritariamente as comunidades costeiras, locais não predatórios capazes de melhorar a qualidade de vida dessas comunidades, gerando empregos diretos e indiretos. O caçador de tartarugas de ontem tornou-se o defensor da vida desses animais, resultado de um intenso programa de educação ambiental desenvolvido em 20 anos de vida TAMAR.

O que é o Projeto TAMAR?

É um Programa de conservação da natureza que tem como objetivo salvar as tartarugas marinhas do Brasil, ameaçadas de extinção. Foi criado em 1980, pelo IBAMA – Instituto Brasileiro de Maio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. O Projeto TAMAR – IBAMA é co-administrado pela fundação Pró-TAMAR, entidade civil, sem fins lucrativos.

Onde o TAMAR trabalha?

Em mais de 1.000 quilômetros de praia do litoral brasileiro, mantendo 21 bases de proteção e pesquisa, distribuídas em 08 estados – Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

Quem trabalha no TAMAR?

Cerca de 400 pessoas tiram seu sustento trabalhando para o Projeto. A maioria são pescadores e famílias das comunidades onde o TAMAR mantém suas bases.Além dos pesquisadores, a cada temporada, cerca de 60 estudantes e recém-formados atuam em programas comunitários e de pesquisas e estagiários nas áreas biológicas e ambiental.

Quem acompanha a desova?

No período das desovas, de Setembro à março no litoral, e de janeiro àJunho, nas ilhas oceânicas, as principais áreas de reprodução são monitoradas todas as manhãs pelos biólogos e os pescadores tartarugueiros contratados pelo TAMAR. Eles também fazem as patrulhas noturnas, para marcar e medir as fêmeas que sobem a praia para desovar.

Onde acontece a desova?

As tartarugas marinhas normalmente procuram as praias à noite – Uma fêmea coloca aproximadamente 120 ovos por postura, cerca de cinco vezes, com intervalo de 15 dias, em uma mesma temporada. Os ovos são chocados pelo calor da areia e demoram de 50 a 60 dias para eclodirem.

A desova é protegida?

Hoje, como resultado prático das diferentes ações desenvolvidas pelo TAMAR junto às comunidades, principalmente de educação ambiental, as maiorias dos ninhos não são mais violadas, os ovos não são mais coletados. As fêmeas não são mais sacrificadas para servirem de alimento e o seu casco vendido para fabricação de adornos, utensílios e objetos de decoração. A desova é protegida, é um passo importante para garantir a sobrevivência das tartarugas marinhas.

Quantos filhotes nascem por ano?

Quando os filhotes saem à superfície, são contados, identificados e soltos para seguirem até o mar cada temporada de reprodução aproximadamente oito mil ninhos são protegidos pelo TAMAR, possibilitando a liberação de 350 mil filhotes por ano. No ano de 2.000 o TAMAR atinge a marca de 3.000,000 de filhotes protegidos desde a sua fundação.

Quem são as Tartarugas Marinhas?

São répteis, como tais, possuem pele seca, coberta de placas. Respiram por pulmões e a temperatura do corpo é regulada pela temperatura ambiente. Vivem todo o tempo no mar e somente as fêmeas saem da água por um curto período de tempo, para desova. Ficam adultas com cerca de 30 anos. Existem sete espécies no mundo, cinco delas ocorrem no Brasil.

Quais são as maiores ameaças?

De cada mil tartarugas nascidas, apenas uma ou duas vão chegar à idade adulta. Depois de adultas, poucos animais como os tubarões e as orcas conseguem ameaçá-las. As maiores ameaças são a poluição dos mares, a captura acidental em redes de pesca e a ocupação desordenada do litoral.

O que é captura acidental?

Muitas tartarugas marinhas morrem afogadas quando ficam presas em diferentes artes de pescas, como por exemplo cerca, rede de espera e currais. Isso acontece, principalmente, onde há concentração desses animais se alimentando, a maioria juvenis e sub-adultos.

AS CINCO ESPÉCIES
Tartaruga Cabeçuda (Caretta Caretta) - É a que faz o maior número de desova no litoral. Um dos motivos de seu apelido é o tamanho de sua cabeça que chega a medir 25 cm de diâmetro.

Tartaruga Verde (Chelonia Mydas) - A mais abundante pesa em média 250 quilos. Alimenta-se exclusivamente de algas e pode ser encontrada ao longo de todo litoral brasileiro.

Tartaruga de Pente (Eretmochelys Imbricata) - Também chamada de Tartaruga Verdadeira ou Legítima. Desova principalmente no litoral da Bahia. É uma das tartarugas marinhas mais ameaçadas de extinção, pois com o seu casco eram produzidos óculos, pentes, etc.

Tartaruga de Couro (Dermochely Coriacea) - Também chamada de Tartaruga Gigante. Atinge até dois metros de casco e pesa até 900 Kg. Desovam principalmente no litoral do Espírito Santo.

Tartaruga Olívia (Lepidochelys Oleácea) - É a menor de todas, medindo cerca de 60 cm e pesando em torno de 65 Kg. Desova principalmente no litoral de Sergipe.

- o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o - o¨o -

AMEAÇAS PARA AS TARTARUGAS MARINHAS

- Iluminação de Praias

- Redes de Pesca

- Caça e Coleta de Ovos

- Tráfego na Praia

CURIOSIDADES
As tartarugas marinhas existem há mais de 150 anos milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. O número de suas vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leves. Perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo para se adaptarem à vida no mar.

ENQUANTO O BURACO DA CAMADA DE OZÔNIO AUMENTA, NOSSA RESPONSABILIDADE COM O MEIO AMBIENTE SE MULTIPLICA


Foto: Buraco sobre a Antártida atinge seu tamanho máximo sempre no final de setembro

Buraco na camada de ozônio bate recorde de profundidade e tamanho

Washington - O buraco na camada de ozônio no hemisfério sul aumentou em superfície e profundidade em níveis recorde, informou hoje a Administração Atmosférica e Oceânica (Noaa) da Nasa.
"De 21 a 30 de setembro, a superfície média do buraco foi a maior observada até agora, de 27,5 milhões de quilômetros quadrados", afirmou Paul Newman, cientista do Centro de Vôos Espaciais da Nasa.
Esta superfície é maior que Canadá, Estados Unidos e o setor norte do México juntos.
Um comunicado da Nasa indicou que, se as condições do clima estratosférico estivessem normais, se podia esperar uma área de 23 milhões de quilômetros quadrados.
A camada de ozônio protege a vida terrestre ao bloquear os raios ultravioleta do Sol e sua redução tem especial importância nesta época do ano, quando começa o verão no hemisfério sul.
"Atualmente temos o maior buraco de ozônio na história", afirmou Craig Long, do Centro de Previsão Ambiental do Noaa.
À medida que os raios do sol se tornam mais verticais durante outubro e novembro, o buraco de ozônio fará com que a passagem da luz ultravioleta nas latitudes austrais aumente.
O instrumento de medição de ozônio do satélite Aura da Nasa determinou que a profundidade da camada de ozônio se reduziu a 85 unidades Dobson em 8 de outubro em uma região do leste da Antártida.
Em julho deste ano, a profundidade calculada da camada era de 300 unidades Dobson, que são uma medição da quantidade de ozônio sobre um ponto fixo na atmosfera.
O que é mais importante, quase todo o ozônio entre 13 e 20 quilômetros sobre a superfície da Terra estava destruído, afirmou um comunicado da Nasa.
"Estes números significam que o ozônio virtualmente desapareceu nesta camada da atmosfera", afirmou David Hofmann, diretor da Divisão de Vigilância Global de Noaa.
"A camada diluída tem uma desusada extensão vertical, por isso parece que o buraco de ozônio baterá recordes em 2006", acrescentou. O tamanho e a profundidade da camada de ozônio na Antártida são regulados pelas temperaturas na estratosfera.
As temperaturas mais frias que o normal têm como resultado buracos mais extensos e profundos, enquanto que, quando são menos frias, os buracos são menores, segundo o comunicado da Nasa.

18 junho 2008

O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL E A SUSTENTABILIDADE

11/06/2008 - Martin Wolf: crescimento sustentável é o grande desafio do século 21

É possível para a vasta massa da humanidade desfrutar dos padrões de vida dos atuais países de alta renda?

Esta pode ser a maior pergunta diante da humanidade no século 21. É a versão atual das dúvidas expressadas por Thomas Malthus, há dois séculos, sobre a possibilidade de aumentos duradouros nos padrões de vida. O destino de nossos descendentes depende da resposta. Ela determinará se este será um mundo de esperança em vez de desespero, e de paz em vez de conflito.Esta -não a eficácia de suas prescrições em particular- é a maior questão levantada pelo relatório da comissão de crescimento, discutido aqui na semana passada. Também é o foco de um novo livro poderoso de Jeffrey Sachs, diretor do Instituto Terra* da Universidade de Colúmbia.
O desafio é simples. A renda per capita mundial poderia aumentar 4,5 vezes até 2050 e a população mundial em 40%. Isto significaria um aumento de seis vezes na produção global, concentrada nos países em desenvolvimento.
Esse aumento é viável?
A resposta que ele dá é: sim e não - sim, porque mudanças nos incentivos, tecnologia e instituições políticas e sociais tornariam um resultado benigno viável; e não, porque o caminho em que estamos agora é insustentável. O professor Sachs é um profeta otimista do apocalipse. Ele se posiciona no ponto intermediário entre aqueles ambientalistas que não vêem nenhuma solução e os defensores do livre mercado que não vêem nenhum problema.
Por inclinação, eu estou mais próximo dos últimos do que dos primeiros. Mas se tornou evidente, pelo menos para mim, que o impacto humano no planeta do qual dependemos aumentou para proporções enormes. Nós tratamos os bens globais como se fossem gratuitos. Evidentemente, eles não são.
O prof. Sachs enfatiza três metas: primeiro, "o fim da pobreza extrema até 2025 e uma melhor segurança econômica também dentro dos países ricos"; segundo, "a estabilização da população mundial em 8 bilhões ou menos até 2050 por meio de redução voluntária das taxas de fertilidade"; e, terceiro, "sistemas sustentáveis de energia, uso de terras e recursos que evite as tendências mais perigosas da mudança climática, extinção de espécies e destruição dos ecossistemas". Finalmente, para atingir estes fins, ele recomenda "uma nova abordagem para a solução dos problemas globais com base na cooperação entre as nações e o dinamismo e criatividade do setor não-governamental".Alguém poderia ver a primeira das metas acima como a de prosperidade para todos. O controle populacional está relacionado a este fim porque as pessoas mais pobres do mundo sofrem com o fardo dos custos de criar suas grandes famílias. Finalmente, apenas com a administração dos bens globais será possível sustentar a elevação dos padrões de vida.
O conceito mais esclarecedor do livro é o do "antropoceno" -a era na qual as atividades humanas dominaram o mundo. Peter Vitousek, da Universidade de Stanford, documentou as formas com que a humanidade se apropriou da dádiva do planeta para seu uso próprio: os seres humanos agora exploram 50% do potencial fotossintético terrestre; eles despejam agora um quarto do dióxido de carbono na atmosfera; eles usam 60% do escoamento acessível dos rios; eles são responsáveis por 60% da fixação de nitrogênio do planeta; eles são responsáveis por um quinto de todas as invasões de plantas; ao longo dos últimos dois milênios eles provocaram a extinção de um quarto de todas as espécies de aves; e exploraram ou exploraram em excesso mais da metade da pesca do mundo.
Goste ou não, nós humanos agora estamos no controle.
Então o que devemos fazer?
Em sua resposta, o prof. Sachs compartilha o otimismo da maioria dos americanos: nós devemos consertar as coisas, ele insiste, mas só podemos fazê-lo juntos. Neste grande empreendimento, ele argumenta, os Estados Unidos devem compartilhar a liderança, mas não podem ditar ao restante da humanidade.
Em relação à dinâmica do crescimento nos países em desenvolvimento, os pontos de vista do prof. Sachs são próximos dos da comissão de crescimento. Mais distinta é sua recomendação de uma grande estratégia de impulso forte de investimento, apoiada por ajuda, visando retirar os mais pobres do mundo, predominantemente africanos, das armadilhas da pobreza nas quais, no seu entender, eles caíram. O prof. Sachs fez contribuições notáveis ao nosso entendimento dos obstáculos ao desenvolvimento criados pela geografia, meio ambiente e doenças devastadoras, como a malária. Em seu atual livro, ele enfatiza como a escassez de água contribui para a pobreza e o conflito por todo o planeta.Mas sou mais cético do que o prof. Sachs quanto ao retorno de uma estratégia de um impulso forte. Em muitos casos, ela fracassará. Mas precisa ser tentada, porque não há alternativa moralmente tolerável ou crível. Eu também concordo que esforços imensos devem ser feitos para acelerar o declínio da fertilidade nos países mais pobres do mundo, apesar de voluntariamente.
Mas suponha que o crescimento econômico se espalhe pelo planeta, como gostaríamos.
Ele poderá ser sustentável?
O prof. Sachs é notadamente otimista a respeito dos recursos para o crescimento. Sua visão é de que os recursos de combustíveis fósseis, energia renovável e disponibilidade de água doce devem ser suficientes para apoiar a manutenção do crescimento ao longo do próximo meio século. Mas isto quase certamente exigiria uma transição das tecnologias de energia baseadas no petróleo para baseadas em carvão e renováveis. A energia seria, quase certamente, muito mais cara do que no período 1985-2000, mas não proibitivamente.
O desafio, na visão do prof. Sachs, é tornar o crescimento compatível com a conservação dos bens globais: a sobrevivência das espécies e, acima de tudo, a mudança climática. Mas talvez o que seja mais intrigante em tudo é o otimismo que ele exibe em relação à segunda tarefa. Apesar de abraçar a visão de que a mudança climática é uma ameaça imensa, ele também acredita que pode ser resolvida com um custo modesto, desde que incentivos adequados sejam implantados: menos de 1% da renda global.
Ao todo, na verdade, o prof. Sachs acredita que podemos atingir todas as metas que ele estabeleceu - a eliminação da pobreza em massa, controle populacional e sustentabilidade ambiental - por menos de 2% da renda global. Isto representa cerca de meio ano de crescimento global e é certamente um preço barato.
Esta, então, é uma análise que consegue ser ao mesmo tempo pessimista e otimista. Seria possível não ser tão otimista em relação ao custo das soluções. Mas é preciso reconhecer a relevância dos desafios. Se o crescimento econômico parar, o conflito entre os povos do mundo correria o risco de se tornar inadministrável.
Se as conseqüências ambientais provarem ser grandes demais, os custos do crescimento seriam insuportáveis. Agora nós somos mestres do nosso planeta.
A grande pergunta para o século 21 é se poderemos também nos tornar mestres de nós mesmos.

Fonte: Financial Times - Wealth: Economics for a Crowded Planet (Allen Lane, 2008) Tradução: George El Khouri Andolfato

ESPÉCIES DE ANIMAIS QUE REAPARECEM...


Foca rara é avistada em reserva marinha da Ilha do Toro, na Espanha.


Cientistas acreditavam que era um animal extinto das águas de Baleares desde os anos 50.


Fonte: EFE

17 junho 2008

PARA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE????....

Quem está matando nossos animais?
Quem está destruindo nossas florestas?
Quem está destruindo nosso planeta?......Pense nisto!
Reflita, a responsabilidade é de todos nós!

8 de Junho de 2008 - Pinguins contaminados aparecem na costa do Uruguai
MONTEVIDÉU (Reuters) - Cerca de 65 pinguins, a maioria mortos, apareceram em praias do Uruguai contaminados por hidrocarbonetos, disse no domingo uma organização de preservação da fauna marinha, poucos dias após o vazamento de combustível de um barco que se chocou com outra embarcação na costa do país.
O barco comercial de bandeira grega Syros despejou 14.000 metros cúbicos de combustível na terça-feira passada, após se chocar com o navio de carga de Malta Sea Bird. Ainda não foi confirmado se esse combustível é que contaminou os animais marinhos.
"Os pinguins-de-Magalhães estão neste momento viajando da Patagônia até o Rio de Janeiro. Temos animais sujos, com uma substância viscosa negra com cheiro característico de combustível, mas bem mais leve que o do combustível bruto", disse Richard Tesore, da SOS Resgate de Fauna Marinha, à rádio local El Espectador.
A mancha de combustível, originalmente de 20 quilômetros de extensão por 30 metros de largura, diminuiu de tamanho com o passar das horas, e as autoridades continuam monitorando sua posição nas águas.
"Eu não acredito muito em coincidências. Eu acredito que, tendo uma mancha deste tipo diante do estuário, podemos supor (que a contaminação provém desse combustível). Não podemos dizer até que seja verificado", adicionou Tesore.
A organização se encarregou de limpar, alimentar e hidratar os animais que sobreviveram, cerca de 15, que chegaram intoxicados por hidrocarbonetos.
Fonte: (Reportagem de Conrado Hornos) - http://www.swissinfo.ch/por/noticias/internacional/Pinguins_contaminados_aparecem_na_costa_do_Uruguai.html?siteSect=143&sid=9189988&cKey=1212960267000&ty=ti

16 junho 2008

CARVÃO MINERAL, O COMBUSTÍVEL FÓSSIL MAIS POLUENTE DA TERRA


...contaminando tudo, trabalhadores das minas e o meio ambiente de modo geral.

Uma indústria próspera e dinâmica é um requisito em todos os países para o aprovisionamento em bens e serviço, para o emprego e para uma economia sustentada. A procura industrial de matérias-primas e a produção descontrolada de resíduos são, cada vez, mais insustentáveis.

As actividades, produtos e resíduos do processamento industrial alteram as matérias-primas e a qualidade do meio ambiente, com graves implicações para a saúde humana e do ambiente.

Problemas ambientais associados às minas

O despejo de resíduos de carvão estão entre os problemas principais ou potenciais de poluição atmosférica na região, particularmente no Malawi, em Moçambique, na Tanzânia, na Zâmbia e no Zimbabwe. Estão localizados sob grés e xistos altamente reactivos, e podem entrar em combustão espontaneamente.
A poluição por gases originados nas minas pode ocorrer nas minas de carvão a céu aberto devido à combustão espontânea das frentes de desmonte. Por exemplo, é sabido já que nas minas da Maamba Collieries, na Zâmbia, a combustão espontânea é sempre devido aos teores elevados de enxofre nos xistos acima do filão principal (cinco a sete por cento de enxofre), onde começa rapidamente, em especial na estação da chuva. Todavia, o carvão lavado (0,6% a 0,7%) pode demorar entre seis a doze meses para entrar em combustão.

Ainda associada ao carvão está a acumulação de materiais não granulados de grau inferior. A maior parte destes materiais são armazenados em represas de vasa fluida, originando efluentes ácidos. As tentativas efetuadas em algumas minas, em particular na mina de carvão de Maamba, para lidar com este material, através de, por exemplo, briquetagem, falharam devido à falta de mercado. É necessário reavaliar este problema numa base regional.
Economia circulatória - conjunto industrial integrado de logística portuária, siderúrgica, petroquímica e de equipamentos.

Na China, o Grupo de Minas de Carvão de Datong, em Shanxi , é uma das maiores bases de produção carvoeira. Seu volume de produção e venda ultrapassou 100 milhões de toneladas nos últimos anos. Com o desenvolvimento acelerado, surgiram vários problemas relacionados ao meio ambiente, incluindo a falta de diversificação na produção, poluição ambiental, esgotamento de recursos, desperdício, etc. Liu Suisheng, presidente do Conselho Administrativo, disse que os problemas já forçaram o grupo a buscar novos meios de desenvolvimento.

O desenvolvimento da economia circulatória tem grande significado para o progresso de Shanxi no caminho do desenvolvimento sustentável, especialmente a transformação do meio de crescimento econômico e a construção da sociedade harmoniosa. Atualmente, priorizamos os trabalhos-piloto."
Segundo as estatísticas, o desenvolvimento da economia circulatória reduz anualmente a emissão de 80 mil toneladas de dióxido de enxofre e 220 mil toneladas de poeira na província de Shanxi, gerando um lucro de 200 milhões de yuans. Sendo um grande produtor de carvão, Shanxi mostra uma boa tendência de desenvolvimento da economia circulatória.

BALÕES - UM CRIME CONTRA A NATUREZA




SE VOCÊ AMA A VIDA, NÃO SOLTE BALÕES!


TENTE EDUCAR, CONSCIENTIZAR, PESSOAS QUE PRATICAM ESTA BRINCADEIRA (PROFISSÃO) - OS PREJUDICADOS SOMOS TODOS NÓS!
10/06/2008 - Fogo de balão em parque destrói bromélias e espécies raras. Cerca de 25 bombeiros tentaram controlar chamas.
Três balões foram encontrados nos parque desde o começo do ano - Parque Estadual da Serra da Tiririca fica em Niterói, na Região Metropolitana do Rio (A queda de um balão na noite de segunda-feira (9) provocou a destruição de uma área de cinco mil metros quadrados do Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Cerca de 25 bombeiros trabalharam durante toda a noite e parte da manhã desta terça-feira (10) para debelar o incêndio, que atingiu uma área de costão rochoso com vegetação rupestre numa região rica em bromélias e outras espécies raras, segundo o administrador do parque, Adriano Lopes de Mello. Segundo o Instituto estadual de Florestas (IEF), a administração do parque já recolheu pelo menos três balões apagados dentro dos limites da unidade desde o início do ano. A maioria é proveniente de São Gonçalo e chega ao parque devido às correntes aéreas da região. No ano passado, o Parque da Tiririca registrou somente um incêndio, que teve como causa a queda de balão e atingiu uma área de mil metros quadrados. A unidade conta com um Núcleo de Prevenção de Incêndios, que monitora constantemente os limites e entra em alerta máximo quando o risco de incêndios aumenta.
Risco elevado de incêndios:
Desde o final de semana o índice de risco de incêndios florestais, divulgado diariamente pelo IEF e Corpo de Bombeiros, está no nível alto nas Regiões Metropolitana, Noroeste e Sul, o que aumenta a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais. Com isso, também podem ser elevadas as punições por conta da soltura de balões. Em abril foi lançado o Plano de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais, com a participação do Corpo de Bombeiros, IEF e Ibama. Com investimentos de R$ 10 milhões para a compra de um helicóptero e equipamentos, o plano prevê várias ações, entre as quais sistemas de monitoramento das unidades de conservação e distribuição de material de conscientização para evitar práticas que aumentam o risco de incêndios florestais.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL596064-5606,00.html
Fotos: 1 -Parque Estadual da Serra da Tiririca fica em Niterói, na Região Metropolitana do Rio (Foto: Divulgação); 2 - Balões

15 junho 2008

CORREDOR DE BIODIVERSIDADE DA MATA ATLANTICA





Tal como um estado ou país, a área do Corredor de Biodiversidade é definida por uma linha imaginária. Dentro desses limites existe uma grande diversidade biológica!

O Corredor pode ser comparado a um mosaico de diferentes usos da terra, que integra parques e reservas naturais, áreas de cultivo e pastagem, centros urbanos e atividades industriais.

Se você conhece o Rio de Janeiro, Ilha Bela, se já ouviu falar da floresta de araucárias ou visitou a Serra da Mantiqueira então já localizou parte do Corredor da Serra do Mar!

Ele cobre cerca de 12,6 milhões de hectares e estende-se do Paraná ao Rio de Janeiro. Consulte o AtLas da Mata Atlântica e saiba se seu município faz parte do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar.

FALANDO DOS TRANSGÊNICOS...


A decisão da Justiça Federal, no Piauí, determinando que a União exija a rotulagem dos produtos transgênicos em todo o Brasil, referenda a decisão do governador Requião em fazer valer em nosso Estado o cumprimento da legislação federal que dá direito ao consumidor de ser informado sobre a utilização de organismos geneticamente modificados no processamento de alimentos", afirmou Álvaro Rychuv, coordenador do Conselho de Aplicaçao da Rotulagem dos Transgênicos no Paraná.

É que em decisão valendo para todo o País, o juiz substituto da 3ª Vara Federal do Piauí, Régis de Sousa Araújo, determinou que a União exija a rotulagem de produtos que contenham organismos geneticamente modificados (OGM). O governo federal deverá exigir no rótulo, por meio de seus órgãos de fiscalização e controle, a clara informação não só sobre a presença de transgênicos, mas também de todos os outros ingredientes de que são feitos os produtos.

A determinação judicial foi motivada por uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal, por meio do procurador Tranvanvan da Silva Feitosa. Ele acionou a União Federal e a Bunge Alimentos, que tem uma fábrica esmagadora de grãos no sul do Piauí.Para Álvaro "a determinação da Justiça Federal valida a política desenvolvida pelo Governo do Paraná que, cumprindo o ordenamento jurídico que regulamenta o direito do consumidor, realiza ações fiscalizações para garantir que os paranaenses tenham o direito deescolher se desejam ou não consumidor alimentos que têm transgênicos em sua elaboração".

O juiz decidiu que "trata-se de um direito do consumidor, que precisa ser informado sobre o que está consumindo. Não entramos no mérito dos transgênicos, mas no direito de informação. Antes os rótulos ou embalagens só constavam informações sobre os organismos geneticamente modificados quando era superior a 1% da composição do produto. O consumidor deve ser informado sobre a existência de organismos geneticamente modificados no conteúdo do produto que adquire, independente do percentual que exista", destacou.

Agora, tanto a União, quanto a Bunge Alimentos terão um prazo de 60 dias a partir da citação da decisão para promover a fiscalização e controle dos produtos.

A decisão judicial

O juiz federal substituto da 3ª Vara/PI, Régis de Sousa Araújo, proferiu decisão em Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público Federal (ACP n. 2007.40.00.000471-6) contra a União Federal e Bunge Alimentos S.A., concedendo antecipação dos efeitos da tutela para afastar a aplicação do caput do art. 2º do Decreto n. 4.680 de 2003, em face de sua ilegalidade, e, em conseqüência, determinar que a União, por meio de seus órgãos de fiscalização e controle, passe a exigir, no prazo de 60 dias, que, na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, conste informação clara ao consumidor, no rótulo/embalagem do produto, acerca da existência de organismo geneticamente modificado em seu conteúdo, independentemente do percentual existente, em observância ao disposto nos art. 6º, inciso III e 37 parágrafo 1º do Código de Defesa do Consumidor. Nos autos, o Ministério Público Federal alegou que ao instruir procedimento administrativo que tramitou perante a Procuradoria da República, tomou conhecimento de que os produtos que continham menos de 1% de Organismo Geneticamente Modificado - OGM não necessitavam ter em seu rótulo qualquer informação acerca da presença de OGM em seu conteúdo, em face da regra constante no art. 2º. do Decreto n. 4.680/03. Sustentou, ainda, que a omissão de informações no rótulo dos alimentos acerca dos seus componentes, em especial sobre a presença de OGM, ofende a Constituição Federal e o Código de Defesa do Consumidor. Cada consumidor tem direito de decidir, com base em seus conhecimentos sobre o assunto, se quer adquirir e ingerir alimentos que contenham organismos geneticamente modificados, seja qual for o percentual existente em seu conteúdo. Requereram, então, a antecipação dos efeitos da tutela. O magistrado verificou, em cognição sumária, que não se questiona nos autos os benefícios ou riscos da comercialização de produtos com OGMs, o que exigiria manifestação técnica específica, dos órgãos responsáveis, acerca da viabilidade ou não. O presente feito trata exclusivamente do direito de informação. Busca-se tão somente garantir ao consumidor o direito de tomar conhecimento acerca do conteúdo dos produtos que adquire, para, a partir de então, individualmente decidir se quer adquiri-lo ou não. Destacou, o magistrado, que a Lei 11.105/05, ao tratar a matéria expressamente resguardou o direito de informação ao consumidor, quando determinou, em seu art. 40 que "Os alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de OGM ou derivados deverão conter informação nesse sentido em seus rótulos, conforme regulamento". O Decreto n. 4.680 de 2003 foi editado com o escopo de "Regulamentar o direito à informação, assegurado pela Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, sem prejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis". Neste passo, assevera o juiz, tal instrumento regulamentar "não poderia, em nenhuma hipótese, restringir o alcance da lei, mas tão somente definir regras que permitissem a sua execução. Assim, extrapolou os limites do mencionado diploma legal, ao estabelecer restrições ao direito de informação, as quais não foram veiculadas ou autorizadas no instrumento a que se propunha simplesmente garantir a execução". Ressalta, por fim, que "ao permitir a omissão de informação acerca de presença de OGM no conteúdo de um produto, quando o percentual for inferior a 1% (art. 2º do Decreto), ofende expressamente as disposições da lei que pretende regulamentar. Ainda que o percentual seja baixo, deve ser apontado, com precisão, ao consumidor". Determinou, ainda, que a Bunge Alimentos S.A. deverá, em igual prazo, adotar os procedimentos necessários para o cumprimento da medida acima mencionada.

FAUNA E FLORA IV - A FOCA DA GROELÂNDIA

Precisamos ajudar a salvar mais esta maravilha da vida!
De tempos em tempos ouvem-se
notícias de que as focas estão sendo caçadas, principalmente as focas-da-Groenlândia.
A bonita pele branco-dourada de seus filhotes é muito procurada, e por isso milhares de foquinhas são massacradas todos os anos. As focas-da-Groenlândia são mais capazes de sobreviver à caça que as outras espécies. Calcula-se que existem atualmente cerca de cinco milhões de focas-da-Groenlândia. enquanto outras espécies já estão quase à beira da extinção. As focas-da-Groenlândia não vivem em terra firme. São encontradas em grandes colônias no oceano Ártico e no Atlântico Norte, sempre na borda da banquisa de gelo. Fazem buracos no gelo para respirar, e também usam esses buracos para mergulhar na água e pescar. Os filhotes das focas nascem no começo da primavera. A fêmea, depois de 11 meses de gestação, dá à luz um filhote que não faz nada a não ser dormir e mamar durante vários dias.
A pele do filhote é branca, somente durante pouco tempo; em poucas semanas ela muda. Quando isso acontece, a mãe leva a foquinha para a água.
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Pinnipedia
FAMÍLIA: Phocidae
CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: até 180 cmPeso: até 18 kg
O macho tem uma grande manchamarrom ou negra, em forma deharpa, sobre o dorso
Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/foca_da_groelandia.htm

A ALEMANHA QUER REDUZIR A EMISSÃO DE GASES POLUENTES

O Parlamento alemão aprovou em 06/06/2008, um pacote de leis para a proteção ao clima com as quais pretende reduzir as emissões de gases que intensificam o efeito estufa em 36% até 2020, em comparação com os níveis de 1990, seis pontos acima das metas da União Européia (UE).
Para isso, será aumentado o percentual das energias renováveis na produção de energia elétrica dos atuais 13% para cerca de 25% e 30% em 2020. A parcela das energias renováveis nos sistemas de calefação aumentará para até 14%.
O uso de energias renováveis será obrigatório nos novos edifícios e dará auxílio às casas já existentes. No pacote de quatro leis está incluído também o aumento à alimentação das redes de abastecimento de gás com um maior percentual de biogás, com o objetivo de alcançar 10% até 2030.
O Governo destinará este ano aproximadamente 3,3 bilhões de euros para incentivar o conjunto de medidas, e indica que nos próximos anos o valor será similar.
As leis, aprovadas pelo governo em dezembro, tiveram o respaldo dos partidos de coalizão - democrata-cristãos e social-democratas. Os liberais e verdes votaram contra e a legenda a esquerda se absteve.
Fonte: EFE



A RIQUEZA DA BIODIVERSIDADE DO PLANETA

Edward O. Wilson escreveu em 1992 que a Biodiversidade é uma das maiores riquezas do planeta, e, entretanto, é a menos reconhecida como tal. A maioria das pessoas vêem a biodiversidade como um reservatório de recursos que devem ser utilizados para a produção de produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos. Este conceito do gerenciamento de recursos biológicos provavelmente explica a maior parte do medo de se perderem estes recursos devido à redução da Biodiversidade. Entretanto, isso é também a origem de novos conflitos envolvendo a negociação da divisão e apropriação dos recursos naturais.

Uma estimativa do valor da Biodiversidade é uma pré-condição necessária para qualquer discussão sobre a distribuição da riqueza da Biodiversidade.
Estes valores podem ser divididos entre:
valor de uso;
uso direto através do turismo, ou de novas substâncias farmacêuticas ganhas através da biodiversidade, etc.;
uso indireto, como a polinização de plantas e outros serviços biológicos;
o não uso, ou valor intrínseco.
Em um trabalho publicado na Nature em 1997, Constanza e colaboradores estimaram o valor dos serviços ecológicos prestados pela natureza. A idéia geral do trabalho era contabilizar quanto custaria por ano para uma pessoa ou mais, por exemplo, polinizar as plantas ou quanto custaria para construir um aparato que serviria como mata ciliar no anti-açoriamento dos rios. O trabalho envolveu vários "serviços" ecológicos e chegou a uma cifra média de US$ 33.000.000.000.000,00 (trinta e três trilhões de dólares) por ano, duas vezes o produto interno bruto mundial.
Cálculos da Universidade Harvard feitos em 1987 estimavam a existência de algo em torno de 5 milhões de espécies de organismos vivos no planeta.
Estudos mais recentes mostram que a biodiversidade global deve se estender a até 100 milhões de espécies. Destas, apenas 1,7 milhão já foram catalogadas. A disparidade entre o que se conhece e o que se acredita existir mostram como sabemos pouco sobre a biodiversidade mundial.
Novas espécies são descobertas todos os dias e outras desaparecem sem que se tome conhecimento de sua existência. Existem cerca de 14 milhões de espécies na Terra. Dez milhões dessas espécies são animais, 1,5 milhões são fungos e 300.000 são plantas. Um milhão das espécies restantes são algas, bactérias e microorganismos.
A destruição dos hábitats naturais e a caça de animais por seus valores comerciais ameaçam as espécies de extinção. A poluição do solo, do ar e da água também põe em risco a flora e a fauna do planeta.
Fonte: Panorama de biodiversidade global, Convenção sobre diversidade biológica, UNEP, 2002 - http://pt.shvoong.com/humanities/1719800-qual-riqueza-planeta/