27 julho 2008

SENA (la Seine) UM RIO FUNDAMENTAL PARA A FRANÇA E PARIS




O Rio Sena (la Seine, em francês) é um rio francês que banha a capital, Paris, que vai desaguar no Oceano Atlântico. Possui uma extensão de 776 km.

Nasce a 470 metros de altitude, na Meseta de Langres, em Côte-d'Or. Desagua no canal da Mancha, perto de Le Havre. A superfície que ocupa é aproximadamente 75.000 km².
Curiosidade:
A fonte do Sena é propiedade da cidade de Paris desde 1864. Uma cova artificial foi construída um ano depois, para controlar a fonte principal.
O Sena é uma importantíssima via de transporte fluvial para França e sobretudo para Paris. Entulhos provenientes das demolições, assim como o transporte de materiais para construção, areia, pedra, cimento e concreto, além de terra de escavação, são produtos que navegam pelas águas do Sena.
O carvão que abastece as usinas termoelétricas também é transportado por esse meio, para evitar congestionamento e poluição ambiental e sonora causada pelos caminhões, assim como o transporte de peças volumosas.
O trigo para a fabricaçãoda famosa baguette francesa, também utiliza a hidrovia, pois os importantes moinhos estão localizados nas margens do Sena.
O transporte turístico de passageiros, pelo Rio Sena, é uma atividade tradicional em Paris, com seus famosos Bateaux Mouches, barcos moscas.
O número de turistas na França supera os 80 milhões, e a grande maioria visita Paris. Como as principais atrações turísticas de Paris estão localizadas junto as margens do Rio Sena ou nas suas proximidades, de 200 a 500 metros, a Prefeitura de Paris está elaborando um projeto de interligação dos diversos trechos das margens do rio.
AS PROMESSAS DE DESPOLUIÇÃO:
Em 1990, o prefeito de Paris, Jacques Chirac, afirmou que em dois anos o Rio Sena estaria tão limpo que os citadinos poderiam nele se banhar. Como prova, o próprio Chirac daria boas braçadas, em pleno centro da capital francesa. Hoje, o Sena é considerado como um dos rios mais sujos da Europa Ocidental. Suas estações de tratamento só têm capacidade para reciclar 70% da água dos esgotos e quando há fortes chuvas, como em junho de 92, os poucos peixes que sobrevivem bravamente à poluição ficam sem oxigênio por causa da enxurrada de produtos orgânicos derramada nas margens da região parisiense. Temos algumas das maiores estações de tratamento de águas do mundo, com uma capacidade total de 2,4 milhões de metros cúbicos por dia, afirma Phillippe Lohest, responsável por Medidas de Qualidade das Águas Superficiais da Agência de Águas Seine Normandie. O problema é que a capital é muito populosa, precisamos de mais uma estação, completa. Ao que parece, o prefeito de Paris não está nem prestes a vestir seu calção. Segundo a organização ecologista Greenpeace, a poluição bacteriana do Sena é 100 vezes superior ao li-mite tolerável pelos banhistas.
Do outro lado do Canal da Mancha, os londrinos não manifestam a menor intenção de mergulhar no Tâmisa. No entanto, desenvolveram um eficiente sistema para aumentar seu nível de oxigênio desde 1987, Bubbler, um barco de 50 metros de comprimento, injeta no rio 30 toneladas diárias desse gás, produzidas a partir do ar atmosférico. Após ser separado dos outros gases que compõem o ar por meio de um absorvente químico chamado zeolito, o oxigênio é dissolvido na água. Em seis anos de utilização, 100 espécies de peixes já foram contabilizadas nos 15 quilômetros do Tâmisa que cortam a capital inglesa, antes considerados totalmente sem vida. Entre elas, 200 salmões. O Bubbler custou ao governo inglês 6 milhões de dólares, cerca de 30 vezes menos do que uma nova estação capaz de tratar os esgotos parisienses.

Fotos:1 - Rio Sena - Paris; 2 - Transporte de carvão; 3 - Evacuation des déblais par barge - Chantier Ile SeguinPort autonome de Paris

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