09 julho 2008

USINA VERDE PRODUZ ENERGIA A PARTIR DE RESÍDUOS




Isto é uma maravilha!



Usina Verde: um empreendimento econômico e ecológico

A Usina Verde, projeto da iniciativa privada, cuja parte da tecnologia foi desenvolvida pela Coppe/UFRJ, passará por um monitoramento do Bureau Veritas (Escritório Internacional de Certificação) durante seis meses, para habilitar-se a receber créditos de carbono (uma espécie de bunus negociáveis em troca da não poluição ambiental estabelecido com base no Protocolo de Kioto). O projeto trabalha com a incineração de lixo urbano e é considerado uma tecnologia limpa, pois destrói termicamente os gases poluentes produzidos no processo, liberando na atmosfera, sem causar danos ambientais, apenas vapor de água e CO2.
Em funcionamento desde 2004, a usina, que fica na Ilha do Fundão, próxima ao Hospital Universitário, recebe diariamente 30 toneladas de resíduos sólidos, já pré-tratados, provenientes do aterro sanitário da Comlurb, no Caju. Na unidade, os resíduos passíveis de reutilização ou de reciclagem são retirados; o restante é incinerado. Os gases ácidos resultantes da incineração do lixo são lavados com água alcalinizada. Ocorre então uma reação química que transforma essas substâncias em sais minerais e água.
Geração de Energia
Além de ser ecologicamente correta, a usina apresenta também uma faceta econômica, pois cerca de 90% do peso do lixo é transformado em energia. Graças a uma caldeira de recuperação de calor instalada no forno do projeto, o calor da incineração dos gases de combustão é aproveitado para gerar energia elétrica, suficiente para abastecer 2300 residências, com um consumo médio de 200 kW/ mês.
A Coppe quer aumentar a eficiência dessa produção. De acordo com Luciano Basto, pesquisador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) e coordenador do projeto Usina Verde na Coppe, existe a possibilidade de triplicar a quantidade de energia produzida sem alterar os níveis de lixo incinerado. “A usina vai continuar recebendo 30 toneladas por dia, mas em vez de produzir 700 kW, poderá gerar 2 megawatts”, assegura.
O centro tecnológico não tem fins lucrativos, mas pretende vender a tecnologia. O módulo comercial da usina teria capacidade para receber 150 toneladas diárias de resíduos, quantidade produzida por uma cidade pequena, com média de 180 mil habitantes. Isso geraria energia suficiente para 7500 residências. “Cerca de 20% da população dessa cidade poderia ser abastecida pelo seu próprio lixo”, explica João Henrique Paes Leme, engenheiro químico e diretor do projeto.
O custo inicial para implantação de uma usina desse porte é avaliado em torno de 23 milhões de reais. Pode parecer alto, mas vale lembrar que a importação dessa mesma tecnologia demandará da empresa interessada um investimento de cerca de 23 milhões de dólares.


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