14 fevereiro 2009

A MONOCULTURA DA SOJA E OS RISCOS PARA O MEIO AMBIENTE DOS PRODUTOS TRANSGÊNICOS

Os problemas ambientais da soja transgênica

por Roberto Villar Belmonte*

As evidências de impactos ambientais das lavouras transgênicas são crescentes, diz Roberto Villar Belmonte em artigo para a EcoAgência de Notícias.

A soja transgênica é assunto na imprensa brasileira, com maior ou menor intensidade, desde 1997 quando os agricultores gaúchos começaram a contrabandear grandes quantidades de sementes RR da Argentina. Na época, a Polícia Federal abriu inquéritos no interior do Estado e os ecologistas começaram os alertas sobre riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

Após anos de discussão, foi finalmente aprovada em março de 2005 a Lei de Biossegurança, recentemente regulamentada por decreto. Após quase uma década de polêmica, ainda não se tem notícia de algum consumidor que tenha morrido ou ficado com alguma seqüela por ingerir algum produto à base de soja resistente ao herbicida glifosato. No entanto, as evidências sobre os impactos ambientais são crescentes.

O glifosato não mata tudo, como inicialmente se acreditava. Várias plantas são resistentes às aplicações, exigindo doses extras para a “limpeza” das lavouras. É o caso da trapoeraba (Commelina benghalensis) e da corda-de-viola (Ipomea spp). Pesquisadores brasileiros já descobrirem em campo que também há resistência da poaia-branca (Richardia brasiliensis), erva-de-santa-luzia (Euphorbia pilulifera), erva-de-touro (Tridax procumbens), capim branco (Chloris dandiana) e a erva-quente (Borreria latifólia). O azevém (Lolium multiflorum) resiste até mesmo a doses superiores a 10 litros por hectare. As empresas e os defensores do Plantio Direto garantem que o glifosato não tem efeito tóxico residual. No entanto, há estudos que apontam impactos negativos no solo.

Em sua terceira viagem a Porto Alegre, entre os dias 20 e 22 de novembro de 2005, o físico teórico e ativista ecológico Fritjof Capra trouxe consigo um artigo sobre os impactos ambientais da soja transgênica. O texto é assinado por Miguel Altieri, um dos principais incentivadores da Agroecologia no mundo, e Walter Pengue, pesquisador da Universidade de Buenos Aires. As questões a seguir foram extraídas deste estudo, escrito a quatro mãos e disponível em inglês no site www.biosafety-info.net, intitulado Roundup ready soybean in Latin América: a machine of hunger, deforestation and socio-ecological devastation (Soja roundup ready na América Latina: uma máquina de fome, desmatamento e devastação socioambiental).

Em áreas sem rotação de cultura, a soja causa erosão do solo. Segundo estimativa dos autores, no Brasil e na Argentina, dependendo do tipo de manejo das lavouras, da declividade do terreno e do clima, a perda média de solo varia entre 19 e 30 toneladas por hectare. O Plantio Direto reduz esta perda, mas com o advento da soja resistente ao herbicida glifosato, muitos produtores rurais passaram a plantar em solos erodidos. Nestas áreas, mesmo com cobertura de solo, a erosão e as mudanças negativas na estrutura do solo podem permanecer de maneira substancial em terras com alto potencial de erosão se a cobertura de plantas for reduzida, o que ocorre com a aplicação do glifosato. As plantas consideradas daninhas não são tão daninhas assim.

Na Argentina, onde mais de 90% da soja plantada é transgênica e os produtores nunca pagaram royalties para a Monsanto, o cultivo intenso tem levado a uma perda massiva de nutrientes do solo. Estima-se que a produção contínua de soja extraiu cerca de um milhão de toneladas de Nitrogênio e ao redor de 227 mil toneladas de Fósforo. O custo de reposição destes nutrientes - via fertilizantes - está estimado em US$ 910 milhões. O aumento de Nitrogênio e Fósforo em diversas bacias hidrográficas da América Latina está certamente relacionado com a expansão da sojicultura.

O plantio da soja aumentou consideravelmente no Brasil – a partir dos anos 70 - por dois avanços tecnológicos obtidos pela Embrapa: novas variedades adaptadas para as condições tropicais e a bactéria (Rizhobium) fixadora de nitrogênio. Este trabalho, da equipe da pesquisadora checa, naturalizada brasileira, Johanna Döbereiner, da Embrapa Agrobiologia, resultou em grande economia para o país e redução dos impactos ambientais da sojicultura, pois dispensa os caros fertilizantes químicos nitrogenados. A bactéria inoculada cria nódulos para buscar o próprio alimento. Usando o nitrogênio do ar, ela produz enzimas e proteínas que servem de nutriente tanto para a planta como para a própria bactéria.

Esta vantagem produtiva do Brasil – das bactérias fixadoras de nitrogênio – pode desaparecer rapidamente com o avanço da soja transgênica. Pesquisas têm demonstrado um efeito tóxico do herbicida glifosato na bactéria Rizhobium, o que poderá exigir novamente pesados investimentos em adubos nitrogenados, aumentando o custo da lavoura e os impactos ambientais. Além disso, a prática comum de converter pastagens em áreas de soja tem diminuído a economia proporcionada pela bactéria Rizhobia e exigido a aplicação de Nitrogênio sintético.

A redução da diversidade vegetal, em função da expansão das monoculturas, tem historicamente levado a grandes infestações de insetos e epidemias de doenças. Os insetos e os patógenos encontram terreno fértil nestas áreas homogêneas devido à inexistência de controle natural. Isto leva a um aumento do uso de pesticidas, que após algum tempo perde a eficácia devido ao surgimento de resistência. Estes pesticidas aumentam a contaminação do solo e da água, elimina a biodiversidade e causam intoxicação humana. Nas lavouras na Amazônia, a alta umidade propicia o aparecimento de fungos, o que resulta na aplicação pesada de fungicidas. Nas áreas sem Plantio Direto, as lavouras brasileiras de soja são severamente afetadas pelo cancro da haste e pela síndrome da morte súbita.

A ferrugem asiática é a nova doença que está afetando a soja na América do Sul, potencializada pelas condições úmidas e pela uniformidade das monoculturas. Doses maciças de fungicidas tem sido aplicadas para tentar conter a doença. E desde 1992, mais de dois milhões de hectares estão infectados por nematóides de cisto. Muitos destes problemas estão relacionados com a uniformidade genética e o aumento da vulnerabilidade das monoculturas de soja, mas também aos efeitos diretos do glifosato na ecologia do solo, como a diminuição da população de fungos micorrízicos e a eliminação de antagonistas que mantém o crescimento de patógenos sob controle.

Estudos têm demonstrado que em áreas de soja transgênica, as aplicações de herbicida tem aumentado. Nos Estados Unidos, o consumo de glifosato aumentou de 6,3 milhões de libras-peso em 1995 para 41,8 milhões de libras-peso em 2000, e agora o herbicida é usado em 62% das áreas com soja. Na Argentina, as aplicações de glifosato em 2004 foram estimadas em 160 milhões de litros, e a expectativa é de crescimento com o aumento da resistência já observado em diversas ervas ditas daninhas.

A produtividade da soja RR varia entre 2,3 e 2,6 toneladas por hectare na região, 6% a menos do que o rendimento das variedades convencionais. Sob altas temperaturas e falta de água, a soja transgênica perde 25% a mais do que as variedades convencionais, tanto que na safra 2004/2005 mais de 70% das lavouras de soja transgênica foram perdidas no Rio Grande do Sul em função da estiagem.

Quando um único herbicida é usado repetidamente em uma lavoura, as chances de aparecerem plantas resistentes a este herbicida aumentam significativamente. Cerca de 216 casos de resistência a herbicidas já foram descritos em uma ou mais famílias de herbicidas. Pela pressão comercial das indústrias químicas, as áreas tratadas com herbicidas de largo espectro tendem a aumentar. Isto vai resultar em mais plantas resistentes. Em função das grandes lavouras, a aplicação tem sido feita com aviões agrícolas. A deriva do produto, na aplicação aérea, aumenta a contaminação de outras áreas.

O glifosato tem efeitos tóxicos na microfauna do solo. Entre as possíveis conseqüências estão a redução da capacidade da soja de fixar nitrogênio, plantas mais suscetíveis a doenças e a redução do crescimento dos fungos micorrízicos que ajudam as plantas a extrair o fósforo do solo. Todas estas graves questões levantadas por Althieri e Pengue – que já podem ser observadas nas lavouras brasileiras - devem ser pautadas pela imprensa que cobre agricultura e meio ambiente no Brasil.

* O autor é jornalista

Fonte: EcoAgência de Notícias, 28/11/2005 - Artigo/http://agrisustentavel.com/trans/soja

Não precisamos apenas refletir sobre o tema, o que já é um começo, mas termos atitudes mais severas, principalmente na hora de consumir...

TRANSGÊNICOS NÂO!!!!!

Se não adquirirmos estes produtos, não haverá mercado e se não houver mercado, os produtores desistirão de plantar os famigerados transgênicos, pensem nisto, SOMOS RESPONSÁVEIS TAMBÉM!
Amigos, foi com muita apreensão e angústia que assisti a um vídeo que mostra os efeitos e o que está acontecendo num país aqui, bem ao nosso lado, a ARGENTINA...vocês poderão assisti-lo acessando o "Blog Transgênicos não":http://transgenicosnao.blogspot.com










12 fevereiro 2009

ELEFANTES ESTÃO SENDO SALVO PELO SMS - QUÊNIA - Texto em inglês

Quênia usa SMS para salvar elefantes
Elephant in Kenya

Kenya is the first country to try and protect elephants by text message. Mobile phone sim cards inserted in the collars of elephants automatically send a text when they roam too close to farms, allowing wildlife rangers to drive them off rather than shooting them. This report from Matt McGrath:

Hungry elephants pose big problems for small farmers and villagers in some parts of Kenya raiding for food and wiping out homes and livelihoods in the process. Two years ago the Kenyan wildlife service had to reluctantly shoot five elephants who continued to raid crops.

In an attempt to avert such drastic measures the Save the Elephants charity installed a mobile phone sim card in a collar that was placed on a huge bull elephant called Kimani. The conservationists then set up a virtual fence using a global positioning system. Each time Kimani came near the fence, a text message was sent to rangers. So far he's been intercepted fifteen times.

The project is expensive requiring five full time staff and a standby vehicle but it seems to be working successfully as Kimani hasn't come near a farm for four months. A similar system has now been implemented in another part of the country.

One of the biggest benefits of the project is that elephants seem to learn from one another. Tracking and controlling one crop raider can help a whole group change their habits.

The elephants can also be tracked using Google Earth software. This is also helping prevent poaching as the rangers know where to concentrate their resources to best protect the animals.

Matt McGrath, BBC, Environment Reporter

http://www.bbc.co.uk/portuguese/learningenglish/witn/2008/10/081017_elephant_texts_aprenda.shtml

É isto aí, meus amigos, precisamos fazer uso das novas tecnologias para ajudar a preservar nossa natureza!
Mas seria muito bom, se não precisássemos usar tecnologia alguma, apenas a consciência da humanidade para preservar nosso ecossistema. Estamos caminhando, um dia chegaremos lá!

10 fevereiro 2009

ARGENTINA - NATUREZA EM CONVULSÃO.

10/02/2009 - 11h50

Cheia de rio causa deslizamento e deixa dois mortos na Argentina

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colaboração para a Folha Online

As autoridades da Província argentina de Salta, no norte da Argentina, confirmaram nesta terça-feira a morte de duas pessoas e o desaparecimento de outras nove, após o deslizamento de terra em decorrência do aumento do nível do rio Tartagal por causa das chuvas. Outras 1.200 foram retiradas da região por prevenção.

Segundo Sergio Leavy, prefeito da cidade, os mortos são duas mulheres da mesma família, sendo uma senhora de 75 anos e outra de 59. Cerca de 500 moradores estão desabrigados.

O vice-ministro de Desenvolvimento Social, Carlos Castagneto, afirmou que 10 mil famílias foram atingidas pelo desmoronamento, sendo que 1.500 mil perderam todos os pertences e 2.500 casas foram atingidas.

A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que está em visita oficial à Espanha, viajou nesta terça-feira à área do desastre acompanhada dos ministros do Interior, Florencio Randazzo, da Saúde, Graciela Ocaña, e de Desenvolvimento Social, Alicia Kirchner.

O Serviço Meteorológico Nacional nesta terça-feira um alerta para o norte da Província de Salta e outras áreas do país onde devem ocorrer tempestades.

As fortes chuvas que afetaram o sul da Bolívia e o norte da Argentina nos últimos dias provocaram o transbordamento do rio Tartagal, tendo destruído centenas de carros, casas, comércios, ruas e uma ponte ferroviária de cem anos.

O governo tem enviado ajuda à região para as famílias atingidas com a tragédia. No local, equipes da polícia fronteiriça, Exército, bombeiros e brigadas civis tem trabalhado.

Com Efe e France Presse

AUSTRÁLIA - INCÊNDIOS - TODOS PERDEM. NÃO PODE DEIXAR NA IMPUNIDADE

10/02/2009 - 11h21

Austrália tenta prender responsáveis por incêndios que mataram 173

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A polícia do Estado da Victoria, na Austrália, organizou nesta terça-feira uma operação para caçar responsáveis pelos focos de incêndio no Estado. Batizada de "Operação Fênix", a força-tarefa conta com cem investigadores que irão percorrer os locais atingidos para prender os responsáveis. De acordo com o governo, a onda de calor é a pior nos últimos cem anos.

AP
Nuvem de fumaça é vista na costa leste de Melbourne, na Austrália, atingida pelos focos de incêndios nos últimos dias; 173 morreram
Nuvem de fumaça é vista na costa leste de Melbourne, na Austrália, atingida pelos focos de incêndios nos últimos dias; 173 morreram

Segundo a polícia, ao menos 400 focos de incêndio podem ter sido causados por criminosos. Nesta segunda-feira (9), um homem de 31 anos e um adolescente de 15 anos foram presos pela suspeita de terem provocado dois focos de incêndio separados. Ao menos 173 pessoas morreram e 50 estão desaparecidas nos últimos dias em decorrência da tragédia.

Segundo as autoridades, os culpados responderão por crime de homicídio. "Os juízes do Estado estão sendo orientados para isso. Minha opinião pessoal é de que eles deveriam ir direto para a cadeira. Isso é um assassinato em larga escala", afirma o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd.

O desastre que atingiu mais de 20 cidades ao norte de Melbourne é equivalente a duas cidades de Londres. A polícia interditou a região e declarou zona de crime. Segundo a equipe de legistas, como o número de desaparecidos é alto, existe grande possibilidade dos corpos encontrados não serem reconhecidos.

Com isso, segundo o primeiro-ministro, o número de mortos poderia aumentar em ao menos 200. Cerca de 25 focos de incêndios foram registrados nesta terça-feira na Victoria, onde dezenas de cidades permanecem em estado de alerta.

A onda de calor na região está sendo considerada a maior dos últimos cem anos. Segundo um ativista do Greenpeace, Trish Harrup, o desastre pode ser um aviso da mudança de clima que a região tem enfrentado nos últimos anos. "A tragédia dessa semana nos mostra como o clima da Austrália tem mudado e como isso pode afetar as nossas vidas", afirma.

Horror

Nos locais da tragédia, os australianos relatam cenas de horror, como a de animais sendo mortos pelo fogo e de grupos de pessoas mortas em casas e tentando fugir do fogo em carros.

Um necrotério temporário foi instalado em Melbourne para fazer frente ao fluxo de cadáveres sem precedentes. Na cidade de Kinglake, a moradora Ross Buchanan arriscou a vida para salvar a casa e depois descobriu que o filho McKenzie,15, e a filha Neeve, 9, morreram quando as chamas se alastraram para outras áreas da cidade.

"Perdi meus dois filhos, nada pode trazê-los de volta", disse Rosse, em entrevista ao canal de televisão Sky News.

Annette Smit explicou que se escondeu debaixo de uma casa em Kinglake para escapar da violência das chamas depois que casa dela foi totalmente destruída. "Eu sabia que as pessoas estavam morrendo ao nosso redor", afirma Annette. "Era uma chuva de fogo, era como lava", disse a sobrevivente ao jornal "Herald Sun".

Fonte: Folha Online

09 fevereiro 2009

DECORAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

CHRIS CAMPOS
Colaboração para o UOL
Viver de uma maneira um pouco mais "eco-friendly" já virou um mantra moderno. Não há como fugir dele. Numa rápida busca por títulos que nos ensinem a viver de uma maneira mais ecologicamente correta em casa, pipocam dezenas de obras na linha "como fazer do lugar que você mora um lar mais verde". São manuais de conduta que ensinam truques para economizar água, energia elétrica, gás... Tudo em nome da conscientização. De embutir na cabeça do leitor que é preciso reciclar, preservar, transformar para salvar o planeta. Soa um tanto presunçoso à primeira vista. Mas esforços mínimos feitos coletivamente dão resultados sim.

Fotos: Produtos para deixar a casa mais sustentável

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Pufe feito com tacos de madeira da Hoc Die


Reciclar lixo, por exemplo. Mesmo em cidades como São Paulo, em que a coleta seletiva não é feita em todos os bairros (infelizmente...), há postos de coleta espalhados por todos os cantos. Estacionamentos de alguns supermercados foram transformados em postos de arrecadação de materiais recicláveis. Dá um pouco de trabalho lavar embalagens plásticas e vidros, amassar latinhas de alumínio, enfiar tudo no carro e distribuir seu lixo "limpo" em tonéis específicos? Dá. Mas, com o tempo, vira hábito e, quando você se dá conta, fica com dó de misturar o lixo num só recipiente no seu próprio lar. A arquiteta Simone Meirelles concorda: "A questão do lixo é básica, não dá para existir nos dias de hoje uma casa sem reciclagem de lixo". Atitude mínima, mas de grande efeito ambiental.

Decorar a casa com peças feitas com materiais reciclados é outra boa pedida. E não pense que falo aqui de tranqueiras ripongas e afins. Há móveis muito bacanas feitos com sobras descartadas em caçambas. É o caso da peças criadas pelo estúdio de design Hoc Die. Um belo dia os donos notaram que uma grande quantidade de tacos de madeira era descartada nas caçambas do bairro. Começaram a recolhê-las, desenharam peças compatíveis com a matéria-prima e hoje vendem estantes, pufes e mesas, entre outros produtos, feitos com tacos. Lindos e muito ecológicos, já que nenhuma árvore foi derrubada no processo.

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Telhas ecológicas, feitas com sobras de bisnagas de creme dental, na EcoLeo


Olhar para a própria casa e enxergar novas possibilidades para a mobília que você já tem é outra atitude muito verde. Claro que deve ser levado em conta o custo-benefício. Muitas vezes reformar um objeto sai mais caro do que comprar um novo. No entanto, se as contas estiverem do seu agrado, não hesite em trocar estofados, mandar consertar um pé de mesa quebrado, pintar novamente o gabinete da cozinha que ainda cumpre sua missão básica de guardar a louça da casa. O mesmo vale para novas compras. Feirinhas de usados e lojas de móveis antigos estão cheias de boas opções decorativas. Reaproveitamento inteligente com a vantagem de levar para o seu lar uma peça que foge dos padrões convencionais.

Na ala dos revestimentos também há muita coisa bacana no mercado. Painéis decorativos feitos a partir de casca de coco reciclada, telhas que levam tubos de creme dental descartados como matéria-prima e painéis de Teka (madeira asiática reflorestada com sucesso no centro oeste brasileiro, feitos de sarrafos colados de madeira), entre eles. A melhor parte é o fato de serem revestimentos que não deixam nada a desejar no quesito apelo estético.

A EcoLeo, divisão ecológica da Leo Madeiras, é um dos endereços em que é possível revestir boa parte da casa com madeiras certificadas ou de reflorestamento e investir em materiais como as telhas ecológicas. "O importante é saber o que está levando pra casa, e saber que você vai usar uma telha feita com um material que iria para o lixo, poluir ainda mais o meio-ambiente, é muito gratificante", explica o gerente da loja, Estevão Gazzinelli.


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Lixeira seletiva com duas divisórias e capacidade para 30 litros da Utilplast: reciclar é básico


Outras atitudes verdes: ir ao supermercado com sua própria sacola, as chamadas eco-bags; optar por lâmpadas econômicas ao menos em áreas externas da casa (que ficam acesas durante horas seguidas) e optar por eletrodomésticos que consumam menos energia ou água durante o funcionamento. A Electrolux é uma das empresas que apostam nesse nicho verde de mercado. Uma das atuais vedetes da marca é a linha de lava-louças Blue Touch, com capacidade para lavar muitos pratos simultaneamente, e o "Programa ECO", que viabiliza a lavagem da louça em menos tempo, economizando água e energia elétrica. Já a Brastemp colocou recentemente no mercado uma secadora de roupas, da linha Duet, que funciona a gás e dotada de uma função que "avisa" quando a roupa está seca, evitando desperdícios com ciclos fixos de secagem, evitando tempo extra de consumo de energia.

No banheiro, além dos banhos demorados e dos chuveiros tipo "panelão", que contribuem sensivelmente para o desperdício de água, válvulas de descarga desreguladas são bem pouco ecológicas. Para a arquiteta Fernanda Abs, a opção por vasos sanitários com caixas d'água acopladas é mais ecológica do que as válvulas. "A consciência das pessoas já está mudando, elas estão prestando atenção à questão ambiental, à importância de poupar recursos naturais", acredita Fernanda. No mercado, isso reflete em linhas como a Hydra Duo, da Deca, detentora do selo SustentaX, de sustentabilidade com qualidade. Ela é composta de válvulas com dois botões de acionamento: um para 3 litros de água e outro para 6 litros.

No álbum de fotos você confere alguns dos produtos para quem quer uma casa mais verde.

SERVIÇO
Brastemp www.brastemp.com.br
Coisas da Doris Alameda Ministro Rocha Azevedo, 834, Jardins, São Paulo (SP). Tel.: 0/XX/11 3083-1962 www.coisasdadoris.com.br
Deca www.deca.com.br
EcoLeo Rua Ferreira Araújo, 980 Pinheiros, São Paulo (SP). Tel.: 0/XX/11 3812-3422 www.leomadeiras.com.br/cod/a/ecoleo/
Electrolux www.electrolux.com.br
Hoc Die Design Rua Peixoto Gomide, 1887, Cerqueira César, São Paulo (SP). Tel.: 0/XX/11 3088-6141 www.hocdiedesign.com.br
Utilplast Alameda Lorena, 1931, Jardins, São Paulo (SP). Tel.: 0/XX/11 3088-0862 www.utilplast.com.br

Chris Campos é jornalista, editora do site Casa da Chris

Fonte: UOL Notícias

É isso aí, meus amigos, vamos viver sempre de modo sustentável, para que possamos ter um planeta mais saudável por longos anos.

08 fevereiro 2009

A CHINA COMO A GRANDE NAÇÃO EM CRESCENTE DESENVOLVIMENTO E O AUMENTO DA POLUIÇÃO NO MUNDO.

A China já superou os Estados Unidos e é hoje a maior emissora de gases causadores do efeito estufa, segundo um estudo da Universidade da Califórnia que será oficialmente publicado no mês que vem.

O estudo se baseou em dados de 2004 e estima que a China se tornou o maior emissor de gases causadores do efeito estufa no período entre 2006 e 2007.

Os pesquisadores colheram informações de 30 escritórios regionais dos órgãos de proteção ambiental da China para indicar que as estatísticas oficiais divulgadas por Pequim estão subestimadas.

A conclusão do estudo sugere que a China mude radicalmente sua política energética, que é bastante dependente do carvão.

Poluição per capita - A pesquisa deverá ser publicada pela revista especializada Journal of Environment Economics and Management em maio.

Segundo o levantamento, se não houver mudança, a poluição causada pela China será várias vezes maior que a soma dos cortes de emissões feitos pelas nações ricas em cumprimento ao protocolo de Kyoto.

Entretanto, ainda que a China tenha se tornado em termos absolutos a nação que mais polui no mundo, na média per capita, o estilo de vida de um cidadão dos Estados Unidos gera entre cinco e seis vezes mais emissões de gases causadores do efeito estufa do que o de um indivíduo chinês.

´Realmente Chocante´ - O pesquisador chefe que conduziu o estudo, Max Auffhammer, acredita que a conclusão do estudo é "realmente chocante".

Entretanto, ele diz que "não há razão para apontar o dedo aos chineses. Eles estão tentando retirar pessoas da pobreza e eles claramente precisam de ajuda".

Segundo Auffhammer, a "única solução é uma grande transferência de tecnologia (ambiental) e riqueza do ocidente".

Mas Auffhammer reconhece que as chances de isso acontecer são praticamente nulas.

Fonte: Estadãoonline (16/04/2008)

È louvável a atitude das autoridades chinesas de tentarem mudar o foco administrativo do país, buscando desenvolvimento para reduzir a pobreza, oriunda de sistemas arcaicos de governar...MAS SERÁ QUE É REALMENTE DESENVOLVIMENTO, PRODUZIR GERANDO POLUIÇÃO?
É SABIDO QUE TUDO NA VIDA TEM SEU PREÇO, MAS O CUSTO DO DESENVOLVIMENTO DESENFREADO E CAÓTICO, É MUITO ALTO PARA TODOS NÓS.
PENSEMOS NISTO POIS, DO CONTRÁRIO AO INVÉS DE EVOLUÇÃO DA VIDA, ESTAMOS EVOLUINDO PARA O CAOS DO PLANETA.


A AUSTRÀLIA E OS PLANOS PARA BAIXAR A POLUIÇÃO ATÉ 2010

Notícia de 25 de abril de 2007....Será que já estão implementando estas medidas??

Mas, do que precisamos nos conscientizar é de que o nosso planeta é único e tudo o que fizermos em nossas microrregiões tem um efeito global. Uma queimada em canavial aqui na Região de Campinas, vai afetar todo o Universo; um navio que derrama ou deixa vazar óleo ou outro poluente qualquer no mar do norte, vai nos afetar também; uma bomba ou um míssel detonado no Conflito àrabe/israelense, vai nos atingir também, poluentemente falando; portanto meus amigos, a nossa responsabilidade para com o meio ambiente deverá estar em vigilância permanente e eterna.

CANBERRA, Austrália - A Austrália vai avançar com um plano de taxar emissões de carbono a partir de 2010, apesar da atual conjuntura de desaceleração, disse o secretário do tesouro Wayne Swan nesta quinta-feira, 30, ao lançar uma avaliação reafirmando o plano.

Em dezembro, o governo vai liberar os detalhes finais do plano, voltado para o corte das emissões de gases estufa no país em 60% até 2050.

O relatório do Departamento do Tesouro disse que a meta poderá ser atingida com pouco impacto sobre o crescimento econômico do país.

Ele prevê que o crescimento atingiria cerca de 1,1% ao ano em 2050 se a Austrália taxar as emissões de carbono e se transformar em uma economia de baixa emissão, enquanto o crescimento provavelmente ficaria em 1,2% sem as medidas.

Swan apoiou as previsões do relatório, mesmo com a maior parte dos cálculos tendo sido feita antes da crise econômica atual, que está diminuindo o ritmo da economia global.

Ele disse que a mudança climática é “um desafio de longo prazo para a prosperidade da nação”, enquanto a crise atual é um desafio “substancial” mas de curto prazo.

“O que buscamos aqui é a saúde, prosperidade e sustentabilidade de longo prazo na Austrália”, disse.

O governo vai anunciar em dezembro a redução de gases estufa de curto prazo assim como a taxa que estabelecerá por tonelada de poluição de carbono.

Poluidores poderão negociar permissões de poluição em um mercado nacional como parte do esquema.

Fonte:www.meioambiente.com.br